Difference: ArtigoDori (1 vs. 14)

Revision 1413 Jun 2007 - MariaHelenaBonilla

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META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
Line: 202 to 202
 Ao analisarmos historicamente as evoluções tecnológicas possibilitadas pelos avancos científicos desde a micro-eletronica à nanotecnologia, passando pela revolução eletromecânica e culminando na revolução genética, verificaremos que todas são resultado de afirmação de processos hegemônicos (revolução mercantil; indústrial e da informação) edifundem-se enquanto imposições regidas pelos mercados, mas sempre amparadas em instituições que as tornam viáveis enqanto escala para comercialização globais (a escola, nossos lares num plano micro e a ação de governos num plano macro). Então, para viabilizarem-se, em sua escalada hegemônica, estas atuam e valem-se a todo momento de aspectos cotidianos.

Como exemplos práticos podemos citar: padroes adotados pela indústria de circuitos eletronicos, que compoe aparelhos como PCs, celulares, televisores, tocadores de musica eletronica, entre outros que so tornaram-se viáveis a partir de sua adiçâo enquanto padrões em suas respectivas indústrias nascentes a partir da assimilação cotidiana pelo uso em massa ou de sua aquisição e/ou adoção enquanto padrão técnico por govenos

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melhorar a construção frasal
 
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Os sistemas e conjuntos de códigos que se constituem enquanto alma desses artefatos são igualmente produzidos e comercializados segunfo uma lógica hegemônica subordinada aos ditames da indústria multimilionária das patentes e cópias de direito. Dai resulta uma constante busca por inovações atreladas a padrões técnicos, que embora regulados por estados nacionais e/ou por entidades reguladoras transnacionais, são fortemente pressionados por imensas corporações privadas transnacionais. Tais pressões visam forçar seus padrões tecnológicos enquanto elementos culturais, seja apelando para mecanismos legais ou simplesmente incentivando de forma sorrateira, sob os mais diversos subterfúgios (que vão desde elaboradas campanhas publicitárias ate suborno de dirigentes).
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Os sistemas e conjuntos de códigos que se constituem enquanto alma desses artefatos são igualmente produzidos e comercializados segunfo uma lógica hegemônica subordinada aos ditames da indústria multimilionária das patentes e cópias de direito. Dai resulta uma constante busca por inovações atreladas a padrões técnicos, que embora regulados por estados nacionais e/ou por entidades reguladoras transnacionais, são fortemente pressionados por imensas corporações privadas transnacionais. Tais pressões visam forçar seus padrões tecnológicos enquanto elementos culturais, seja apelando para mecanismos legais ou simplesmente incentivando de forma sorrateira, sob os mais diversos subterfúgios (que vão desde elaboradas campanhas publicitárias ate suborno de dirigentes). completar a frase
  Entendemos que no atual cenário, onde os avanços técnicos são visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padrões culturais e de comportamentos, as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos viabilizadores das ações hegemônicas, como, paradoxalmente, enquanto instrumentos capazes de possibilitar comportamentos e ações anti-hegemônicas.
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Ao observamos o debate em torno das concessões de TV suscitadas a partir da revogação de uma concessão de TV comercial pelo atual governo venezuano, fato que provoca um debate global onde diferentes visões são colocadas para o mesmo fato, verificaremos como se constroi cotidianamente o percurso hegemônico para o controle das technés e mídias, para o qual alertamos, entretanto, não são apenas a visão dos conglomerados de comunicação mundial que ganham destaque, aqui verificamos novamente a importância das ações, táticas e burlas contra-hegemônicas. Ousamos afirmar, que no munto atual, sem tais possibilidades possíveis nesses espaços e technés alternativas, para o que denominaremos de “contra-veiculações” , apenas a visão hegemônica prevaleceria.
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Ao observamos o debate em torno das concessões de TV suscitadas a partir da revogação de uma concessão de TV comercial pelo atual governo venezuelano, fato que provoca um debate global onde diferentes visões são colocadas para o mesmo fato, verificaremos como se constroi cotidianamente o percurso hegemônico para o controle das technés e mídias, para o qual alertamos, entretanto, não são apenas a visão dos conglomerados de comunicação mundial que ganham destaque, aqui verificamos novamente a importância das ações, táticas e burlas contra-hegemônicas. Ousamos afirmar, que no munto atual, sem tais possibilidades possíveis nesses espaços e technés alternativas, para o que denominaremos de “contra-veiculações” , apenas a visão hegemônica prevaleceria.
  Esse quadro adquire contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticados como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeos e suas interfaces físicas como: micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedonistas de mundo, e de forma a desviar outros potênciais latentes desses aparatos, se postos a serviços de outros contextos, mas que deliberadamente contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banalização estética, onde os timbres e conteúdos ali produzidos estão apenas a serviço de um cyberpornografia global, conforme apontado por Virilío() e atestado pelos números estratófericos dessa indústria que montam, consumindo $ 89,00 dolares americanos por segundo em sua escalada hegemônica global.

Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia

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Em meio a esse rolo compressor hegemônico, percebemos nos espaços de convívio cotidiano, taius como: lares, escolas, clubes e em outros espaços públicos como salas de cinema, praças, etc. são cada vez mais tomados enquanto instrumentos importantes para reforçar comportamentos dominantes, isso devido ao caráter fluído e aytônomo. potencialmente latentes nas tecnologias atuais, potencial esse, que em muitos casos transborda ao considerado “comportamento e uso normal” e, não raramente passando despercebido pelos aparatos de controle social.
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Em meio a esse rolo compressor hegemônico, percebemos nos espaços de convívio cotidiano, taius como: lares, escolas, clubes e em outros espaços públicos como salas de cinema, praças, etc. são cada vez mais tomados enquanto instrumentos importantes para reforçar comportamentos dominantes, isso devido ao caráter fluído e aytônomo. potencialmente latentes nas tecnologias atuais, potencial esse, que em muitos casos transborda ao considerado “comportamento e uso normal” e, não raramente passando despercebido pelos aparatos de controle social. melhorar a construção frasal
  Dessa forma esses espaços se transformam em importantes zonas a serem apropriadas numa pretendida marcha rumo à consolidação hegemônica, as forças motrizes que a impulsionam sabem disso e o fazem com maestria. Como pano de fundo nesse confronto trava-se um guera quase que subliminar para definir como se dará as apropriações sociais de aparatos técnicos contemporâneos. Sobre esse aspecto e ao se referir sobre o confronto entre possuidores e não possuidores, Milton Santos afirma que, Quanto aos “não-possuidores” sua convivência com a escassez é conflituosa (...) cada dia oferecendo uma nova experiência de escassez. [...] A sobrevivência só é assegurada porque as experiências imperativamente se renovam. E como a surpresa se dá como rotina, a riqueza dos “não-possuidores” é a prontidão dos sentidos. É com essa força que eles se eximem da contra finalidade e ao lado da bisca de bens materiais finitos cultivam a procura de bens infinitos como a solidariedade e a liberdade: estes, quanto mais se distribuem mais aumentam. (p. 130)[...]
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No contexto dessa breve reflexão, a escassez de que tratamos é a da informação, da diversidade e colaboração no ciberespaço, esta, em se confirmando, será danosa para a produção e a apropriação de novos conhecimentos, novas technés. num futuro próximo.
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, a escassez de que tratamos é a da informação, da diversidade e colaboração no ciberespaço, esta, em se confirmando, será danosa para a produção e a apropriação de novos conhecimentos, novas technés. num futuro próximo. outras excassezes e outras apropriações
  Mas, otimista, o geógrafo ainda nos aponta caminhos possíveis que aqui tratamos como possibilidades contra-hegemônicas também aplicadas ao universo ciberdigital enquanto possibilidades para o seu manuseio/uso:

O entendimento sistemático das situações e a correspondente sistematicidade das manifestações de inconformidade constituem, via de regra, um processo lento. Mas isso não impede que no âmago da sociedade, já se estejam, aqui e ali, levantando vulcões, mesmo que ainda pareçam silenciosos e dormentes. (p. 134).

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Nesse sentido, as práticas contra-hegemônicas afloram nessas manifestações de inconformidade, atreladas aos movimentos sociais organizados que segundo Santos () “devem imitar o cotidiano das pessoas, cuja flexibilidade e adaptabilidade lhe asseguram um autêntico pragmatismo existencial e constituem a sua riqueza e fonte principal de veracidade.”
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Nesse sentido, as práticas contra-hegemônicas afloram nessas manifestações de inconformidade, atreladas aos movimentos sociais organizados que segundo Santos () “devem imitar o cotidiano das pessoas, cuja flexibilidade e adaptabilidade lhe asseguram um autêntico pragmatismo existencial e constituem a sua riqueza e fonte principal de veracidade.” explorem mais essa relação entre movimentos sociais e cotidiano
 
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Por meio das manifestações cotidianas que ocorrem em diferentes espaços, a exemplo da escola, identificamos propostas inovadoras que procuram valorizar experiências e vivências de professores e alunos, fomentando e abrindo espaços para atividades mais lúdicas e criativas realizadas com maior liberdade que resultam de burlas cotidianas, táticas de enfrentamento e de um uso não autorizado (CERTEAU, 1996) e/ou diverso daqueles constantes dos objetivos oficiais.
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Por meio das manifestações cotidianas que ocorrem em diferentes espaços, a exemplo da escola, identificamos propostas inovadoras que procuram valorizar experiências e vivências de sujeitos e comunidades, professores e alunos, fomentando e abrindo espaços para atividades mais lúdicas e criativas realizadas com maior liberdade que resultam de burlas cotidianas, táticas de enfrentamento e de um uso não autorizado (CERTEAU, 1996) e/ou diverso daqueles constantes dos objetivos oficiais.
 
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Tais espaços extrapolam o que poderíamos chamar de cotidiano físico-material e se consolidam também em universos cibers, ópticos, bi e tridimensionais forjando uma esfera de enfrentamento político e ideológico para além do real a exemplo da utilização de blogs para postagem de denuncias de situações muitas vezes ignoradas pela mídia de massa, como ações de exércitos e fraudes políticas, vejamos alguns exemplos:
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Tais espaços extrapolam o que poderíamos chamar de cotidiano físico-material e se consolidam também em universos cibers, ópticos, bi e tridimensionais forjando uma esfera de enfrentamento político e ideológico para além do real ?????????????? a exemplo da utilização de blogs para postagem de denuncias de situações muitas vezes ignoradas pela mídia de massa, como ações de exércitos e fraudes políticas, vejamos alguns exemplos:
  Sem dúvida uma das experiência mas célebres, emblemáticas e bem secedida, e a ocorrida no México, onde um lider sem rosto no estado de Chiapas, subcomandante Marcos, que segundo aponta Maria Ester Celeña, sempre buscou escrever em línguagem HTML1 de forma a mundializar a luta dos Zapatistas, que hoje divulgam sua luta contra hegemônica política no México e suas idéias em sítios como: http://www.submarcos.org e http://www.escuelasparachiapas.org/espanol.html. Nestes espaços virtuais e de comunicação podemos encontrar desde aspectos culturais e sociais do movimento Zapatista até formas de organização para visitas àquela região, de forma a constatar a importância da internet para a organização e comunicação contra-hegemônica.
Line: 242 to 243
  Outros exemplos, como o que nos apontou Castells (1995), que mostra a influência na eleição do socialista Jose Maria Zapatero na Espanha a partir de movimentos desencadeados depois do Atentado na Estação de Atocha quando o governo tentou atribuir os atentados ao grupo separatista ETA, divulgando essa versão na mídia de forma massiva, versão desarticulada pela utilização intensa de instrumentos de comunicação portátil
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Algumas experiências de EAD que refutam a lógica hegemônica adotada pelas práticas de e-learning que adotam padrões hegemônicos numa lógica de transmissão broadcasting (um para muitos) numa perspectiva próxima e/ou idêntica à lógica comunicacional dos grandes portais WEB e grandes redes de TV estão sendo propostos, como aconteceu recente na 3a. Semana de Software da FACE/UFBA que conectou duas localidades distantes 500 km (Salvador x Irecê) em streaming de áudio e vídeo transmitindo mesas redondas e sessões de pesquisa, simultaneamente pela internet, com possibilidade de interação por canais de IRC (Chat).
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Algumas experiências de EAD que refutam a lógica hegemônica adotada pelas práticas de e-learning que adotam padrões hegemônicos numa lógica de transmissão broadcasting (um para muitos) numa perspectiva próxima e/ou idêntica à lógica comunicacional dos grandes portais WEB e grandes redes de TV estão sendo propostos, como aconteceu recente na 3a. Semana de Software da FACE/UFBA que conectou duas localidades distantes 500 km (Salvador x Irecê) em streaming de áudio e vídeo transmitindo mesas redondas e sessões de pesquisa, simultaneamente pela internet, com possibilidade de interação por canais de IRC (Chat) e de rádio web.
  Alguns programas de governo possibilitam, a partir de experiências práticas e contextualizadas com a realidade local, como os Projetos Ponto de Cultura do Governo Federal e o Programa de Inclusão Digital do Estado da Bahia, vem apontando possibilidades interessantes para a produção de conteúdos WEB e conexão a internet de comunidades a partir de uma perspectiva de apropriação tecnológica e de difusão de culturas que extrapolam a lógica de utilização de TIC em tele/infocentros. Vale apontar que paradoxalmente o projeto Ponto de Cultura, dentre os programas do governo Federal é o que possui a menor dotação orçamentária, conforme apontado por Costa (2006) em dissertação de mestrado.
Line: 251 to 252
 As possibilidades de práticas contra-hegemônica poderam ser experimentadas também em episódio recente onde um grupo de alunos contrários à política para o ensino superior no Estado de São Paulo, oupoaram o prédio da reitoria da USP – Universidade de São Paulo e passaram autilizar técnicas para transmissão de streaming de áudio e vídeo sobre protocolo IP para difundir suas idéias e reinvindicações, nesse caso, as tecnologias constituiram-se para além de porta voz como testemunho mundial, resultante de uma prática burlante que podiam ser livreementeacessados através dos endereços: (http://stream.paraguas.org:8000/radio.org) e (http://stream.paraguas.org:8000/tvlivre.ogg). (junho 2007).

Outros exemplos, que trazem em sua essência práticas igualmente burlantes, são vídeos veiculados na plataforma proprietária youtube que denunciam as aberrações praticadas pelos soldados americanos em sua ultima empreitada no deserto. Postados por diferentes pessoas em diversos lugares do globo, traz vídeos denunciam as atrocidades ocorridas no Iraque a partir de diferentes visões de mundo e acabaram por motivar o exercito americano a criar seu próprio canal de difusão de vídeos com a sua versão e olhar sobre a guerra. Nesse caso, exemplificando como o contra-hegemônico pode provocar reações hegemônicas.

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aprofundar essa idéia
  Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibição/censura que seus controladores impõem a alguns conteúdos sob alegação de que estes contêm conteúdos inadequados, ou seja, forças hegemônicas já despertaram para o seu potencial enquanto veículo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-hegemônicas.

Revision 1313 Jun 2007 - WashingtonBacelar

Line: 1 to 1
 
META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

Revision 1213 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

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*RESUMO
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RESUMO
  O artigo pretende apresentar alguns exemplos indicativos dos poderes hegemônicos exercidos no população mundial e sua aceleração com o uso das tecnologias, nas últimas décadas. Pretende ainda apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC’s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e ao entretenimento, ao uso profissional e as políticas públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas. Neste curso apresentaremos relação do processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da análise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares. (PROF.ª o resumo ficou bom?)
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*INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
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INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
 

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).

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artigo versao 2
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*TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
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TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS
 
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*RESUMO
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RESUMO
  O texto apresenta reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerando experiências práticas relacionadas ao lazer, entretenimento, educação, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.
Line: 169 to 169
 Palavras chave: tecnologias – hegemonia – resistência, burla, contra-hegemônica.
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*Introdução
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Introdução
 

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde se tomam as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TICs o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultados de processos históricos e políticos (Santos, 2000).

Line: 197 to 197
  No contexto onde apontamos possibilidades de ações contra-hegemônicas, entendidas enquanto burlas anti-sistêmicas, faz-se necessário entendermos hegemonia não só em seu sentido etimológico “de predomínio majoritário (e) muitas vezes opressivo de algo sobre o resto", mas essencialmente em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci, “para descrever o tipo de dominação ideológica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicações geopolíticas “aqui entendidas como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de raça, por costumes ou condição militar".
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*As technés e seu percurso hegemônico
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As technés e seu percurso hegemônico
  Ao analisarmos historicamente as evoluções tecnológicas possibilitadas pelos avancos científicos desde a micro-eletronica à nanotecnologia, passando pela revolução eletromecânica e culminando na revolução genética, verificaremos que todas são resultado de afirmação de processos hegemônicos (revolução mercantil; indústrial e da informação) edifundem-se enquanto imposições regidas pelos mercados, mas sempre amparadas em instituições que as tornam viáveis enqanto escala para comercialização globais (a escola, nossos lares num plano micro e a ação de governos num plano macro). Então, para viabilizarem-se, em sua escalada hegemônica, estas atuam e valem-se a todo momento de aspectos cotidianos.
Line: 213 to 213
 Esse quadro adquire contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticados como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeos e suas interfaces físicas como: micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedonistas de mundo, e de forma a desviar outros potênciais latentes desses aparatos, se postos a serviços de outros contextos, mas que deliberadamente contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banalização estética, onde os timbres e conteúdos ali produzidos estão apenas a serviço de um cyberpornografia global, conforme apontado por Virilío() e atestado pelos números estratófericos dessa indústria que montam, consumindo $ 89,00 dolares americanos por segundo em sua escalada hegemônica global.
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*Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia
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Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia
  Em meio a esse rolo compressor hegemônico, percebemos nos espaços de convívio cotidiano, taius como: lares, escolas, clubes e em outros espaços públicos como salas de cinema, praças, etc. são cada vez mais tomados enquanto instrumentos importantes para reforçar comportamentos dominantes, isso devido ao caráter fluído e aytônomo. potencialmente latentes nas tecnologias atuais, potencial esse, que em muitos casos transborda ao considerado “comportamento e uso normal” e, não raramente passando despercebido pelos aparatos de controle social.
Line: 262 to 262
 Não entendi.
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Conclusão
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Conclusão
  (ainda falta escrever) Contribuição - Washington

Revision 1113 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
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TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
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TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

 
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*RESUMO
  O artigo pretende apresentar alguns exemplos indicativos dos poderes hegemônicos exercidos no população mundial e sua aceleração com o uso das tecnologias, nas últimas décadas. Pretende ainda apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC’s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e ao entretenimento, ao uso profissional e as políticas públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas. Neste curso apresentaremos relação do processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da análise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares. (PROF.ª o resumo ficou bom?)
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INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
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*INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
 

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).

Line: 156 to 156
 
  • 16. FAZENDA, Ivani C. Arantes. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: _. Metodologia da pesquisa educacional. 3. ed. São Paulo : Cortez, [19--].
  • 17. Michaelis: dicionário escolar inglês. São Paulo : Melhoramentos, 2001.
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--++ artigo versao 2
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artigo versao 2
 
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TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
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*TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
 
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*RESUMO
  O texto apresenta reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerando experiências práticas relacionadas ao lazer, entretenimento, educação, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.
Line: 169 to 169
 Palavras chave: tecnologias – hegemonia – resistência, burla, contra-hegemônica.
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*Introdução
 

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde se tomam as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TICs o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultados de processos históricos e políticos (Santos, 2000).

Line: 197 to 197
  No contexto onde apontamos possibilidades de ações contra-hegemônicas, entendidas enquanto burlas anti-sistêmicas, faz-se necessário entendermos hegemonia não só em seu sentido etimológico “de predomínio majoritário (e) muitas vezes opressivo de algo sobre o resto", mas essencialmente em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci, “para descrever o tipo de dominação ideológica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicações geopolíticas “aqui entendidas como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de raça, por costumes ou condição militar".
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As technés e seu percurso hegemônico

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*As technés e seu percurso hegemônico
  Ao analisarmos historicamente as evoluções tecnológicas possibilitadas pelos avancos científicos desde a micro-eletronica à nanotecnologia, passando pela revolução eletromecânica e culminando na revolução genética, verificaremos que todas são resultado de afirmação de processos hegemônicos (revolução mercantil; indústrial e da informação) edifundem-se enquanto imposições regidas pelos mercados, mas sempre amparadas em instituições que as tornam viáveis enqanto escala para comercialização globais (a escola, nossos lares num plano micro e a ação de governos num plano macro). Então, para viabilizarem-se, em sua escalada hegemônica, estas atuam e valem-se a todo momento de aspectos cotidianos.
Line: 217 to 213
 Esse quadro adquire contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticados como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeos e suas interfaces físicas como: micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedonistas de mundo, e de forma a desviar outros potênciais latentes desses aparatos, se postos a serviços de outros contextos, mas que deliberadamente contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banalização estética, onde os timbres e conteúdos ali produzidos estão apenas a serviço de um cyberpornografia global, conforme apontado por Virilío() e atestado pelos números estratófericos dessa indústria que montam, consumindo $ 89,00 dolares americanos por segundo em sua escalada hegemônica global.
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Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia
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*Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia
  Em meio a esse rolo compressor hegemônico, percebemos nos espaços de convívio cotidiano, taius como: lares, escolas, clubes e em outros espaços públicos como salas de cinema, praças, etc. são cada vez mais tomados enquanto instrumentos importantes para reforçar comportamentos dominantes, isso devido ao caráter fluído e aytônomo. potencialmente latentes nas tecnologias atuais, potencial esse, que em muitos casos transborda ao considerado “comportamento e uso normal” e, não raramente passando despercebido pelos aparatos de controle social.
Line: 261 to 255
 Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibição/censura que seus controladores impõem a alguns conteúdos sob alegação de que estes contêm conteúdos inadequados, ou seja, forças hegemônicas já despertaram para o seu potencial enquanto veículo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-hegemônicas.
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DORIELSON, vc chegou a ver as alterações, complementos que fiz no texto anterior?
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DORIEDSON, vc chegou a ver as alterações, complementos que fiz no texto anterior?
 Chegou a receber um e-mail com as leituras e possíeis complementos teóricos que sinalizam o movimento das burlas? Aqui eu não li as contribuições que fiz o texto anterior, inclusive, fiz alguma correções no resumo... Inclusive sinalizo ações de sala de aula, além das contribuições tecnológicas. Existe, e não pouco lugar, onde a escola nem tem luz elétrica...

Revision 1013 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

Revision 912 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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META TOPICPARENT name="EDCA33sem071"
-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
Line: 261 to 261
 Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibição/censura que seus controladores impõem a alguns conteúdos sob alegação de que estes contêm conteúdos inadequados, ou seja, forças hegemônicas já despertaram para o seu potencial enquanto veículo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-hegemônicas.
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DORIELSON, vc chegou a ver as alterações, complementos que fiz no texto anterior? Chegou a receber um e-mail com as leituras e possíeis complementos teóricos que sinalizam o movimento das burlas? Aqui eu não li as contribuições que fiz o texto anterior, inclusive, fiz alguma correções no resumo... Inclusive sinalizo ações de sala de aula, além das contribuições tecnológicas. Existe, e não pouco lugar, onde a escola nem tem luz elétrica... Não entendi.
 Conclusão

(ainda falta escrever) \ No newline at end of file

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Contribuição - Washington

Ao longo de sua história o homem sofre pressões e opressões de variadas ordens. Neste percurso, podemos identificar as tentativas de não obediência ao poder totalitário, que se fazia presente através de ameças, torturas, enforcamentos, guilhotina, cadeira elétrica, câmera de gás, e hoje, o bloqueio ou rastreamento eletrônico daquele insurgente.

A escola, a sala de aula presencial pode ser o principal espaço desta nova construção. O exemplo ainda fala muito alto, em termos de luta e reinvidiações dos direitos humanos. Sendo o primordial direito: a liberdade. É possível perseguir este ideal.

Revision 811 Jun 2007 - DoriedsonAlmeida

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-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
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  • 15. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.
  • 16. FAZENDA, Ivani C. Arantes. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: _. Metodologia da pesquisa educacional. 3. ed. São Paulo : Cortez, [19--].
  • 17. Michaelis: dicionário escolar inglês. São Paulo : Melhoramentos, 2001.
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TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

RESUMO

O texto apresenta reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerando experiências práticas relacionadas ao lazer, entretenimento, educação, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.

Palavras chave: tecnologias – hegemonia – resistência, burla, contra-hegemônica.

Introdução

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde se tomam as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TICs o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultados de processos históricos e políticos (Santos, 2000).

Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos (2002), consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.

Milton Santos (2000), afirma que para compreender a globalização atual, “como, a qualquer fase da história, há dois elementos fundamentais a levar em conta: o estado da técnica e o estado da política”. Para o autor, não existe uma separação entre as duas coisas, pois “as técnicas são oferecidas como sistemas e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso”.

Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em famílias e cada conjunto de técnicas representa uma época, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemoneizadas. Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Com efeito, o caráter contra hegemônico das técnicas da atualidade possibilita contraposições à ordem hegemônica, tornando-se inegável a sua importância enquanto célula propulsora de transformações sociais, cabendo-lhes o papel de contrabalançar o atual estado das coisas.

Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.

Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.

É importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não está relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, a entendemos como resultado de uma tensão entre o instituinte e a práxis cotidiana emergida de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/usuário ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.

Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas, tais burlas entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas. Sobre isso Santomé nos alerta:

Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente à atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.(Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).

Nesse sentido, para fazer frente aos fluxos e práticas cotidianas é que emergem o que consideramos enquanto burlas cotidianas resultantes quase sempre de ações criativas individuais ou coletivas e que se constituem enquanto importante instrumento de enfrentamento ao hegemônico.

No contexto onde apontamos possibilidades de ações contra-hegemônicas, entendidas enquanto burlas anti-sistêmicas, faz-se necessário entendermos hegemonia não só em seu sentido etimológico “de predomínio majoritário (e) muitas vezes opressivo de algo sobre o resto", mas essencialmente em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci, “para descrever o tipo de dominação ideológica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicações geopolíticas “aqui entendidas como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de raça, por costumes ou condição militar".

As technés e seu percurso hegemônico

Ao analisarmos historicamente as evoluções tecnológicas possibilitadas pelos avancos científicos desde a micro-eletronica à nanotecnologia, passando pela revolução eletromecânica e culminando na revolução genética, verificaremos que todas são resultado de afirmação de processos hegemônicos (revolução mercantil; indústrial e da informação) edifundem-se enquanto imposições regidas pelos mercados, mas sempre amparadas em instituições que as tornam viáveis enqanto escala para comercialização globais (a escola, nossos lares num plano micro e a ação de governos num plano macro). Então, para viabilizarem-se, em sua escalada hegemônica, estas atuam e valem-se a todo momento de aspectos cotidianos.

Como exemplos práticos podemos citar: padroes adotados pela indústria de circuitos eletronicos, que compoe aparelhos como PCs, celulares, televisores, tocadores de musica eletronica, entre outros que so tornaram-se viáveis a partir de sua adiçâo enquanto padrões em suas respectivas indústrias nascentes a partir da assimilação cotidiana pelo uso em massa ou de sua aquisição e/ou adoção enquanto padrão técnico por govenos

Os sistemas e conjuntos de códigos que se constituem enquanto alma desses artefatos são igualmente produzidos e comercializados segunfo uma lógica hegemônica subordinada aos ditames da indústria multimilionária das patentes e cópias de direito. Dai resulta uma constante busca por inovações atreladas a padrões técnicos, que embora regulados por estados nacionais e/ou por entidades reguladoras transnacionais, são fortemente pressionados por imensas corporações privadas transnacionais. Tais pressões visam forçar seus padrões tecnológicos enquanto elementos culturais, seja apelando para mecanismos legais ou simplesmente incentivando de forma sorrateira, sob os mais diversos subterfúgios (que vão desde elaboradas campanhas publicitárias ate suborno de dirigentes).

Entendemos que no atual cenário, onde os avanços técnicos são visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padrões culturais e de comportamentos, as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos viabilizadores das ações hegemônicas, como, paradoxalmente, enquanto instrumentos capazes de possibilitar comportamentos e ações anti-hegemônicas.

Ao observamos o debate em torno das concessões de TV suscitadas a partir da revogação de uma concessão de TV comercial pelo atual governo venezuano, fato que provoca um debate global onde diferentes visões são colocadas para o mesmo fato, verificaremos como se constroi cotidianamente o percurso hegemônico para o controle das technés e mídias, para o qual alertamos, entretanto, não são apenas a visão dos conglomerados de comunicação mundial que ganham destaque, aqui verificamos novamente a importância das ações, táticas e burlas contra-hegemônicas. Ousamos afirmar, que no munto atual, sem tais possibilidades possíveis nesses espaços e technés alternativas, para o que denominaremos de “contra-veiculações” , apenas a visão hegemônica prevaleceria.

Esse quadro adquire contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticados como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeos e suas interfaces físicas como: micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedonistas de mundo, e de forma a desviar outros potênciais latentes desses aparatos, se postos a serviços de outros contextos, mas que deliberadamente contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banalização estética, onde os timbres e conteúdos ali produzidos estão apenas a serviço de um cyberpornografia global, conforme apontado por Virilío() e atestado pelos números estratófericos dessa indústria que montam, consumindo $ 89,00 dolares americanos por segundo em sua escalada hegemônica global.

Espaços de convivência ciber e reais: a construção cotidiana da hegemonia/contra-hegemonia

Em meio a esse rolo compressor hegemônico, percebemos nos espaços de convívio cotidiano, taius como: lares, escolas, clubes e em outros espaços públicos como salas de cinema, praças, etc. são cada vez mais tomados enquanto instrumentos importantes para reforçar comportamentos dominantes, isso devido ao caráter fluído e aytônomo. potencialmente latentes nas tecnologias atuais, potencial esse, que em muitos casos transborda ao considerado “comportamento e uso normal” e, não raramente passando despercebido pelos aparatos de controle social.

Dessa forma esses espaços se transformam em importantes zonas a serem apropriadas numa pretendida marcha rumo à consolidação hegemônica, as forças motrizes que a impulsionam sabem disso e o fazem com maestria. Como pano de fundo nesse confronto trava-se um guera quase que subliminar para definir como se dará as apropriações sociais de aparatos técnicos contemporâneos. Sobre esse aspecto e ao se referir sobre o confronto entre possuidores e não possuidores, Milton Santos afirma que, Quanto aos “não-possuidores” sua convivência com a escassez é conflituosa (...) cada dia oferecendo uma nova experiência de escassez. [...] A sobrevivência só é assegurada porque as experiências imperativamente se renovam. E como a surpresa se dá como rotina, a riqueza dos “não-possuidores” é a prontidão dos sentidos. É com essa força que eles se eximem da contra finalidade e ao lado da bisca de bens materiais finitos cultivam a procura de bens infinitos como a solidariedade e a liberdade: estes, quanto mais se distribuem mais aumentam. (p. 130)[...]

No contexto dessa breve reflexão, a escassez de que tratamos é a da informação, da diversidade e colaboração no ciberespaço, esta, em se confirmando, será danosa para a produção e a apropriação de novos conhecimentos, novas technés. num futuro próximo.

Mas, otimista, o geógrafo ainda nos aponta caminhos possíveis que aqui tratamos como possibilidades contra-hegemônicas também aplicadas ao universo ciberdigital enquanto possibilidades para o seu manuseio/uso:

O entendimento sistemático das situações e a correspondente sistematicidade das manifestações de inconformidade constituem, via de regra, um processo lento. Mas isso não impede que no âmago da sociedade, já se estejam, aqui e ali, levantando vulcões, mesmo que ainda pareçam silenciosos e dormentes. (p. 134).

Nesse sentido, as práticas contra-hegemônicas afloram nessas manifestações de inconformidade, atreladas aos movimentos sociais organizados que segundo Santos () “devem imitar o cotidiano das pessoas, cuja flexibilidade e adaptabilidade lhe asseguram um autêntico pragmatismo existencial e constituem a sua riqueza e fonte principal de veracidade.”

Por meio das manifestações cotidianas que ocorrem em diferentes espaços, a exemplo da escola, identificamos propostas inovadoras que procuram valorizar experiências e vivências de professores e alunos, fomentando e abrindo espaços para atividades mais lúdicas e criativas realizadas com maior liberdade que resultam de burlas cotidianas, táticas de enfrentamento e de um uso não autorizado (CERTEAU, 1996) e/ou diverso daqueles constantes dos objetivos oficiais.

Tais espaços extrapolam o que poderíamos chamar de cotidiano físico-material e se consolidam também em universos cibers, ópticos, bi e tridimensionais forjando uma esfera de enfrentamento político e ideológico para além do real a exemplo da utilização de blogs para postagem de denuncias de situações muitas vezes ignoradas pela mídia de massa, como ações de exércitos e fraudes políticas, vejamos alguns exemplos:

Sem dúvida uma das experiência mas célebres, emblemáticas e bem secedida, e a ocorrida no México, onde um lider sem rosto no estado de Chiapas, subcomandante Marcos, que segundo aponta Maria Ester Celeña, sempre buscou escrever em línguagem HTML1 de forma a mundializar a luta dos Zapatistas, que hoje divulgam sua luta contra hegemônica política no México e suas idéias em sítios como: http://www.submarcos.org e http://www.escuelasparachiapas.org/espanol.html. Nestes espaços virtuais e de comunicação podemos encontrar desde aspectos culturais e sociais do movimento Zapatista até formas de organização para visitas àquela região, de forma a constatar a importância da internet para a organização e comunicação contra-hegemônica.

A nota datada de 28/05/1994 onde Marcos explica o porquê da máscara estilo bataclava usada por ele e outros tantos zapatistas talvez desvele pistas sobre a importancia da internet enquanto instrumento anônimo, colaboratico para a comunicação com o mundo externo

Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestiniano em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, rockero na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México." Enfim, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias intoleradas, oprimidas, resistindo, exploradas, dizendo ¡Ya basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e aguentar. Todos os intolerados buscando uma palavra, sua palavra. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, este é Marcos. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Subcomandante_Marcos, acesso em junho 2007)

Alguns exemplos recentes ocorrido no Brasil podem ser apontados como movimentos contra-culturais possibilitados pelo uso intenso e em rede de instrumentos como celulares, blogs, e-mails, etc. estes resultaram em imensas manifestações estudantis como a Revolta do Buzu (ocorrida em Salvador-BA em 2006; a revolta da catraca em Florianopolis Santa- Catarina 2006)

Outros exemplos, como o que nos apontou Castells (1995), que mostra a influência na eleição do socialista Jose Maria Zapatero na Espanha a partir de movimentos desencadeados depois do Atentado na Estação de Atocha quando o governo tentou atribuir os atentados ao grupo separatista ETA, divulgando essa versão na mídia de forma massiva, versão desarticulada pela utilização intensa de instrumentos de comunicação portátil

Algumas experiências de EAD que refutam a lógica hegemônica adotada pelas práticas de e-learning que adotam padrões hegemônicos numa lógica de transmissão broadcasting (um para muitos) numa perspectiva próxima e/ou idêntica à lógica comunicacional dos grandes portais WEB e grandes redes de TV estão sendo propostos, como aconteceu recente na 3a. Semana de Software da FACE/UFBA que conectou duas localidades distantes 500 km (Salvador x Irecê) em streaming de áudio e vídeo transmitindo mesas redondas e sessões de pesquisa, simultaneamente pela internet, com possibilidade de interação por canais de IRC (Chat).

Alguns programas de governo possibilitam, a partir de experiências práticas e contextualizadas com a realidade local, como os Projetos Ponto de Cultura do Governo Federal e o Programa de Inclusão Digital do Estado da Bahia, vem apontando possibilidades interessantes para a produção de conteúdos WEB e conexão a internet de comunidades a partir de uma perspectiva de apropriação tecnológica e de difusão de culturas que extrapolam a lógica de utilização de TIC em tele/infocentros. Vale apontar que paradoxalmente o projeto Ponto de Cultura, dentre os programas do governo Federal é o que possui a menor dotação orçamentária, conforme apontado por Costa (2006) em dissertação de mestrado.

Outros movimentos que permitem a utilização de software livres em escolas e ou tele/infocentros também apontam para atitudes contra-hegemônicas na medida em que afloram possibilidades de apropriação autônoma e isenta de patentes para escolas e/ou comunidades, embora ressaltamos que existem desafios e construções ainda a realizar.

As possibilidades de práticas contra-hegemônica poderam ser experimentadas também em episódio recente onde um grupo de alunos contrários à política para o ensino superior no Estado de São Paulo, oupoaram o prédio da reitoria da USP – Universidade de São Paulo e passaram autilizar técnicas para transmissão de streaming de áudio e vídeo sobre protocolo IP para difundir suas idéias e reinvindicações, nesse caso, as tecnologias constituiram-se para além de porta voz como testemunho mundial, resultante de uma prática burlante que podiam ser livreementeacessados através dos endereços: (http://stream.paraguas.org:8000/radio.org) e (http://stream.paraguas.org:8000/tvlivre.ogg). (junho 2007).

Outros exemplos, que trazem em sua essência práticas igualmente burlantes, são vídeos veiculados na plataforma proprietária youtube que denunciam as aberrações praticadas pelos soldados americanos em sua ultima empreitada no deserto. Postados por diferentes pessoas em diversos lugares do globo, traz vídeos denunciam as atrocidades ocorridas no Iraque a partir de diferentes visões de mundo e acabaram por motivar o exercito americano a criar seu próprio canal de difusão de vídeos com a sua versão e olhar sobre a guerra. Nesse caso, exemplificando como o contra-hegemônico pode provocar reações hegemônicas.

Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibição/censura que seus controladores impõem a alguns conteúdos sob alegação de que estes contêm conteúdos inadequados, ou seja, forças hegemônicas já despertaram para o seu potencial enquanto veículo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-hegemônicas.

Conclusão

(ainda falta escrever)

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Revision 710 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
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  RESUMO
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O artigo pretende apresentar alguns exemplos indicativos dos poderes hegemônicos exercidos no população mundial e sua aceleração com o uso das tecnologias, nas últimas décadas. Pretende ainda apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC’s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e ao entretenimento, ao uso profissional e as políticas públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas. Neste curso apresentaremos relação do processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da análise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.
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O artigo pretende apresentar alguns exemplos indicativos dos poderes hegemônicos exercidos no população mundial e sua aceleração com o uso das tecnologias, nas últimas décadas. Pretende ainda apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC’s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e ao entretenimento, ao uso profissional e as políticas públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas. Neste curso apresentaremos relação do processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da análise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares. (PROF.ª o resumo ficou bom?)
 

INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto

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 Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em família e cada conjunto de técnicas representa uma época atual, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas.
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Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
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Assim, podemos observar que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
 Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. expliquem isso... Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.

Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender. aprofundem esta idéia

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  Complementei estas referências. São algumas contribuições de citações.
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  • 1. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. ed. Petrópolis : Vozes, 1996.
  • 2. FONSECA, Marília. O banco mundial e a gestão da educação brasileira. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 3. FRIEDMAN, Jonatham. Ser no mundo: globalização e localização. In: FEATHERSTONE, Mike (coord.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 4. GIACOMINI FILHO, Gino. A criança no marketing e na comunicação publicitária. In: PACHECO, Elza Dias (Org.). Televisão, criança, imaginário e educação. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2004.
  • 5. GIROUX, Henry A. A disneyzação da cultura infantil. In: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.). Territórios contestados. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1995.
  • 6. GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
  • 7. LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro : Brasport, 1997.
  • 8. MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000.
  • 9. MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. 3. ed. São Paulo : Cortez, 2005.
  • 10. OLIVEIRA, Dalila Andrade. Educação e planejamento: a escola como núcleo da gestão. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 11. PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2002.
  • 12. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 13. ed. Rio de Janeiro : Record, 2006.
  • 13. WORSLEY, Peter. Modelos do sistema mundial moderno. In: FEATHERSTONE, Mike (Org.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 14 BARROS, Aidil de Jesus Paes e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa. 15. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2004.
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  • 1. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. ed. Petrópolis : Vozes, 1996.
  • 2. FONSECA, Marília. O banco mundial e a gestão da educação brasileira. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 3. FRIEDMAN, Jonatham. Ser no mundo: globalização e localização. In: FEATHERSTONE, Mike (coord.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 4. GIACOMINI FILHO, Gino. A criança no marketing e na comunicação publicitária. In: PACHECO, Elza Dias (Org.). Televisão, criança, imaginário e educação. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2004.
  • 5. GIROUX, Henry A. A disneyzação da cultura infantil. In: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.). Territórios contestados. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1995.
  • 6. GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
  • 7. LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro : Brasport, 1997.
  • 8. MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000.
  • 9. MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. 3. ed. São Paulo : Cortez, 2005.
  • 10. OLIVEIRA, Dalila Andrade. Educação e planejamento: a escola como núcleo da gestão. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 11. PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2002.
  • 12. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 13. ed. Rio de Janeiro : Record, 2006.
  • 13. WORSLEY, Peter. Modelos do sistema mundial moderno. In: FEATHERSTONE, Mike (Org.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 14 BARROS, Aidil de Jesus Paes e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa. 15. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2004.
 
  • 15. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.
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  • 16. FAZENDA, Ivani C. Arantes. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: _. Metodologia da pesquisa educacional. 3. ed. São Paulo : Cortez, [19--].
  • 17. Michaelis: dicionário escolar inglês. São Paulo : Melhoramentos, 2001.
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  • 16. FAZENDA, Ivani C. Arantes. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: _. Metodologia da pesquisa educacional. 3. ed. São Paulo : Cortez, [19--].
  • 17. Michaelis: dicionário escolar inglês. São Paulo : Melhoramentos, 2001.

Revision 610 Jun 2007 - MariaHelenaBonilla

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  O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global. problema na construção da frase
  Milton Santos (2000), afirma que para compreender a globalização atual, “como, a qualquer fase da história, há dois elementos fundamentais a levar em conta: o estado da técnica e o estado da política”. Para o autor, não existe uma separação entre as duas coisas, pois “as técnicas são oferecidas como sistemas e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso”.
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  Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em família e cada conjunto de técnicas representa uma época atual, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas.
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 Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
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Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
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Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. expliquem isso... Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
 
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender. aprofundem esta idéia
  "A sociedade capitalista contém, também, em seu interior em caráter contraditório cujo desenvolvimento conduz à transformação e, mais tarde, à sua própria superação".” (Saviani, 1994, p. 116).
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Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.
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Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito ???? . O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.

hummmmmmmm.... pensando... existem contradições dentro do próprio sistema (idéia 1); existem burlas que provocam turbulências no sistema, ou seja, vêm de fora do sistema (idéia 2) - como vcs articulam/relacionam estas duas idéias?

Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar. Entendemos-o como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.

 
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Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, entendemos-no como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.
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tem uma quebra aqui

Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas, tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos, podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas. Sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161). a citação não está bem colocada. deve vir entre "práticas hegemônicas" e "tais burlas"

 
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Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas, sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).
 Nesse sentido, para fazer frente aos fluxos e práticas cotidianas é que emergem o que consideramos enquanto burlas cotidianas resultantes quase sempre de açoes criativas individuais e/ou coletivas e que constituem-se enquanto importante instrumento de enfrentamento ao hegemônico.
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedemos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente no em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de ra'ca, por costumes ou condição militar".
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedamos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", hummmmm... e este conceito se aplica no contexto contemporâneo? bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de raça, por costumes ou condição militar". esta citação tb é de Gramsci?

tem uma quebra aqui

 
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos vibilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos, as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos viabilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
 
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percebi que a partir daqui o texto está bastante fragmentado.... então paro por aqui e só volto a analisá-lo quando tiver uma forma mas consistente. Eu havia solicitado isso para este final de semana. Não veio. Pq??????????
  ** Antes de colocarmos o próximo parágrafo precisamos fundamentar mais o sentido de hegemonia e sua relação com os processos de globalização. Para isso sugiro a leitura do texto de Boa Ventura de Souza Santos, Os processos de globalização.

Revision 508 Jun 2007 - WashingtonBacelar

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 -- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

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  RESUMO
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O texto pretende apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e entretenimento, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.
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O artigo pretende apresentar alguns exemplos indicativos dos poderes hegemônicos exercidos no população mundial e sua aceleração com o uso das tecnologias, nas últimas décadas. Pretende ainda apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC’s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e ao entretenimento, ao uso profissional e as políticas públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas. Neste curso apresentaremos relação do processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da análise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.
 

INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto

Line: 28 to 27
  Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
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"A sociedade capitalista contém, também, em seu interior em caráter contraditório cujo desenvolvimento conduz à transformação e, mais tarde, à sua própria superação".” (Saviani, 1994, p. 116).
 Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.

Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, entendemos-no como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.

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 CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. Edição. Petrópolis: Vozes, 1996. Santos, M. Santos. S. Boaventura
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2.Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.
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 3.GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
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1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
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4.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
 
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4.MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000. 5.SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
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5.MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000. 6 .SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
 
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Complementei estas referências. São algumas contribuições de citações.
 
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Consultadas 1.GIROUX, Henry A. A disneyzação da cultura infantil. In: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.). Territórios contestados. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1995. 2.SKINNER, B. F. Reflexos condicionados e incondicionados – o homem-máquina. In: _. Ciência do comportamento humano. São Paulo : EUB, 1967. 3.
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  • 1. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. ed. Petrópolis : Vozes, 1996.
  • 2. FONSECA, Marília. O banco mundial e a gestão da educação brasileira. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 3. FRIEDMAN, Jonatham. Ser no mundo: globalização e localização. In: FEATHERSTONE, Mike (coord.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 4. GIACOMINI FILHO, Gino. A criança no marketing e na comunicação publicitária. In: PACHECO, Elza Dias (Org.). Televisão, criança, imaginário e educação. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2004.
  • 5. GIROUX, Henry A. A disneyzação da cultura infantil. In: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.). Territórios contestados. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1995.
  • 6. GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
  • 7. LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro : Brasport, 1997.
  • 8. MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000.
  • 9. MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. 3. ed. São Paulo : Cortez, 2005.
  • 10. OLIVEIRA, Dalila Andrade. Educação e planejamento: a escola como núcleo da gestão. In: _ (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
  • 11. PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia. 4. ed. São Paulo : Papirus, 2002.
  • 12. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 13. ed. Rio de Janeiro : Record, 2006.
  • 13. WORSLEY, Peter. Modelos do sistema mundial moderno. In: FEATHERSTONE, Mike (Org.). Cultura global: nacionalismo, globalização e modernidade. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
  • 14 BARROS, Aidil de Jesus Paes e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa. 15. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2004.
  • 15. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.
  • 16. FAZENDA, Ivani C. Arantes. A dialética na pesquisa em educação: elementos de contexto. In: _. Metodologia da pesquisa educacional. 3. ed. São Paulo : Cortez, [19--].
  • 17. Michaelis: dicionário escolar inglês. São Paulo : Melhoramentos, 2001.

Revision 406 Jun 2007 - DoriedsonAlmeida

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 -- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

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 Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibicao/censura que seus controladores inpoem a alguns conteudos sob alegacao de que estes contem conteudos inadequados, ou seja, forcas hegemonicas j'a despertaram para o seu potencial enquanto veiculo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-gegemônicas
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REFERÊNCIAS
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--++ REFERÊNCIAS
 Bonilla, M. H. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. Edição. Petrópolis: Vozes, 1996. Santos, M.

Revision 306 Jun 2007 - DoriedsonAlmeida

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  TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
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INTRODUÇÃO breve ensaio Em aberto
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 RESUMO

O texto pretende apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e entretenimento, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.

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1.Fazer um introdução desvelando um pouco as questões relativas a hegemonia e conta-hegemonia (com sustentação teórica a partir da sociologia e filosofia)

Milton Santos, relação técnica e política e o processo de globalização, como também reflexões sobre a técnica e os processos hegemônicos. Castells, abordagem sobre a revolução das tecnologias da Comunicação e Informação e a Revolução Industrial. Boaventura de Souza Santos, Discussão sobre Hegemonia e contra-hegemonia. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.

2.Continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias surgem no cotidiano dos indivíduos Giroux - MAFFESOLI, Douglas Kellner, - apresentar aspectos referentes ao processo de hegemoneização da tecnologia a partir da análise das mídias contemporâneas e formas de uso das TICs.

3.Identificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia, como possibilidades criativas que promovam o seu uso criativo além da instrumentalidade.... Reflexões a partir de experiências práticas vivenciadas, blogs na internet, rádios comunitárias.... Burlas como? Se essas práticas são hegemônicas.... Se essas práticas são as reflexões mais importantes, colocar como ponto incial? Observar questões conceituais. O que é tomado como verdade? O que é hegemônico e o que contra-hegemônicos Burla enquanto espaço de tensão ao instituído. Trazer aspectos instituintes.

4.Bibliografias:

  INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
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O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal (entendi nada) esse determinismo não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000). (está confuso. Falta objetividade, clareza)
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O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).
 
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização” um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
 
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Nesse contexto, é que as forças hegemônicas se movem (construção fraseal), manifestadas das mais diferentes formas. É nesse sentido que buscaremos analisar posturas contra-hegemônicas que emergem do uso/relação cotianana com as TIC decorrentes de um potencial latente para manifestação dessas forças/sentimentos.
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Milton Santos (2000), afirma que para compreender a globalização atual, “como, a qualquer fase da história, há dois elementos fundamentais a levar em conta: o estado da técnica e o estado da política”. Para o autor, não existe uma separação entre as duas coisas, pois “as técnicas são oferecidas como sistemas e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso”.
 
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas seja possível manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
 
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Nesse sentido atribuimos as TIC uma importância inegável devido a seu caráter anti-hierarquico e horizontalizad. (?) Talvez, a estas, não estejam apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
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Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em família e cada conjunto de técnicas representa uma época atual, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas. Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
 
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Neste sentido, Santos (2000), constata uma unicidade da técnica ao identificar que o desenvolvimento da história vai de par com o desenvolvimento das técnicas. Afirma que as técnicas da informação, por meio da cibernética, da informática e da eletrônica, representam a época atual, pois entende que as técnicas são elaboradas em famílias que transportam uma história, ou seja, cada sistema de técnicas representa uma época (MAFFESOLI, 2000) (maffesoli fala em categorias, CABE?) . O surgimento de uma nova família de técnicas não implica o desaparecimento das outras, contudo o acesso ao novo sistema não é para todos, podemos dizer que na verdade esse acesso é para poucos, nesse sentido que as apropriações cotidianas acabam por abarcar posturas contra-hegemônicas. As práticas contra-hegemônicas talvez decorram da constatação de Santos (2000) de que as tecnologias não podem ser vistas como dado absoluto, mas tornam-se história a partir de intermediaçoes políticas. Nesse sentido num contexto político hegemônico, estas serão usadas como artífice para a realização desse propósito: seja no âmbito estatal ou no âmbito privado. A hegemonia entendida como a prepoderância de idéias, conceitos, ideologias, culturas e técnicas que se arvora de uma pretensão dominante se manifesta de formas variadas, e se sedimenta com os melhores recursos de cada contexto. Estes podem ocorrer via cultos religiosos, impressos, rádio, televisão, cinema, e no caso em particular, objeto de nossa análise nesse trabalho: pelo uso cotidiano de tecnologias. Identificar como estes elementos hegemônicos surgem na sucessão dos dias e como são absorvidos, incorporados, impregnados na vida das pessoas também nos oferecerá os caminhos capazes de compreender possíveis usos contra-hegemônicos. Os instrumentos de comunicação de massa desempenham um papel significativo neste processo. As novelas, os programas televisivos, as redações jornalísticas, são produzidos segundo uma ótica hegemônica, atendendo aos ditames dos mercados homogeneizados e/ou movidos por forças igualmente hegemônicas. Nesse contexto a o papel da escola parece diluir-se como gota no oceano. Então que papel estaria reservado aos professores? o de repetir sem nenhuma reflexão a onda hegemônica, perpetuando esta incômoda situação, ou há alguma possibilidade de reflexão, construção de mudanças aceitáveis? Haveria espaço para posturas contra-hegemônicas a partir e através da escola?
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
  Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.
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Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, entendemos-no como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.
 
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2.continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias
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Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas, sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161). Nesse sentido, para fazer frente aos fluxos e práticas cotidianas é que emergem o que consideramos enquanto burlas cotidianas resultantes quase sempre de açoes criativas individuais e/ou coletivas e que constituem-se enquanto importante instrumento de enfrentamento ao hegemônico.
 
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3.surgem no cotidiano dos indivíduos
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedemos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente no em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de ra'ca, por costumes ou condição militar".
 
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO Para Castells (2000, p.49), estamos vivendo uma revolução da tecnologia da informação por se identificar um novo paradigma formado a partir da emergência das tecnologias da comunicação e informação que, segundo ele, constituem “[...] o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hadware), telecomunicações/radiofusão e optoeletrônica”. Essa revolução é caracterizada pela possibilidade de aplicações de conhecimentos e de informações para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamentos que possibilitam a comunicação da informação, porque essas “[...] novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos”. Ao contrário das revoluções tecnológicas anteriores que ocorreram apenas em algumas sociedades e foram difundidas em uma área geográfica limitada, a revolução da tecnologia da informação é marcada pela velocidade da sua difusão, devido a sua lógica de aplicação imediata no próprio desenvolvimento da tecnologia gerada, Castells (2000, p. 51). Segundo ainda Castells (2000, p.52), existem muitas áreas do mundo desconectadas do novo sistema tecnológico e o “[...] fato de países e regiões apresentarem diferenças quanto ao momento oportuno de dotarem seu povo do acesso as tecnologias da comunicação e informação representa fonte crucial de desigualdade em nossa sociedade”. Contudo, além da desigualdade social relacionada a falta de acesso, segundo Apple (1995), as formas de uso dessas novas tecnologias na escola também possibilitam a desigualdade social, na medida em que algumas pessoas as utilizam para programação e usos “criativos” e outras utilizam-na apenas para fazer exercícios. Neste sentido, Apple (1995, p.166) afirma que: [...] “a programação tem sido vista como jurisdição de dotados e talentosos” e daqueles alunos que são mais ricos. Estudantes menos ricos parecem descobrir que o computador é somente um instrumento para períodos de exercício e adestramento mecânico.
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos vibilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
 
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Com relação as formas de utilização das novas tecnologias Castells (2000, p.51) observa: Os usos das novas tecnologias de telecomunicações nas duas últimas décadas passaram por três estágios: a automação de tarefas, as experiências de usos e a reconfiguração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da inovação tecnológica baseou-se em aprender usando, de acordo com a terminologia de Resenberg. No terceiro estágio, os usuários aprenderam a tecnologia fazendo, o que acabou resultando na reconfiguração das redes e na descoberta de novas aplicações. (REFERÊNCIAS) Segundo ele (2000, p.25): [...] ao surgir uma nova família de técnicas, as outras não desaparecem. Continuam existindo, mas o novo conjunto de instrumentos passa a ser usado pelos novos atores hegemônicos, enquanto os não hegemônicos continuam utilizando conjuntos menos atuais e menos poderosos. Quando um determinado ator não tem as condições para mobilizar as técnicas consideradas mais avançadas, torna-se, por isso mesmo, um ator de menor importância. (REFERÊNCIAS) Ainda no dizer de Santos (2000, p.26): Diante da capacidade que tem a tecnologia de incorporar transformações na sociedade e de suas possibilidades contra-hegemônicas entisicas levantaremos alguns questionamentos: 1. O que é específico da revolução recente em relação ao processo inaugurado na modernidade com as revoluções industriais? 2. Existe alguma distinção entre o pensar tecnologia e a idéia de globalização? 3. Como a educação formal, mais especificamente o currículo dos cursos de formação de professor, se posiciona diante dessa revolução da tecnologia da comunicação e informação? Na resposta à primeira questão, podemos identificar como a principal especificidade dessa revolução, em relação às revoluções industriais, é que é a primeira vez, na história da humanidade, “[...] que tal conjunto de técnicas envolve o planeta como um todo e faz sentir, instantaneamente, sua presença” (SANTOS, 2000, p.25). Ou seja, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas. (REFERÊNCIAS) Assim, podemos concluir que a hegemonização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Isto significa que, para entendê-la, é necessário levar em conta dois elementos essenciais: o estado das técnicas e o estado da política. Santos (ANO , P.) nos alerta, ainda, para o fato de que “[...] há uma tendência em separar uma coisa da outra. Daí muitas interpretações das técnicas. E por outro lado, interpretações da história a partir da política” (SANTOS 2000, p.23). Além do mais, segundo Santos, a utilização de um sistema de técnicas avançadas pelo mercado global – caracterizado: pela unicidade da técnica, pela convergência dos momentos à cognoscibilidade do planeta e pela existência de um motor único na história, representado pela mais valia globalizada – vai resultar em uma globalização perversa, que poderia ser diferente se seu uso político fosse outro. No dizer de Santos ainda “[...] esse é o debate central, o único que nos permite ter a esperança de utilizar o sistema técnico contemporâneo a partir de outras formas de ação”.
 
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Neste sentido, respondendo à segunda questão, não podemos separar o pensar tecnologia da idéia de globalização, senão ficaremos fadados a investir apenas em processos de reprodução. O que nos remete a terceira questão, que se refere ao impacto da revolução da tecnologia da comunicação e informação na educação abordada a seguir.
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** Antes de colocarmos o próximo parágrafo precisamos fundamentar mais o sentido de hegemonia e sua relação com os processos de globalização. Para isso sugiro a leitura do texto de Boa Ventura de Souza Santos, Os processos de globalização.
 
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** Nesse contexto, é que as forças hegemônicas se manifestam das mais diferentes formas, Contudo, buscaremos analisar posturas contra-hegemônicas que emergem do uso/relação cotidiana com as TIC decorrentes de um potencial latente para manifestação dessas forças/sentimentos
 
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trechos que podem virar citações
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2. continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias surgem no cotidiano dos indivíduos - Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia
 
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“A ciência, neste sentido, está a serviço do capital politicamente articulado: o seu avanço
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Ao analisarmos historicamente as evolucoes tecnologicas possibilitadas pelos avancos cientificos em areas como a micro-eletronica e a nanotecnologia verificaremos que estas sao resultados de processos hegemonicos e se difundiram e difundem-se como imposicoes mercadologicas que necessitam de escalas globais para viabilizarem-se, como exemplos praticos, podemos citar os padroes adotados pela industria de circuitos eletronicos, que compoe aparelhos como PCs, celulares, televisores, tocadores de musica eletronica, entre outros.
 
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Ao nos determos determos sobre os sistemas de c'odigos que se constituem enquanto alma desses artefatos, verificaremos que a l'ogica hegemonica e igualmente reproduzida. Dai resulta uma constante busca por inovacoes atreladas a padroes tecnicos, que embora regulados por estados nacionais e/ou por entidades reguladoras transnacionais sao fortemente pressionados por imensas corporacoes privadas transnacionais com o objetivo de for'car seus padroes, seja apelando para mecanismos legais ou simplesmente incentivando de forma sorrateira, sob os mais diversos subterfugios (que vao desde elaboradas campanhas publicitarias ateh suborno de dirigentes) que seus produtos e/ou padroes tecnologicos sejam absorvidos enquanto cultura.
 
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Em meio a esse rolo compressor hegemonico emerge uma dura realidade que esta muito distante dos cenarios cleans trasmitidos em filmes futuristas ou em folhetins teledramaticos, e dai emergem os sinais de contra-hegemonia, e, utilizando-se dos mesmos avancos tecnologicos acoes e atividades contra-gegemonicas sao viaveis, possiveis e cada vez mais presentes e reais.
 
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“Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).
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3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc) Usar Certeau e outros autores que falam disso
 
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Percebemos tambem que espacos de convivio cotidianos como os nossos lares, a escola, clubes e ate mesmo espacos p'ublicos como salas de cinema pracas, entre outros sao cada vez mais tomados para refor'car comportamentos hegemonicos e, em muitos casos o que tranborda ao considerado comportamento normal passa despercebido ou eh tomado enquanto atitude estranha, sobretudo na escola ou na fam'ilia.
 
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“(...) A Disney não ignora a história; ela a reinventa como um instrumento pedagógico e político para assegurar seus próprios interesses e sua autoridade de poder. (p. 137) “O ‘Maravilhoso Mundo da Disney’ é mais que uma logomarca. Ela demonstra com o terreno do popular tornou-se central de mercantilização da memória e de reescrita de narrativas de identidade nacional e expansão global. (p. 140). “(...) As imagens eletronicamente mediadas, especialmente a televisão e o filme, representam uma das armas mais potentes do século XX. Construída como uma esfera pública, com um enorme alcance global, o poder da mídia eletrônica reforça o argumento de Stuart Hall de que não existe política fora da representação. (...) (p. 155). (Giroux, apud, SILVA, 1995.)
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Dessa forma esses espacos se transforma em importantes zonas a serem apropriadas eou tomadas para a consolida'cao hegemonica, suas forcas motrizes sabem disso e o fazem com maestria.
 
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Sobre isso e sobre o conraste confronto entre possuidores/nao possuidores que menciono vejamos o que nos diz Milton Santos ..."Quanto aos “não-possuidores” sua convivência com a escassez é conflituosa (...) cada dia oferecendo uma nova experiência de escassez. [...] A sobrevivência só é assegurada porque as experiências imperativamente se renovam. E como a surpresa se dá como rotina, a riqueza dos “não-possuidores” é a prontidão dos sentidos. É com essa força que eles se eximem da contra finalidade e ao lado da bisca de bens materiais finitos cultivam a procura de bens infinitos como a solidariedade e a liberdade: estes, quanto mais se distribuem mais aumentam. (p. 130)[...]
 
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- Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia
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Otimista, o geografo ainda nos aponta caminhos possiveis que aqui tratamos como possibilidades contra-hegemonicas no manuseio/uso de midias digitais, vejamos:
 
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3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc)
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“O entendimento sistemático das situações e a correspondente sistematicidade das manifestação de inconformidade constituem, via de regra, um processo lento. Mas isso não impede que no âmago da sociedade, ,já se estejam, aqui e ali, levantando vulcões, mesmo que ainda pareçam silenciosos e dormentes.” (p. 134).
 
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4.Usar Certeau e outros autores que falam disso
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“A organização é importante, como o instrumento de agregação e multiplicação de forças afins, mas separadas. Ela também pode constituir o meio de negociação necessário a vencer etapas e encontrar um novo patamar de resistência e de luta.” (p. 134).
 
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4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia
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“Os movimentos sociais organizados devem imitar o cotidiano das pessoas, cuja flexibilidade e adaptabilidade lhe asseguram um autêntico pragmatismo existencial e constituem a sua riqueza e fonte principal de veracidade.” (p. 134). Esta parece ser uma das mais importantes “burlas”.
 
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4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia
 (Michel de Certeau pode ser um dos referenciais nisso tbm)
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Aqui inserir textos e contribuicoes de washington
 5. Identificar indícios contra-hegemonicos a partir de ações concretas no cotidiano ou que ao afetam...
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(dai e um trabalho de partir de indícios mesmo, pois penso são poucos, dai Ginburg pode ser um caminho)...

Entedemos os espaços e manifestações cotidianas como nos é apontado por Certeau (2006) Contrapondo-se a essa realidade, que nos parece hegemônica, identificamos propostas inovadoras que procuram valorizar experiências e vivências de professores e alunos, fomentando e abrindo espaços para atividades mais lúdicas e criativas realizadas com maior liberdade, porém, em muitos casos tais experiências resultam de burlas cotidianas, táticas de enfrentamento e de um uso não autorizado (CERTEAU, 1996) e/ou diverso daqueles constantes dos objetivos oficiais.

Tais espaços estrapolam o que poderiam chamar de cotidiano físico-material e se consolidam também em universos cibers, opticos bi e tridimensionais forjando uma esfera de enfrentamento político e ideológico para além do real como nos aponta Giroux “As imagens eletronicamente mediadas, especialmente a televisão e o filme, representam uma das armas mais potentes do século XX. Construída como uma esfera pública, com um enorme alcance global, o poder da mídia eletrônica reforça o argumento de Stuart Hall de que não existe política fora da representação. (...) (p. 155). (Giroux, apud, SILVA, 1995.)”

 
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(dai e um trabalho de partir de indícios mesmo, pois penso são poucos, dai Ginburg, leituras sobre método indiciário pode ser um caminho)...
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É fácil verificar a importância da contatação de Giroux ao observamos o debate em torno das concessões de TV susacitada a partir da revogação de uma concessão de TV comercial pelo atual governo venezuano, que provoca um debate global onde diferentes visões são colocadas para o mesmo fato, entretanto apenas a visão dos conglomerados de comunicação mundial ganham destaques na lógica broading-cast de difusão da informação, mas uma vez ae verificamos a importância das ações, táticas e burlas contra-hegemônicas, pois sem essas e as possibilidades para sua veiculações em espaços alternativos de difusão da informação, apenas a visão hegemônica prevaleceria.
 
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Tais realidades adiquirem contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticatos como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeo suas interfaces físicas como micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedônistas de mundo que como apontado por Virilio contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banização estética, onde os timbres estão apenas a serviço de um cyberpornografia global.

Aqui citaremos alguns exemplos de utiliza'cao compreendida como acoes contra-hegemonicas que entendemos como burlas anti-hegemonicas:

Utilizacao de blogs para postagem/denuncia de sistuacoes muitas vezes ignoradas pela mass media - Denuciando acoes de exercitos e/ou fraudes politicas

Utilizacao de recursos tecnicos para trasmissao de stream de audio e video sopre protocolo IP como verificado recentemente na ocupacao da reitoria da USP onde os alunos trasmitiam para o mundo audio e video suas ideias atraves dos endere'cos

http://stream.paraguas.org:8000/radio.ogg

http://stream.paraguas.org:8000/tvlivre.ogg

Tal trasnmissoes percorrerao listas e blogs e constituiram-se no porta voz oficial do movimento frente ao veiculado na grande imprensa.

Podemos citar tambem exemplos de videos veiculados na plataforma proprietaria outube que denunciarm as aberracoes praticadas pelos soldados americanos em sua ultima empreitada no deserto. Tais videos postados pelos mais diferentes pessoas de diversos lugares no globo motivaram o proprio exercito americano a criar seu proprio canal de difusao de videos com a sua versao e olhar sobre a guerra. Um exemplo, de como o contra-hegemonico pode provocar reacoes hegemonicas.

Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibicao/censura que seus controladores inpoem a alguns conteudos sob alegacao de que estes contem conteudos inadequados, ou seja, forcas hegemonicas j'a despertaram para o seu potencial enquanto veiculo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-gegemônicas

 

REFERÊNCIAS

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1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
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Bonilla, M. H. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. Edição. Petrópolis: Vozes, 1996. Santos, M. Santos. S. Boaventura
 2.Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999. 3.GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
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1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
 4.MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000. 5.SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.

Revision 216 May 2007 - DoriedsonAlmeida

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 - Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia

3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc)

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4. Usar Certeau e outros autores que falam disso
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4.Usar Certeau e outros autores que falam disso
  4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia

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-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007

TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.

INTRODUÇÃO breve ensaio Em aberto RESUMO

O texto pretende apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e entretenimento, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.

1.Fazer um introdução desvelando um pouco as questões relativas a hegemonia e conta-hegemonia (com sustentação teórica a partir da sociologia e filosofia)

Milton Santos, relação técnica e política e o processo de globalização, como também reflexões sobre a técnica e os processos hegemônicos. Castells, abordagem sobre a revolução das tecnologias da Comunicação e Informação e a Revolução Industrial. Boaventura de Souza Santos, Discussão sobre Hegemonia e contra-hegemonia. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.

2.Continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias surgem no cotidiano dos indivíduos Giroux - MAFFESOLI, Douglas Kellner, - apresentar aspectos referentes ao processo de hegemoneização da tecnologia a partir da análise das mídias contemporâneas e formas de uso das TICs. 3.Identificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia, como possibilidades criativas que promovam o seu uso criativo além da instrumentalidade.... Reflexões a partir de experiências práticas vivenciadas, blogs na internet, rádios comunitárias.... Burlas como? Se essas práticas são hegemônicas.... Se essas práticas são as reflexões mais importantes, colocar como ponto incial? Observar questões conceituais. O que é tomado como verdade? O que é hegemônico e o que contra-hegemônicos Burla enquanto espaço de tensão ao instituído. Trazer aspectos instituintes.

4.Bibliografias:

INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto

O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal (entendi nada) esse determinismo não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000). (está confuso. Falta objetividade, clareza)

Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização” um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.

Nesse contexto, é que as forças hegemônicas se movem (construção fraseal), manifestadas das mais diferentes formas. É nesse sentido que buscaremos analisar posturas contra-hegemônicas que emergem do uso/relação cotianana com as TIC decorrentes de um potencial latente para manifestação dessas forças/sentimentos.

Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas seja possível manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.

Nesse sentido atribuimos as TIC uma importância inegável devido a seu caráter anti-hierarquico e horizontalizad. (?) Talvez, a estas, não estejam apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.

Neste sentido, Santos (2000), constata uma unicidade da técnica ao identificar que o desenvolvimento da história vai de par com o desenvolvimento das técnicas. Afirma que as técnicas da informação, por meio da cibernética, da informática e da eletrônica, representam a época atual, pois entende que as técnicas são elaboradas em famílias que transportam uma história, ou seja, cada sistema de técnicas representa uma época (MAFFESOLI, 2000) (maffesoli fala em categorias, CABE?) . O surgimento de uma nova família de técnicas não implica o desaparecimento das outras, contudo o acesso ao novo sistema não é para todos, podemos dizer que na verdade esse acesso é para poucos, nesse sentido que as apropriações cotidianas acabam por abarcar posturas contra-hegemônicas. As práticas contra-hegemônicas talvez decorram da constatação de Santos (2000) de que as tecnologias não podem ser vistas como dado absoluto, mas tornam-se história a partir de intermediaçoes políticas. Nesse sentido num contexto político hegemônico, estas serão usadas como artífice para a realização desse propósito: seja no âmbito estatal ou no âmbito privado. A hegemonia entendida como a prepoderância de idéias, conceitos, ideologias, culturas e técnicas que se arvora de uma pretensão dominante se manifesta de formas variadas, e se sedimenta com os melhores recursos de cada contexto. Estes podem ocorrer via cultos religiosos, impressos, rádio, televisão, cinema, e no caso em particular, objeto de nossa análise nesse trabalho: pelo uso cotidiano de tecnologias. Identificar como estes elementos hegemônicos surgem na sucessão dos dias e como são absorvidos, incorporados, impregnados na vida das pessoas também nos oferecerá os caminhos capazes de compreender possíveis usos contra-hegemônicos. Os instrumentos de comunicação de massa desempenham um papel significativo neste processo. As novelas, os programas televisivos, as redações jornalísticas, são produzidos segundo uma ótica hegemônica, atendendo aos ditames dos mercados homogeneizados e/ou movidos por forças igualmente hegemônicas. Nesse contexto a o papel da escola parece diluir-se como gota no oceano. Então que papel estaria reservado aos professores? o de repetir sem nenhuma reflexão a onda hegemônica, perpetuando esta incômoda situação, ou há alguma possibilidade de reflexão, construção de mudanças aceitáveis? Haveria espaço para posturas contra-hegemônicas a partir e através da escola?

Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.

2.continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias 3.surgem no cotidiano dos indivíduos

A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO Para Castells (2000, p.49), estamos vivendo uma revolução da tecnologia da informação por se identificar um novo paradigma formado a partir da emergência das tecnologias da comunicação e informação que, segundo ele, constituem “[...] o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hadware), telecomunicações/radiofusão e optoeletrônica”. Essa revolução é caracterizada pela possibilidade de aplicações de conhecimentos e de informações para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamentos que possibilitam a comunicação da informação, porque essas “[...] novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos”. Ao contrário das revoluções tecnológicas anteriores que ocorreram apenas em algumas sociedades e foram difundidas em uma área geográfica limitada, a revolução da tecnologia da informação é marcada pela velocidade da sua difusão, devido a sua lógica de aplicação imediata no próprio desenvolvimento da tecnologia gerada, Castells (2000, p. 51). Segundo ainda Castells (2000, p.52), existem muitas áreas do mundo desconectadas do novo sistema tecnológico e o “[...] fato de países e regiões apresentarem diferenças quanto ao momento oportuno de dotarem seu povo do acesso as tecnologias da comunicação e informação representa fonte crucial de desigualdade em nossa sociedade”. Contudo, além da desigualdade social relacionada a falta de acesso, segundo Apple (1995), as formas de uso dessas novas tecnologias na escola também possibilitam a desigualdade social, na medida em que algumas pessoas as utilizam para programação e usos “criativos” e outras utilizam-na apenas para fazer exercícios. Neste sentido, Apple (1995, p.166) afirma que: [...] “a programação tem sido vista como jurisdição de dotados e talentosos” e daqueles alunos que são mais ricos. Estudantes menos ricos parecem descobrir que o computador é somente um instrumento para períodos de exercício e adestramento mecânico.

Com relação as formas de utilização das novas tecnologias Castells (2000, p.51) observa: Os usos das novas tecnologias de telecomunicações nas duas últimas décadas passaram por três estágios: a automação de tarefas, as experiências de usos e a reconfiguração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da inovação tecnológica baseou-se em aprender usando, de acordo com a terminologia de Resenberg. No terceiro estágio, os usuários aprenderam a tecnologia fazendo, o que acabou resultando na reconfiguração das redes e na descoberta de novas aplicações. (REFERÊNCIAS) Segundo ele (2000, p.25): [...] ao surgir uma nova família de técnicas, as outras não desaparecem. Continuam existindo, mas o novo conjunto de instrumentos passa a ser usado pelos novos atores hegemônicos, enquanto os não hegemônicos continuam utilizando conjuntos menos atuais e menos poderosos. Quando um determinado ator não tem as condições para mobilizar as técnicas consideradas mais avançadas, torna-se, por isso mesmo, um ator de menor importância. (REFERÊNCIAS) Ainda no dizer de Santos (2000, p.26): Diante da capacidade que tem a tecnologia de incorporar transformações na sociedade e de suas possibilidades contra-hegemônicas entisicas levantaremos alguns questionamentos: 1. O que é específico da revolução recente em relação ao processo inaugurado na modernidade com as revoluções industriais? 2. Existe alguma distinção entre o pensar tecnologia e a idéia de globalização? 3. Como a educação formal, mais especificamente o currículo dos cursos de formação de professor, se posiciona diante dessa revolução da tecnologia da comunicação e informação? Na resposta à primeira questão, podemos identificar como a principal especificidade dessa revolução, em relação às revoluções industriais, é que é a primeira vez, na história da humanidade, “[...] que tal conjunto de técnicas envolve o planeta como um todo e faz sentir, instantaneamente, sua presença” (SANTOS, 2000, p.25). Ou seja, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas. (REFERÊNCIAS) Assim, podemos concluir que a hegemonização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Isto significa que, para entendê-la, é necessário levar em conta dois elementos essenciais: o estado das técnicas e o estado da política. Santos (ANO , P.) nos alerta, ainda, para o fato de que “[...] há uma tendência em separar uma coisa da outra. Daí muitas interpretações das técnicas. E por outro lado, interpretações da história a partir da política” (SANTOS 2000, p.23). Além do mais, segundo Santos, a utilização de um sistema de técnicas avançadas pelo mercado global – caracterizado: pela unicidade da técnica, pela convergência dos momentos à cognoscibilidade do planeta e pela existência de um motor único na história, representado pela mais valia globalizada – vai resultar em uma globalização perversa, que poderia ser diferente se seu uso político fosse outro. No dizer de Santos ainda “[...] esse é o debate central, o único que nos permite ter a esperança de utilizar o sistema técnico contemporâneo a partir de outras formas de ação”.

Neste sentido, respondendo à segunda questão, não podemos separar o pensar tecnologia da idéia de globalização, senão ficaremos fadados a investir apenas em processos de reprodução. O que nos remete a terceira questão, que se refere ao impacto da revolução da tecnologia da comunicação e informação na educação abordada a seguir.

trechos que podem virar citações

“A ciência, neste sentido, está a serviço do capital politicamente articulado: o seu avanço

“Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).

“(...) A Disney não ignora a história; ela a reinventa como um instrumento pedagógico e político para assegurar seus próprios interesses e sua autoridade de poder. (p. 137) “O ‘Maravilhoso Mundo da Disney’ é mais que uma logomarca. Ela demonstra com o terreno do popular tornou-se central de mercantilização da memória e de reescrita de narrativas de identidade nacional e expansão global. (p. 140). “(...) As imagens eletronicamente mediadas, especialmente a televisão e o filme, representam uma das armas mais potentes do século XX. Construída como uma esfera pública, com um enorme alcance global, o poder da mídia eletrônica reforça o argumento de Stuart Hall de que não existe política fora da representação. (...) (p. 155). (Giroux, apud, SILVA, 1995.)

- Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia

3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc) 4. Usar Certeau e outros autores que falam disso

4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia

(Michel de Certeau pode ser um dos referenciais nisso tbm)

5. Identificar indícios contra-hegemonicos a partir de ações concretas no cotidiano ou que ao afetam...

(dai e um trabalho de partir de indícios mesmo, pois penso são poucos, dai Ginburg, leituras sobre método indiciário pode ser um caminho)...

REFERÊNCIAS 1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003. 2.Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999. 3.GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995. 4.MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000. 5.SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.

Consultadas 1.GIROUX, Henry A. A disneyzação da cultura infantil. In: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.). Territórios contestados. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1995. 2.SKINNER, B. F. Reflexos condicionados e incondicionados – o homem-máquina. In: _. Ciência do comportamento humano. São Paulo : EUB, 1967. 3.

 
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