Este artigo propõe uma reflexão sobre os modos de comunicação ritual na Guiana indígena, partindo de exemplos colhidos entre os Wajãpi, grupo tupi-guarani que vive na fronteira do estado do Amapá com a Guiana Francesa. Esses modos podem ser encontrados nas chamadas festas de caxiri e nas sessões xamânicas. De um lado, a embriaguez propiciada pela bebida fermentada, de outro, uma espécie de viagem da alma (ou metamorfose do corpo) potencializada pela ingestão de tabaco. Nesse último caso, a conjunção entre agentes humanos e sobrenaturais pode ocasionar uma ruptura no tecido das relações humanas.
Este artigo propõe uma reflexão sobre os modos de comunicação ritual na Guiana indígena, partindo de exemplos colhidos entre os Wajãpi, grupo tupi-guarani que vive na fronteira do estado do Amapá com a Guiana Francesa. Esses modos podem ser encontrados nas chamadas festas de caxiri e nas sessões xamânicas. De um lado, a embriaguez propiciada pela bebida fermentada, de outro, uma espécie de viagem da alma (ou metamorfose do corpo) potencializada pela ingestão de tabaco. Nesse último caso, a conjunção entre agentes humanos e sobrenaturais pode ocasionar uma ruptura no tecido das relações humanas.