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ECKERT-HOFF, Beatriz Maria. O dizer da prática na formação do professor. Chapecó: Argos, 2002.

Meu enleio vem de que um tapete é feito de tantos fios que não posso me resignar a um fio só, meu eredamento vem de que uma história é feia de muitas histórias (Clarisse Lispector) Falar da prática: discurso heterogêneio que aponta para diferentes posições do sujeito (10)

Novos parâmetros para se pensar sobre formação: “relação com o saber, as contradições entre conhecimento e competência, a capacidade de agir sobre o mundo...” (16)

A “volta constante sobre o que se fez, sobre o que se vive, sobre o que se é, sobre o que se fa, é o único meio de determinar as lacunas em relação ao saber. Essa aprendizagem... poderia se apoiar em um trabalho reflexivo, progressivo e constante, ou seja, em uma cultura de aprender” (16)

Pensar a formação em termos de sujeito e de cultura faz com que reflitamos necessariamente sobre a relação com o saber das pessoas em u caminho de aprendizagem. Não se pode aprender ou saber se isto não faz sentido para nós (16)

Sujeito inserido em um mundo globalizado. “Onde o estar no mundo significa estar negociando, constantemente, o que se aprende num espaço e num tempo, mas sem limites” (17)

O dizer da formação e do fazer leva à maturação e à aprendizagem, porque o professor pensa o que se aprende nos livros e na escola é a ciência dos saberes (19)

Reclamam-se novas competências para os professores, e, consequentemente, novas exigências na sua formação. “Novas exigências apontam para novos olhares. Novos olhares indicam que é preciso penasar a prática para poder pensar a formação de professores, pois é a reflexão sobre a prática que leva à invoação” (Perrenoud, 1994) (20)

Importância do falar sobre seu fazer: Fundamental para a reflexão e para o (re)direcionamento, leva a um processo de maturação do saber-fazer sueito-professor EM formação “Acreditamos que, ao falar da prática, o sujeito-professor vai tecendo uma rede de significados, que não sáo estáveis, uma vez que partimos do pressuposto de que a linguagem significa; que falar é produzir sentidos. Dar sentido é considerar o lugar da história e da sociedade, o que implica buscar suas condições de produção. É, também, aceitar que se está sempre no jogo, na relação das diferentes formações discursivas, na relação entre diferentes sentidos; é compreender a necessidade da ideologia e das relações de poder-saber na constituição do sujeito” (23)

Falar é estar no sentido com as palavras – ditas ou não ditas - , elas significam e nos relacionam com o mundo, com as coisas, com as pessoas, e com nós mesmos. Se elas nos relacioam com o mundo, podem também modificar. Se podem modificar, acreditamos que o falar da prática pode levar a uma possibilidade de modificar o (re)pensar sobre a formação do professor. Falar da prática é uma fala construída heterogeneamente, pois emergem dela sentidos que provêm de diferentes posições-sujeto e de diferentes situações de formação.

PERRENOUD, P. La formation des enseignants entre théorie et pratique. Paris, L'Harmattan, 1994.

ORLANDI, Eni Pulinelli. As formas do silencio : no movimento dos sentidos. Campinas : Ed. da Unicamp, 1995. (EDC 401 071f)

BEILLEROT, J. Voices et voix de la formation. Paris, Editions Universitaires, 1988.

CORACINI, Maria José R. F. Interperetação, autoria e legitimação do livro didático. Campinas: Pontes, 1999.

-- AdrianeHalmann - 22 Sep 2004

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