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O documento do organização internacional prevê a proibição da mastigação da folha de coca em um prazo já vencido de 25 anos a partir da validação da Convenção. Em 2008, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da ONU (JIFE) solicitou ao Peru e à Bolívia que abolisse o acullicu, pedido que foi criticado por vários especialistas e autoridades bolivianas, principalmente devido ao valor cultural e religioso da prática.

“Está comprovado que o acullicu não provoca danos à saúde humana e, pelo contrário, tem propriedades medicinais”, afirmou o presidente Evo Moralles, para a Agência Boliviana de Informação. Especialistas afirma que o hábito de mastigar as folhas da planta, considerada sagrada na Bolívia, auxilia no combate aos efeitos provocados pela altitude no corpo humano, como dor de cabeça, problemas respiratórios e cansaço.

No início deste ano, centenas de bolivianos protestaram em frente à embaixada norte-americana, a fim de manifestar apoio ao pedido do governo boliviano para que a ONU legalize o acullicu. Com a negativa da organização, o governo boliviano elaborou a denúncia que foi aprovada pelo parlamento, retirando-se assim da convenção.

De acordo com o documento de denúncia à convenção, o país poderá voltar a ser signatário até janeiro de 2012, desde quando o organismo possa concordar com a legalização do acullicu ao país.