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Este trabalho traz parte da história de vida de treze mulheres encarceradas no único Presídio Feminino de Santa Catarina, em Florianópolis, acusadas e/ou condenadas por tráfico de drogas proibidas. No Brasil e no mundo, o narcotráfico por si só desperta atenção, mas poucos são os trabalhos a focar a criminalidade à luz das relações de gênero. É o que propomos: compreender em que medida a participação das mulheres no tráfico de drogas ilícitas está permeada pelo papel a elas imposto por nossa cultura e também como a participação delas se intersecciona com as relações afetivas com seus companheiros, pais, irmãos, filhos e com suas mães, irmãs e filhas.Tendo como ponto de partida dados quantitativos e qualitativos, a hipótese central foi: será o ingresso da mulher no tráfico de drogas induzido por seu(s) companheiro(s)? Considerando que autoridades e pesquisadores, como Alba Zaluar (1994), apontavam que as mulheres não eram as protagonistas principais no tráfico de drogas, decidimos ver se isto se confirmava na realidade, porém do ponto de vista das prisioneiras. Assim, com esta primeira hipótese, nos fundamentamos nas teorias de gênero e na revisão da literatura para abordar os seguintes aspectos: criminalidade, vida carcerária e sistema penal e prisional. Embora façamos uso de dados quantitativos, a metodologia do trabalho é qualitativa. As entrevistadas foram selecionadas de duas formas: cruzamento de dados da instituição e convite interpessoal. O roteiro foi elaborado de modo a apreender dois momentos de suas trajetórias de vida: os vários contextos de inserção e o da participação no tráfico de drogas. Em ambos os casos dialogamos com diversos autores. Os resultados são surpreendentes, tanto do ponto de vista prático quanto teórico. Primeiro descortinamos o presídio, damos cor às relações sociais do convívio e do sistema através da rotina das presidiárias na instituição, destacando vários aspectos (rituais de entrada, distribuição e uso do espaço, visitas, vigilância e castigo, etc.). Depois projetamos luz nos relacionamentos afetivos das mulheres entrevistadas para, enfim, perceber que embora o padrão androcêntrico pretenda para os homens tudo que é superior, inclusive dizer que seriam os homens os responsáveis pelo ingresso delas na criminalidade, algumas vezes isto não se confirmou, como mostram nossos dados.
META FORM |
name="WebObraForm" |
FORM FIELD Título |
Ttulo |
Trajetórias e rotina de prisioneiras por tráfico de drogas : autoras e coadjuvantes |
FORM FIELD Autor |
Autor |
BIELLA, Janete Brígida |
FORM FIELD Ano |
Ano |
2007 |
FORM FIELD FormatoDaObra |
FormatoDaObra |
Dissertação de Mestrado |
FORM FIELD Instituição de Origem |
InstituiodeOrigem? |
Universidade Federal de Santa Catarina |
FORM FIELD Estado Instituição |
EstadoInstituio? |
Santa Catarina |
FORM FIELD Local Tema |
LocalTema? |
FORM FIELD Local de Publicação |
LocaldePublicao? |
Florianópolis |
FORM FIELD Instituição Responsável |
InstituioResponsvel? |
Universidade Federal de Santa Catarina/ Centro de Filosofia e Ciências Humanas/ Programa de Pós-graduação - Mestrado em Sociologia Política |
FORM FIELD FormatoDisponivel |
FormatoDisponivel |
Texto integral |
FORM FIELD Número de Páginas |
NmerodePginas? |
168 |
FORM FIELD Idioma |
Idioma |
Português |
FORM FIELD Palavras Chave |
PalavrasChave? |
Sociologia, Mulheres, Conduta, Prisioneiras, Trafico de drogas - Florianópolis |
FORM FIELD Resumo |
Resumo |
Este trabalho traz parte da história de vida de treze mulheres encarceradas no único Presídio Feminino de Santa Catarina, em Florianópolis, acusadas e/ou condenadas por tráfico de drogas proibidas. No Brasil e no mundo, o narcotráfico por si só desperta atenção, mas poucos são os trabalhos a focar a criminalidade à luz das relações de gênero. É o que propomos: compreender em que medida a participação das mulheres no tráfico de drogas ilícitas está permeada pelo papel a elas imposto por nossa cultura e também como a participação delas se intersecciona com as relações afetivas com seus companheiros, pais, irmãos, filhos e com suas mães, irmãs e filhas.Tendo como ponto de partida dados quantitativos e qualitativos, a hipótese central foi: será o ingresso da mulher no tráfico de drogas induzido por seu(s) companheiro(s)? Considerando que autoridades e pesquisadores, como Alba Zaluar (1994), apontavam que as mulheres não eram as protagonistas principais no tráfico de drogas, decidimos ver se isto se confirmava na realidade, porém do ponto de vista das prisioneiras. Assim, com esta primeira hipótese, nos fundamentamos nas teorias de gênero e na revisão da literatura para abordar os seguintes aspectos: criminalidade, vida carcerária e sistema penal e prisional. Embora façamos uso de dados quantitativos, a metodologia do trabalho é qualitativa. As entrevistadas foram selecionadas de duas formas: cruzamento de dados da instituição e convite interpessoal. O roteiro foi elaborado de modo a apreender dois momentos de suas trajetórias de vida: os vários contextos de inserção e o da participação no tráfico de drogas. Em ambos os casos dialogamos com diversos autores. Os resultados são surpreendentes, tanto do ponto de vista prático quanto teórico. Primeiro descortinamos o presídio, damos cor às relações sociais do convívio e do sistema através da rotina das presidiárias na instituição, destacando vários aspectos (rituais de entrada, distribuição e uso do espaço, visitas, vigilância e castigo, etc.). Depois projetamos luz nos relacionamentos afetivos das mulheres entrevistadas para, enfim, perceber que embora o padrão androcêntrico pretenda para os homens tudo que é superior, inclusive dizer que seriam os homens os responsáveis pelo ingresso delas na criminalidade, algumas vezes isto não se confirmou, como mostram nossos dados. |
FORM FIELD Link |
Link |
ARTIGO |
FORM FIELD Referência para Citação |
RefernciaparaCitao? |
BIELLA, Janete Brígida. Trajetórias e rotina de prisioneiras por tráfico de drogas : autoras e coadjuvantes .Tese de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina. UFSC, 2007 |
FORM FIELD Observação |
Observao |
Material linkado com o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações - Bilblioteca Digital da UFSC. |
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