Difference: Artigo (14 vs. 15)

Revision 1509 Jun 2007 - RosaMeireOliveira

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Artigo em construção

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Introdução

Recentes pesquisas apontam para o fato de que são consideráveis os níveis de evasão ou de baixa participação em cursos de Educação a Distância (EAD), seja no Brasil ou em outras partes do mundo. Xenos et al. (2002) e Shin e Kim apud Abbad et al. (2006) afirmam que na Ásia esses índices chegam a 50% e na Europa estão entre 20 e 30%. No Brasil, pesquisa realizada pela FGV - Escola de Administração de Empresas de São Paulo em 2004, registrou 21% de evasão entre cursos oferecidos por instituições de Ensino Superior certificadas pelo MEC e 62% entre aquelas com certificação própria.
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Na contramão desses indicadores, assiste-se ao boom do mercado de formação a distância, que registrou entre 2004 e 2006 o crescimento de 150% no número de alunos matriculados na modalidade no Brasil entre cursos credenciados. Esse modelo de formação a distância instituiu um padrão de aprendizagem colaborativa que protagoniza o aluno na relação, seja semipresencial, seja online, permanentemente convocado a responder pelo sucesso da aprendizagem e cobra dele atitudes que o colocam como o responsável pelo processo de construção da aprendizagem em rede.
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Na contramão desses indicadores, assiste-se ao boom do mercado de formação a distância, que registrou entre 2004 e 2006 o crescimento de 150% no número de alunos matriculados na modalidade no Brasil entre cursos credenciados. Esse modelo de formação a distância instituiu um padrão de aprendizagem colaborativa que protagoniza o aluno na relação, seja semipresencial, seja online, permanentemente convocado a responder pelo sucesso da aprendizagem e cobra dele atitudes que o colocam como o responsável pelo processo de construção da aprendizagem em rede.
 
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Com base nos dados levantados nas recentes pesquisas, este artigo objetiva lançar um olhar sobre o papel que joga o protagonismo do aluno nos índices de evasão e baixa participação nos cursos de EAD e, por outro lado, analisar de que forma a atual concepção de professor como “tutor”, “mediador”, dentre outros rótulos, interfere nos resultados dos cursos, seja semipresencial ou à distância.
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Com base nos dados levantados em recentes pesquisas, este artigo objetiva lançar um olhar sobre o papel que joga o protagonismo do aluno nos índices de evasão e baixa participação nos cursos de EAD e, por outro lado, analisar de que forma a atual concepção de professor como “tutor”, “mediador”, dentre outros rótulos, interfere nos resultados dos cursos, seja semipresencial ou a distância.
 

1. Um pouco de história

A Educação a Distância é uma modalidade de ensino-aprendizagem que ocorre quando as partes do processo - professor e alunos - estão separados no tempo e/ou no espaço. A EAD tanto pode ser semipresencial (com parte do curso na forma presencial e a distância) ou a distância (virtual). Ao longo do tempo, a Educação a Distância tem-se utilizado de tecnologias de comunicação (impressos, rádio, televisão, internet etc) para reduzir distâncias, aproximar professores e alunos e possibilitar a eficaz construção de conhecimento que satisfaça aos objetivos de todos os envolvidos no processo.
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Chaves (1994) lembra que embora as práticas de EAD tenham ganho maior ênfase mais recentemente, especialmente a partir da década de 1990 com a expansão da internet comercial, o ensino a distância não é exatamente uma modalidade nova. Os primeiros registros aparecem no início da era cristã com as epístolas do Novo Testamento, oportunidade em que entre os séculos I e II surgem, especialmente, as cartas paulinas, escritas em grego por São Paulo entre ( ) para os trabalhos de evangelização das comunidades romanas. Manuscritas, essas cartas chegavam ao destino através do Correio e parecem ter cumprido a sua função, tanto que foram incorporadas pela Igreja Católica como parte inaugural da Bíblia, no ...
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Chaves (1994) lembra que embora as práticas de EAD tenham ganho maior ênfase mais recentemente, especialmente a partir da década de 1990 com a expansão da internet comercial, o ensino a distância não é exatamente uma modalidade nova. Os primeiros registros aparecem no início da era cristã com as epístolas do Novo Testamento, oportunidade em que entre os séculos I e II surgem, especialmente, as cartas paulinas, escritas em grego por São Paulo entre ( ) para os trabalhos de evangelização das comunidades romanas. Manuscritas, essas cartas chegavam ao destino através do Correio e parecem ter cumprido a sua função, tanto que foram incorporadas pela Igreja Católica como parte inaugural da Bíblia.
 Oficialmente, o Ensino a Distância parece ter registro mais recente, quando sabe-se que em 1850 agricultores europeus aprendiam por correspondência a melhor forma de plantar e de cuidar dos rebanhos. No Brasil, a modalidade aparece em 1934, com o início das atividades do Instituto Monitor, a mais antiga instituição no Brasil a oferecer educação não-presencial, voltada a cursos técnicos. Em 1941 surge outra instituição tradicional, o Instituto Universal Brasileiro, com cursos supletivos e para áreas técnicas. Ainda nessa mesma década, em 1947, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), junto com o Serviço Social do Comércio (Sesc) e colaboração de emissoras associadas, criou a Universidade do Ar, em São Paulo, com o objetivo de oferecer cursos comerciais radiofônicos. Os programas, gravados em discos de vinil, eram transmitidos três vezes por semana via radiopostos. O curso era complementado por apostilas e contavam com a participação de monitores no acompanhamento dos alunos. A Universidade do Ar chegou a atingir 318 localidades e 80 mil alunos. Trinta anos mais tarde, em 1976, surge o Sistema Nacional de Teleducação, com a oferta de cursos por correspondência e algumas experiências entre 1977/1979, com o uso do rádio e da TV, chegando a oferecer ao longo da existência mais de 40 cursos diferentes e atingir quase 1,5 milhão de alunos matriculados. É ainda na década de 1970 que surge o modelo de teleducação, na modalidade telecurso, implantado por fundações privadas e não-governamentais, que passam a oferecer ensino supletivo à distância. O modelo realizava-se com aulas via satélite, complementadas por kits de materiais impressos. Nesse período operavam o Projeto Saci e Projeto Minerva capacitando professores com formação, apenas, em magistério.
 
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