Difference: RipeHop (3 vs. 4)

Revision 431 Jul 2008 - AlessandraPicanco

Line: 1 to 1
 
META TOPICPARENT name="WebIncubadora"
até 01/08
Edital 05/2008 FAPESB
Line: 153 to 153
 6.convivência com estudantes de diferentes instituições e níveis para a troca de conhecimentos livres 7.interação contínua através da internet
Changed:
<
<
ao longo desses processos serão realizadas atividades do tipo:
>
>
ao longo desses processos serão realizadas atividades como:
 Ciclos de palestras videoconferências conferência eletrônica (lista de discussão)
Line: 181 to 181
 

Revisão de literatura

Added:
>
>
Inúmeras mudanças e turbulências estão marcando o período de transição entre o século XX e o XXI, particularmente por conta do forte desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), pelo desenvolvimento das ciências da computação, com destaque para as pesquisas no campo da Inteligência Artificial e do vertiginoso incremento da rede internet, trazendo radicais modificações na forma como se vem produzindo os conhecimentos, conceitos, valores, saberes e de como as relações entre as pessoas e as máquinas se (re)significam, impulsionadas pela (oni)presença dessas tecnologias da informação e comunicação. Vivemos a chamada sociedade em rede (CASTELLS, 1999), estejamos ou não conectados a computadores e à internet, tendo em vista a interdependência entre várias áreas e setores sociais. Isso tem trazido, para as políticas públicas, um grande desafio: quem são os conectados e o que eles fazem? Contraditoriamente, ainda convivemos com o modelo de pirâmide social, no qual uma grande base de excluídos sustenta alguns poucos privilegiados situados no topo. Isso ocorre mesmo com iniciativas de políticas públicas de implantação de telecentros, infocentros, pontos de cultura e os programas de introdução de computadores nas escolas. Ainda percebemos que os conectados, no Brasil, são, em grande maioria, os que estão nas camadas mais altas da sociedade. As desigualdades identificadas a partir dos dados divulgados recentemente pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA) em conjunto com o Instituto Sangari e o Ministério da Educação, são preocupantes; o maior percentual de internautas se encontra no Distrito Federal (41,1%), seguido por São Paulo (29,9%) e Santa Catarina (29,4%). Os menores valores foram os de Alagoas (7,6%) e Maranhão (7,7%). A distância que separa o grupo de menor renda (0,5% de acesso) do grupo de maior renda (77% de acesso) é bem maior ainda: 154 vezes. Outro dado que merece destaque é que os tais espaços públicos - escolas e centros gratuitos de acesso para a população beneficiam, pelo menos até agora, em maior medida, os grupos já privilegiados. Nos grupos de menor renda o acesso via centros gratuitos é de 0,6%, na faixa de renda mais elevada esse índice ultrapassa 4%. Entre os estudantes do ensino fundamental, só 2,5% dos mais pobres usaram computador na escola. Esse índice sobe para 37,3% no grupo de alunos de maior nível de renda. No entanto, os primeiros resultados dessas políticas da chamada inclusão já são evidentes. Dados do Instituto Data Folha publicados recentemente apontam que são 28 milhões de pessoas que têm acesso à internet através de espaços públicos, como telecentros e escolas. Portanto, o desafio está posto: é imprescindível pensarmos em políticas de conexão que incluam, além das necessárias máquinas, o acesso à internet - agora já escrita com o i minúsculo! - com velocidade alta, para possibilitar a todos o acesso aos recursos multimídias trazidos pelo intenso movimento de convergência tecnológica e uma apropriação mais criativa dos meios digitais. Banda larga para todos, deveria ser o novo lema, sem dilema! Rede, portanto, passa ser a palavra de ordem mas, um cuidado precisa ser tomado: a rede não está, e não poderá estar, restrita a uma estratégia de ação, que tem sido a dominante, de ser implementada como forma de acomodação ao violento sistema excludente em vigor no mundo contemporâneo, numa perspectiva "broadcasting" de tudo produzir e distribuir de forma centralizada, apenas beneficiando-se da infraestrutura tecnológica disponível. Necessário se faz, para melhor analisar essa situação, olhar um pouco sobre alguns setores que já, efetivamente, se constituíram como verdadeiras redes e o que elas significam. Um desses setores é o sistema midiático, que articulando de forma intensa produção de cultura, produção simbólica e de discursos, se apropriou de forma magnânime das tecnologias de informação e comunicação e, com isso, domina o mundo. Os dados são claros: sete famílias e grupos (Marinho, Civita, Abravanel, Frias, Saad, Mesquita e Igreja Universal) controlam 80% das i n f o r m a ç õ e s l i d a s e m p a p e l , a s s i s t i d a s n a T V o u o u v i d a s e m r á d i o . ( f o n t e : http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/ColunistasIntegra.asp?id_artigo=1071). Mais do que isso, esses grupos "ampliam os seus tentáculos para diversos outros ramos não tradicionalmente associados à mídia, abrigando, agora, emissoras de rádio, televisões, produção de revistas, jornais, livros, gráficas, multimídia, cinema, internet, telecomunicações, música, parques temáticos e mesmo instituições financeiras (PRETTO, 2000, p.30). E, com a implantação do sistema de televisão digital no Brasil, isso tende a se intensificar. A implantação no país do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVDT) associado à implantação da Rede Pública de Televisão pode se constituir em um novo e importante espaço para o fortalecimento da produção cultural e educacional brasileira, desde que sejam estimulados os diversos produtores locais. Em função da concentração dos (poucos) pólos produtores de produtos videográficos, necessita-se de um estimulo à produção descentralizada de forma a possibilitar que o SBTVD e a Televisão Pública do Brasil tenha possibilidade de refletir as diversas culturas e regiões do pais. Se isso não acontece, ao cidadão restará - como de fato hoje acontece - viver a sensação de estar integrado ao planeta, tão somente porque sabe o que está acontecendo longe de seu próprio contexto de vida local. Isso, seguramente, é bom mas, é muito, muito pouco. Nesse caso, é preciso que questionemos sobre os limites de ter acesso ao mundo de informações como quem acompanha um espetáculo, sendo um mero espectador. É isso o que queremos? Novamente, seguramente não. Produzir: eis a questão Produzir informação e conhecimento passa a ser condição para transformar a atual ordem social. Produzir de forma descentralizada. Produzir de maneira não formatada ou pré-concebida. Produzir e ocupar os espaços, todos os espaços, através das redes. Assim, a apropriação da cultura digital passa a ser fundamental, e já indica um processo crescente de reorganização das relações sociais mediadas pelas tecnologias digitais, afetando em maior ou menor escala todos os aspectos da ação humana. Isso inclui reorganizações da língua escrita e falada, as idéias de um grupo, crenças, costumes, códigos, instituições, ferramentas, métodos de trabalho, a arte, a religião, a ciência, enfim, todas as esferas da atividade humana. Até mesmo os aspectos mais pessoais como os rituais de namoro e casamento, entre outras práticas, têm a sua regulação alterada dado as novas formas de interação vivenciadas na cultura digital. (ASSIS, 2007). A liberdade de acesso, produção e uso de informações têm sido consideradas no contexto mais geral de produção da cultura e de bens culturais e, com isso, estimulado e potencializado as possibilidades de produção descentralizada, em rede, que, ao mesmo tempo, trazem o tema dos direitos autorais para o centro da discussão sobre a cultura digital. As novas formas de licenciamento e gestão de conteúdos, a exemplo do Creative Commons, abrem perspectivas diferentes à de considerar a informação como uma propriedade privada que será usada para a obtenção de lucros, como mais uma mercadoria. (SILVEIRA, 2006). A cultura digital é um espaço aberto de vivência dessas novas formas de relação social no espaço planetário. O exercício das mais diversas atividades humanas está alterado pela transversalidade com que se produz a cultura digital. As dimensões de criação, produção e difusão de idéias são potencializadas pelo modo como as diferentes culturas se manifestam e operam na sociedade em rede, podendo se constituir naquilo que o filósofo francês Pierre Lévy chama de inteligência coletiva (LEVY, 1993), dinâmica e operante, que tem como referência uma outra perspectiva de atuação e produção das identidades dos sujeitos social, ampliando o potencial criativo do cidadão. A implantação de políticas públicas que favoreçam essa explosão de produção são absolutamente fundamentais. Esse processo demanda um corajoso ato de desregulamentação das formas de financiamento para viabilizar o apoio à variedade de grupos, organizados ou não, para que os mesmos possam se apropriar criativamente dos meios digitais e seus objetos e, com isso, produzir mais. Mas isso não significa produzir mais do mesmo e sim produzir o diferente. No entanto, as tentativas de organizar excessivamente esse processo produtivo podem ser perigosas e podem contribuir com o seu engessamento. Ao mesmo tempo, essa produção necessita se relacionar e coexistir com a poderosa mídia, que tudo formata, e talvez aí resida o nosso maior desafio. Considerar as possibilidades de transformação social a partir da produção de informação e conhecimento, no contexto da cultura digital, é evidenciar o vínculo entre cultura e educação, uma condição necessária para que as mudanças se dêem de modo irreversível e significativo. No campo da educação, formulamos a idéia de que a incorporação destas tecnologias não pode se dar meramente como ferramentas adicionais, complementares, animadoras dos tradicionais processos de ensinar e de aprender. As tecnologias necessitam ser compreendidas como elementos fundantes das transformações que estamos vivendo (PRETTO, 1996) buscando ser incorporadas através de políticas públicas para a educação que ultrapassem as fronteiras do próprio campo educacional, para com isso poder trabalhar na perspectiva do fortalecimento das culturas e dos valores locais. Necessitamos superar a perspectiva instrumental - mais uma ferramenta a disposição do professor - o que desde 1996 buscamos mostrar ser insuficiente para os desafios atuais no campo da educação e que tem se mostrado realmente insuficiente enquanto perspectiva teórica que possa dar conta das transformações que estão sendo postas e propostas para as escolas. As novas possibilidades de superação dessa situação, requerem uma articulação maior entre as políticas públicas. O que temos observado é que as diversas políticas públicas implementadas - ou minimamente pensadas - nos últimos anos no Brasil não partiram do pressuposto de que o acesso à estas tecnologias demandavam ações mais amplas e concretas. O que se percebe são ações pouco articuladas que trouxeram relativos avanços na oferta de acesso, mas pouco avançaram no estabelecimento de uma maior articulação destas mesmas ações com a educação. O acesso às tecnologias é fundamental mas, também ele precisa ser qualificado. A presença de tecnologias mais simples, como os livros impressos, ou de outras mais avançadas, como os computadores em rede, produzindo novas realidades, demandam o estabelecimento de novas conexões que as situem diante dos complexos problemas enfrentados pela educação, sob o risco de que os investimentos não se traduzam em alterações significativas de questões estruturais da educação. Conexões que favoreçam a cada cidadão poder efetivamente participar do mundo contemporâneo não na perspectiva de ser treinado para usar o computador ou qualquer outra tecnologia. O computador, o rádio, a tv, a internet e as mídias digitais precisam estar presentes na escola concorrendo para que essa deixe de ser mera consumidora de informações produzidas alhures e passe a se transformar - cada escola, cada professor e cada criança - em produtores de culturas e conhecimentos. Cada escola, precisa responder criticamente às mudanças sofridas no contexto atual, passando, assim, a ser um espaço de produção, ampliação e multiplicação de culturas, apropriando-se das tecnologias. Contemporaneamente, essa incorporação passa por um outro desafio científico e político que é o da adoção do software livre como elemento estimulador e propiciador da introdução de uma lógica colaborativa. A colaboração e o trabalho em rede são características fundamentais do movimento software livre e, ao mesmo tempo, são princípios necessários para a educação, podendo a escola, também ela, assumir mais efetivamente esse perspectiva colaborativa a partir da intensificação de trabalhos coletivos e em rede. Com isso, intensifica-se uma perspectiva de produção permanente de novos conhecimentos, a partir das demandas dos próprios contextos, possibilitando, através das redes, a criação de uma malha de permuta e interação de alta sinergia, também essa de grande importância para a educação. A articulação entre a cultura digital e a educação se concretiza a partir das possibilidades de organização em rede, com apropriação criativa dos meios tecnológicos e produção de informações, valores, práticas e modos de ser, pensar e agir, o que implica na possibilidade de transformação social. Do ponto de vista tecnológico, o que vislumbramos para um futuro que já é presente, é a necessidade de políticas públicas que garantam às escolas, grupos comunitários e a qualquer cidadão o acesso livre a estes equipamentos, criando condições para a produção e consumo de informação e, com isso, termos a possibilidade de sonhar como Anísio Teixeira, que em 1963 já afirmava que as escolas do futuro mais se pareceriam com emissoras de rádio e televisão (TEIXEIRA, 1963). Será distante, ainda, esse futuro? Esse projeto se propõe a demonstrar que esse futuro poderá não ser tão distante assim.
 

Mecanismos de transferência de resultados

Added:
>
>
Divulgação de resultados em eventos científicos nos campos da ciência da computação, comunicação e educação; Divulgação de resultados em espaços de reflexão, e definição de políticas públicas para o campo da educação, cultura, ciência e tecnologia; Fortalecimento da linha de pesquisa em Educação, Comunicação e Tecnologias, com ampliação do arcabouço teórico, prático e metodológico do grupo, bem como da integração de suas ações de extensão, pesquisa, formação na graduação e pós-graduação; Produção de relatórios parciais e final, bem como de artigos técnico-científicos; Disponibilização de códigos do sistema, conforme princípios do software livre; Licenciamento flexível das obras produzidas (creative commons); Disponibilização do conteúdo produzido para as redes de tv pública, universitária, comunitária e outras; Mostras períodicas das obras para o público associado a cada instituição parceira; Participação em concursos, prêmios, festivais e demais oportunidades de disseminação da produção realizada; Veiculação dos objetivos e resultados do projeto através dos diversos canais de comunicação social; Gravação e distribuição da produção e ferramentas de produção em CD e DVD para composição de acervos físicos em bibliotecas públicas, escolas e Pontos de Cultura; Produção de manuais para o uso das ferramentas pesquisadas e desenvolvidas para acesso às informações necessárias à produção de áudio e vídeo; Constituição de uma comunidade virtual de aprendizagem, aberta e dedicada à produção audiovisual com os meios digitais; Capacitação técnica-científica de recursos humanos através da qualificação contínua de graduandos, mestrandos e doutorandos que fazem parte dos grupos de pesquisa envolvidos com a pesquisa; Produção de teses, dissertações, monografias e trabalhos de conclusão de curso de graduação; Multiplicação do processo de formação de professores e jovens para outras escolas públicas.
 

Referências bibliográficas

Added:
>
>
A L V E S e t a l . T r a b a l h o C o l a b o r a t i v o n a / e m r e d e . 2 0 0 3 . D i s p o n í v e l e m <http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/colaborativo/index.htm>. Acesso: 06 set. 2007. ARAUJO, Maristela M. S. O desenho didático interativo na educação online e a prática pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem: um estudo de caso, UFBA/FACED, dissertação de mestrado, 2007. ASSIS, Alessandra Santos Professores em rede: o desafio das Universidades Públicas para a Formação Superior de Professores da Educação Básica com o Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, UFBA/Faced, tese de doutrado, 2007. BARBIER, René. A pesquisa-ação. Trad. Lucie Didio. Brasília: Editora Plano, 2002. BONILLA, Maria Helena Silveira; PICANÇO, Alessandra de Assis. Construindo novas educações. In: Nelson De Luca Pretto. (Org.). Tecnologia e novas educações. 1 ed. Salvador: EDUFBA, 2005a. BONILLA, Maria Helena, Escola aprendente: para além da sociedade da informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005b. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede - a era da informação: economia, sociedade e cultura, vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999a. CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura, vol. 3, São Paulo: Paz e terra, 1999b, p. 411-439 DIAS, Paulo. DIAS, Paulo. Comunidades de Aprendizagem na Web. Inovação, Lisboa, v. 14, nº 3, 2001, p. 27-44. F O L H A O N L I N E . E n t e n d a o q u e é a W e b 2 . 0 . 1 0 / 0 6 / 2 0 0 6 . D i s p o n í v e l e m http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u20173.shtml. Acesso em 29/10/2007. FRÓIS, Katja Plotz. Uma breve história do fim das certezas ou o paradoxo de Janus. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, nº 63, Florianópolis, Dezembro, 2004. Disponível em http://www.cfh.ufsc.br/~dich/TextoCaderno63.pdf . Acessado em 8 ago 2006. GUTIERREZ, F.; PRIETO, D. A mediação pedagógica: educação a distância alternativa. São Paulo: Papirus, 1994. KENSKI, V. M. Tecnologias de Ensino Presencial e a Distância. 2 ª ed. São Paulo: Papirus, 2004. LEMOS, André. Cibercultura: alguns pontos para compreender a nossa época. In: LEMOS, André e CUNHA, Paulo (orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003. LEMOS, André et al. Uma sala de aula no ciberespaço: reflexões e sugestões a partir de uma experiência pela internet. Disponível em: <http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/txt_col1.htm> Acesso: 03 mar. 2006. LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência - O Futuro do pensamento na era da Informática, Trad. de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. __ A Inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola, 1998. __. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. LUDKE, Menga. O trabalho com projetos e a avaliação na educação básica. In: JANSSEN, Felipe da Silva et al (orgs.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003. MACEDO, Roberto Sidnei. A Etnopesquisa Crítica e Multiprreferencial nas Ciências Humanas e na Educação. Salvador: EDUFBA, 2000. __. Etnopesquisa crítica Etnopesquisa-formação. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. MACHADO, Arlindo. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: EDUSP, 1993. NÓVOA, Antonio. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, Antonio (coord.) Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. p. 15-33. PRETTO, Nelson. Uma escola sem/com futuro. Campinas: SP: Papirus, 1996. __ (Org.). Globalização & educação: mercado de trabalho, tecnologias de comunicação, educação a distância e sociedade planetária. 2. ed. Ijuí: Unijuí. 2000. (Série Terra Semeada) __. Desafios para a educação na era da informação: o presencial, a distância, as mesmas políticas e o de sempre. In: BARRETO, Raquel (org). Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de janeiro: Ed. Quartet, 2ª ed. 2003a. __. Ensinar bem é decidir na incerteza. In: Revista Nova Escola, nº163, jun/jul/2003b, p. 18. __. Desafios da Educação na sociedade do conhecimento. In: Folha de São Paulo, 30 maio 2006. RHEINGOLD, Howard. La Comunidad Virtual: Una Sociedad sin Fronteras. Gedisa Editorial. Colección Limites de La Ciência. Barcelona, 1994. SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as ciências. 12.ed. Porto: Edições Afrontamento, 2001. SERPA, Felippe. Tecnologia proposicional e as pedagogias da diferença. Noésis, Salvador, n. 4, p. 29-39,jan./dez. 2003. SILVA, Marco. Sala de aula interativa, 2ª ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2001. SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Exclusão digital: a miséria na era da informação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Inclusão digital, software livre e globalização contra-hegemônica. In: SILVEIRA, Sérgio Amadeu e CASSINO, João. Software livre e inclusão digital.. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2003. TAPSCOTT, Don. Geração digital: a crescente e irreversível ascensão da geração net. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1999. TEIXEIRA, Anísio. Mestres do amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v. 40, nº 92, o u t / d e z , 1 9 6 3 . p . 1 0 - 1 9 . D i s p o n í v e l n a B i b l i o t e c a V i r t u a l A n í s i o T e i x e i r a : <http://www.prossiga.br/anisioteixeira/eng/artigos/mestres.html> Acesso em 27 de mar 2007.
 

Orçamento

Despesas de Capital:
Changed:
<
<
Aquisição de equipamentos e material permanente (máquinas, aparelhos, equipamentos, material bibliográfico nacional e importado, móveis).
>
>
equipamentos - 2.000,00
material bibliográfico nacional - 1.000,00
 

Despesas Correntes ou de Custeio:

Changed:
<
<
Material de consumo (itens de pouca durabilidade ou de consumo rápido e de uso exclusivo para o projeto de pesquisa).
Despesas com importação de equipamentos.
Softwares necessários para o desenvolvimento dos projetos.
Serviços de terceiros (pessoa física ou jurídica), incluindo instalação, recuperação e manutenção de equipamentos.
Despesas com transportes, alimentação e hospedagem desde que essenciais para o desenvolvimento de projetos.
Bolsas de Iniciação Científica, Bolsa de Iniciação em Extensão, Bolsa de Iniciação Científica Junior, de acordo com os requisitos constantes no Apêndice A deste Edital.
>
>
Alimentação - 2.000,00
Material de consumo - 2.000,00
serviço de terceiros/manutenção de equipamentos - 2.000,00
transporte - 1.000,00

Bolsas de IC junior (25 bolsas/12 meses) - 30.000,00

 

Cronograma de atividades

Line: 207 to 428
 mês inicial
mês final
Changed:
<
<

equipe executora...

>
>

equipe executora

Alessandra Santos de Assis Edvaldo Couto Nelson Pretto

parceria

do texto de clarissa

METODOLOGIA (18000) O projeto apresenta uma metodologia participativa, onde as ações serão desenvolvidas a partir das decisões tomadas por um grupo formado por professores e pesquisadores do GEC – Grupo de Educação e Comunicação da Faculdade de Educação da UFBA, por professores e alunos das escolas participantes e por membros da rede Ayiê Hip-hop. Na primeira etapa do projeto, serão elaboradas oficinas que abordem temas como: autoria, identidade, diversidade e cultura, com o objetivo de despertar a reflexão crítica sobre as informações que consumimos versus a informação que produzimos e as suas semelhanças com os aspectos locais. A próxima palestra será sobre o movimento Hip-hop, onde será explicitada a sua forma de produção cultural, através da produção e reflexão social sobre aquilo que foi produzido. Em seguida, serão desenvolvidas oficinas de breaking, grafite, rap e DJ. Neste momento, o grupo poderá apresentar a demanda por outras oficinas que sejam pertinente ás realidades locais, tais como: embolada, cordel, entre outras. As oficinas, seguidas de reflexão, serão apresentadas na Semana de Ciência e Tecnologia. A partir das oficinas, as escolas realizarão as suas produções, que serão disponibilizadas em site específico da RIPE, para uso como material educativo no âmbito escolar.

REVISÃO DE LITERATURA (18000)

De acordo com Gohn (2001, p. 16), a educação, está ligada diretamente a outro conceito: o de cultura. Este conceito, definido de forma abrangente pela autora, traz destaque para a cultura política, visto que esta, somada com a educação, oferece elementos para se compreender a realidade e lutar para transformá-la. Uma vez que a educação está ligada à cultura, o processo educativo torna-se indissociável da contextualização cultural e social dos atores nele diretamente envolvidos. Desta forma, ou seja, através da cultura política, a educação se consolida como prática social, visto que é por meio dela que a sociedade possibilitará a formação de atores sociais esclarecidos.

Portanto, falar de cultura política é tratar do comportamento de indivíduos nas ações coletivas, os conhecimentos que os indivíduos têm a respeito de si próprios e de seu contexto, os símbolos e a linguagem utilizadas, bem como as principais correntes de pensamento existentes. (GOHN, 2001, p. 59).

É neste reconhecimento sobre si mesmo que o indivíduo estabelece uma relação com seu território. Para Santos (2002, pg 23) o sentimento de pertencimento a um determinado local ajuda significativamente na construção da identidade do sujeito. Neste sentido, o território passa a ser um espaço de trocas entre os ocupantes, que afirmam as identidades e estabelecem o sentido de grupo. “O território é o fundamento do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida”. (SANTOS, 2002 pg. 23). Neste contexto, a valorização dos elementos simbólicos locais torna-se essencial para a realização do processo de troca com outros grupos, de outros territórios e outras culturas: “identidades locais entram em intersecção com outras fontes de significado e reconhecimento social, seguindo um padrão altamente diversificado que dá margem a interpretações alternativas. (CASTELLS, 2001, p. 79). Desta forma, a incorporação de novos elementos simbólicos encontrará ressonância em identidades fortalecidas. De outra forma, se encontramos grupos com a identidade fragmentada e bombardeados por elementos simbólicos que não encontrem representação no seu território, a introdução dos novos elementos pode não fazer sentido:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (18000)

CASTELLIS, Manuel. O poder da Identidade. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GOHN, Maria Da Glória. Educação não-formal e cultura política. 2a Ed. São Paulo, Cortez, 2001.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. Vol. I. São Paulo: Cortez, 2002.

JUSTIFICATIVA E QUESTÕES A SEREM ABORDADAS (5000)

“A cultura é também uma força, enquanto uma prática plena de significados. Ela demarca diferenças porque estas são produzidas no interior destas práticas de significações”. (GOHN, 2001 pg.35)

 
Changed:
<
<

parceria...

>
>
Usualmente, a mídia reproduz valores e representações sociais dos eixos de produção comercial, sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo, elegendo padrões de beleza, regras de comportamento e modelos de cultura que, dificilmente, refletem a diversidade territorial brasileira. O vínculo comercial ainda é um forte determinante no desenvolvimento da chamada “grade” de programação o que acarreta, não só na concentração da produção no eixo Rio- São Paulo - e a sua veiculação em território nacional, determinando padrões éticos e estéticos – como no desenvolvimento de programas ditados pela audiência. Estes programas tendem a se afastar dos objetivos formativos e informativos, que deveriam nortear os meios de comunicação, e optar pela fórmula de entretenimento agregado à venda de produtos. Distanciam-se, portanto, tanto das manifestações sociais regionais, como das produções culturais populares. No entanto, seria ingenuidade desconsiderar a relevância do significado da cultura para cada localidade e considerar a audiência a melhor forma de medição da qualidade do programa. Ao contrário: a alta audiência é muito mais a antítese da diversidade.
 
Added:
>
>
O controle através dos meios de comunicação – que pressupõem a uniformização da cultura, pois é guiado por uma estética regional que sufoca as pluralidades locais – corre o risco de encontrar um reforço nas escolas. Um exemplo disso são os livros didáticos que reverberam esses padrões regionais como se estes se aplicassem a qualquer lugar do território nacional. Neste sentido, o projeto RIPE-HOP reúne a experiência educativa da RIPE com a vivência cultural e comunicativa da Rede Ayiê Hip-hop, com o objetivo de incentivar a produção audiovisual e multimídia por professores e alunos das escolas públicas municipais e escolas comunitárias. A estética Hip-hop servirá como inspiração para ruptura com os padrões estéticos pré-estabelecidos – não como imposição de uma estética específica. Esta produção, alicerçada na autoria dos alunos e professores sobre temáticas relacionadas aos sujeitos produtores, será amplamente divulgada em site específico elaborado para o Intercâmbio das Produções Educativas. Este será, portanto, o início de uma intensa troca de conteúdo local entre escolas participantes da rede.
  -- AlessandraPicanco - 30 Jul 2008 \ No newline at end of file
 
This site is powered by the TWiki collaboration platformCopyright &© by the contributing authors. All material on this collaboration platform is the property of the contributing authors.
Ideas, requests, problems regarding TWiki? Send feedback