PROJETO IRECÊ - Rede Comunitária
EQUIPE ENVOLVIDA
Nelson Pretto (
FACED/UFBA) -
nlpretto@yahoo.com.br
Rosane Suzart (
FACED/UFBA) -
rosanesuzart@yahoo.com.br
Maria Helena Bonilla (
FACED/UFBA) -
bonilla@ufba.br
Vinicius Pinheiro (
PSL-BA) -
vinnie@ufba.br
Abelmon Bastos (
PSL-BA) -
abelmon@im.ufba.br
Leonardo Lazarte (
UnB) -
LLazarte@mat.unb.br
Nelson Simões (
RNP) -
nelson@mp.br
Emanuela Dourado (
PMIrecê) -
emanueladourado@ig.com.br
Paulo Cezar Oliveira (PRODASAL) -
pcezar@salvador.ba.gov.br
Marcelo Souza ( PSL-BA )-
marcelo@cebacad.net
Frentes de trabalho
Introdução
Redação inicial: Nelson Pretto
O Programa de Formação Continuada de Professores para o Município de Irecê foi o embrião de um projeto maior da UFBA em parceria com a Prefeitura de Irecê, visando a constituição do campus avançado da UFBA no município.
O Programa - Licenciatura em Pedagogia / Ensino Fundamental foi implantado em janeiro de 2004, com a primeira turma de 160 alunos, e está se constituindo em uma experiência de prática pedagógica, articulação acadêmica e institucional que, exercida em uma dinâmica de horizontalidade, tenha como máximas fundamentadoras: o respeito aos processos cotidianos e a valorização plena dos sujeitos.
A montagem de uma rede tecnológica de alta velocidade é de fundamental importância para o Programa, uma vez que se busca em diversas áreas do conhecimento, a articulação dos diferentes projetos existentes - ou a serem implantados.
Pretende-se que esses projetos incrementem, em diversas vertentes, o processo de formação dos professores, a produção do conhecimento e da cultura local, assim como a especialização de profissionais das diversas áreas do conhecimento.
A proposta do Programa é se constituir em um processo de intervenção profunda e coletiva nas práticas cotidianas do município, promovendo uma forte interação entre as instâncias acadêmicas, o poder público, as organizações do terceiro setor e as iniciativas privadas.
O Programa de Formação de Professores constitui-se num conjunto de diversas vertentes interdependentes que articulam a educação, a cultura, a comunicação, a saúde, o ambiente, a arquitetura e o urbanismo, entre tantas outras áreas, e que estão aqui sendo aglutinadas nesse projeto de montagem da Rede Comunitária de Irecê.
NelsonPretto
Caracterização do Muncípio de Irecê
1 – Informações Gerais sobre o Município
1.1 – Fisiografia e sócio-econômica
O Município de Irecê está situado na área central da região fisiográfica denominada de Chapada Diamantina, no denominado Platô Calcário, em face estar situada sobre o domínio Geológico da seqüência de rochas carbonatadas. Constitue-se na Feição geológica - litológica, estrutural e metamórfica, mais importante de toda região central da Bahia, desde o norte do Estado até o extremo sul onde se prolonga pelo norte do Estado de Minas Gerais.
As rochas carbonáticas associadas às condições climáticas são responsáveis pela formação dos solos Brunos e Brunizens avermelhados, responsáveis pela elevada produtividade agrícola que fizeram desta região a maior produtora de grãos de nosso país, e durante algum tempo conhecida como a capital mundial do feijão.
A presença de relevo kárstico, com rios subterrâneos e a drenagem superficial em treliças é típica de regiões de rochas carbonatadas, conseqüente da dissolução dos calcários e dolomitos pela circulação da água nas fendas e fraturas destas rochas.
As riquezas minerais mais expressivas associadas a esse ambiente geológico são as jazidas de fosfato, a exploração do próprio calcário e dolomito para a produção de cal, corretivo de solo. O município de Irecê possui 335 km2 de extensão e fica distante da capital 478 km.
1.2 – População e sua distribuição por faixa etária
QUADRO I – POPULAÇÃO TOTAL E DE GRUPOS ETÁRIOS ESPECÍFICOS
DISCRIMIÇÃO ABSOLUTO RELATIVO(%)
Grupo |
População |
% do total |
Total |
59.447 |
100,00 |
População Urbana |
6.242 |
10,50 |
População Rural |
53.205 |
89,50 |
0 a 4 anos |
7.264 |
12,22 |
0 a 6 anos |
10.522 |
17,70 |
4 a 6 anos |
4.857 |
8,17 |
15 a 18 anos |
2.604 |
4,38 |
7 a 18 anos |
18.625 |
31,33 |
Fonte: IBGE
Do total da população em 2003: 29.242 são homens e 30.205 mulheres
1.3 – Educação
A matrícula na rede municipal que em 1996 era de 6.345 alunos (incluindo o ensino médio). Em 2003 foram registrados 10.030 alunos, sem os alunos do ensino médio, uma vez que esta modalidade de ensino passou a ser responsabilidade da administração estadual. (LDB 9394/96).
O total de alunos matriculados no ensino fundamental sofreu uma evolução acentuada a partir de 1997, devido ao efetivo compromisso da nova gestão municipal com a educação, e a partir 1998 com a criação do FUNDEF.
Na medida em que precisamos colocar no Plano Educacional do Município as questões numa escala de prioridades, foram apontadas duas sinalizações básicas para esta priorização: a própria realidade (e os recursos disponíveis, suas possibilidades e limitações), e o perfil de cidadão que se pretende atender.
O município possui atualmente, em sua rede municipal 18 escolas na zona urbana e 16 na zona rural, totalizando 34 escolas. No censo de 2.000 registrava 43 estabelecimento de ensino fundamental e 5 do ensino médio, sendo 29 municipais, 9 estaduais e 5 particulares.
NelsonPretto
Projeto de montagem do Condomínio de fibra ótica
Redação inicial: Leonardo Lazarte
Redes Digitais Comunitárias
Uma necessidade, uma resposta
Diversas cidades, municípios ou comunidades tem dificuldades de acesso às redes de comunicação de dados, principalmente por falta de interesse das grandes empresas em investir em comunidades menores, ou por custos de acesso incompatíveis com os recursos disponíveis.
Dada a importância vital do acesso a redes de comunicação, algumas destas comunidades tem procurado alternativas que lhes permitam a conexão com o mundo e a potencialização de suas próprias capacidades econômicas, culturais e sociais.
Assim, municípios, regiões, ou mesmo um grupo de entidades dentro de um município ou cidade, tem construído redes digitais dentro de uma lógica semelhante à que tem levado à construção de estradas desde a antigüidade. A estrada é considerada um bem público; pertence à comunidade.
É claro que sua construção demanda recursos, e em alguns casos, sua utilização é cobrada. Mas é um bem a que toda a comunidade tem direito.
“Projeto Irecê”, uma oportunidade
As Redes Digitais Comunitárias são geralmente motivadas por necessidades específicas de um grupo, podendo ser prevista sua expansão posterior para setores cada vez mais amplos da comunidade.
No caso do Projeto Irecê, a necessidade de potencializar a capacidade de atualização dos professores e a inserção de seus alunos no atual ambiente permeado pelo acesso à informação, demanda uma rede de comunicação atualmente não disponível. Por isto, a rede proposta inicialmente, conecta as escolas situadas na sede do município, com a secretaria de educação, a prefeitura, a câmara de vereadores, a rodoviária e a biblioteca.
O projeto de Rede Comunitária prevê a expansão de acesso à rede para atividades culturais numa primeira etapa, assim como para a expansão das atividades econômicas do município, e mesmo para o acesso à telefonia com capacidade muito maior que a atual, a custos muito mais reduzidos, para a comunidade como um todo, numa etapa posterior.
Custo-benefício
Os recursos para a implantação inicial da rede deverão ser buscados junto aos órgãos financiadores de infra-estrutura, como BNDES, complementados com recursos locais, estaduais e federais, e mesmo com contribuições de empresários locais.
A recuperação dos custos de uma infra-estrutura deste tipo, comparada com os preços praticados atualmente pelas empresas de telecomunicações, se dá num prazo médio de dois anos. Isto sem levar em consideração os benefícios diretos obtidos pela economia local, além dos benefícios sociais, e os econômicos indiretos, como fixação da população no município, ao ter acesso a um mundo mais largo sem necessidade de se deslocar, e pela transferência de conhecimento e de domínio da tecnologia.
As principais dificuldades associadas a um empreendimento deste tipo são seu gerenciamento, sua continuidade e a articulação entre os diversos parceiros. Uma ampla articulação entre os níveis local, estadual, federal, não-governamental e empresarial é muito importante.
Serviços oferecidos pela Rede Comunitária
Inicialmente, a rede oferecerá aos professores participantes do Projeto Irecê, o intercâmbio entre si e com os professores da UFBA, o acesso a informação atualizada em qualquer parte do mundo, assim como o intercâmbio de experiências com iniciativas semelhantes em diversos países.
Imediatamente, este acesso será estendido aos alunos da rede escolar, que poderão não só pesquisar e se informar nas mais diversas fontes de conhecimento, como poderão dar visibilidade a sua cultura, a sua produção e a suas reflexões.
Para o comércio, a indústria e os produtores locais, a possibilidade de contato com compradores e fornecedores em qualquer parte do mundo, potencializa enormemente sua oportunidades.
Em etapas posteriores, produção artística e cultural local pode ser transmitida pela rede, para compartilhamento local, e posteriormente para outras regiões, mediante o equivalente a canais de televisão produzidos pela comunidade.
Finalmente, a medida que mais instituições forem incorporadas, a telefonia poderá ser realizada mediante esta rede, ampliando em muito a atual capacidade de comunicação. Isto pode ser feito tanto em forma autônoma, quanto mediante contratos com as fornecedoras tradicionais de telefonia, que seriam ou clientes, ou parceiros da Rede Comunitária.
Projeto de conexão Salvador/Irecê
Nelson Simões, o que podemos fazer para ter essa conexão?
Vale a pena um conversa com a PRODEB?
Projeto de implantação de Sofware Livre em todo o município de Irecê
Redacao inicial: Paulo Cezar
Um
levantamento tecnológico em todo o município terá como objetivo identificar padrões e comportamentos tecnológicos adotados, para em seguida elaborar um esboço de um plano básico de implantação do software livre.
Identificadas as necessidades e elencadas as prioridades, partiremos para a interação com a comunidade, de onde será gerado um projeto coletivo de implantação do software livre na cidade.
É fundamental que esse projeto esteja em consonância com as políticas públicas adotadas no município, em relação ao uso do software livre, com as ações correspondentes em todo o projeto Irecê, assim como é importante que envolva todos os segmentos sociais desde a sua elaboração.
Garantirá, assim a legitimidade do processo, respeito à cultura e potenciais humanos locais e, principalmente, o sentimento de pertencimento, imprescindível para minimizar resistências e bloqueios, comuns em projetos dessa natureza.
Campanhas, eventos de divulgação, conscientização e mobilizações em prol do software livre, constituirão ações de base para a efetivação da implantação do software livre em toda a cidade.
A concepção do projeto terá por base a constituição de uma "rede livre" de comunicação digital interativa e produção de conhecimento local e global, na qual a metáfora tecnológica da "cidade digital livre" esteja presente em todas as dimensões sócio-culturais de Irecê.
O suporte técnico, assim como o treinamento de usuários em aplicativos baseados em software livre será coordenado pelo PSL-BA e demais colaboradores.
Concursos, oficinas, projetos e comunicação de experiências locais em eventos na área de software livre, inclusão digital e tecnologia da informação e comunicação mobilizarão a comunidade local, projetando-a no cenário nacional e fortalecendo suas bases tecnológicas edificadas a partir da filosofia e utilização prática de software livre.
Com o objetivo de integrar as iniciativas de implantação do software livre ao contexto sócio-cultural local, numa abordagem voltada para o desenvolvimento da cidadania ativa no município, a partir das dinâmicas societárias nas redes digitais, será implementado o
Programa de Cibercidadania de Ireçê.
O
Programa Cibercidadania de Ireçê pretende envolver todas as comunidades da cidade, em interações cidadãs efetivas através de dispositivos públicos decisórios e deliberativos mediados por recursos comunicacionais interativos instalados em plataformas de colaboração baseadas nos sistemas de gerenciamento de conteúdo colaborativo: TWIKI e PHP NUKE.
PauloCezarOliveira
Implantando um política de software livre no município
Redação inicial: Paulo Cezar
A exclusão digital é, sem dúvida uma das principais conseqüências desastrosas da globalização hegemônica, vetor da exclusão social na era da informação, centrada exclusivamente na lógica perversa do mercado e do capital.
A cidadania no referido contexto está vinculada, em especial ao acesso dos cidadãos aos meios digitais de produção, comunicação e disseminação de informações e conhecimentos.
O governo federal no Brasil tem trabalhado nesse sentido, através do Comitê Técnico de Implementação do Software Livre, coordenado pelo ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação da Casa Civil da Presidência da República, acompanhado por algumas poucas iniciativas no âmbito estadual e municipal.
Entendemos que a adoção do SL pelas instâncias públicas seja não apenas uma opção economicamente viável, mas também uma questão de desenvolvimento da produção tecnológica no país, assim como uma garantia de segurança de informações, como defende Sergio Amadeu da Silveira - diretor-presidente do ITI.
Logo, a utilização de software livre no Projeto Irecê tem importância estratégica, para a cidade. Estamos certos de que, é no âmbito local que tais iniciativas devam ser estruturadas de forma intensa e consistente, pois é a instância pública mais próxima ao cidadão.
É nossa intenção, portanto, trazer para a cena principal da área pública municipal de Irecê, ações integradas de inclusão digital fundamentadas nos princípios e pressupostos do software livre, em prol da cidadania mais participativa e da construção de relações políticas e sociais mais justas e igualitárias na cidade.
Defendemos uma solução de inclusão social/digital que considere o contexto sócio-cultural local e suas particularidades, que aproveite o seu potencial intelectual, econômico, cultural e tecnológico e articule iniciativas dos vários setores envolvidos, sobretudo a área científica e terceiro setor, numa perspectiva de inserí-los e integrá-los num contexto local e ao mesmo tempo global.
Para tanto, olvidamos que se faz presente a importante demanda pela elaboração de políticas públicas voltadas para a implementação do software livre na cidade de Irecê.
Alinhando ações com as iniciativas de adoção do software livre pelo governo federal, emerge a necessidade da implementação de políticas públicas municipais consistentes e bem estruturadas, voltadas para essa área como ponto de referência para a sustentação de estratégias e empreendimentos a serem desenvolvidos.
Assim, propomos uma formulação de tais políticas embasadas no conhecimento da realidade tecnológica e social local, considerando as suas possibilidades, dificuldades, vicissitudes e perspectivas.
Isso nos remete a um estudo minucioso da realidade local e também a uma mobilização coletiva ampla, envolvendo a comunidade local e suas representações sociais e políticas, agregada a outras ações do projeto, tais como a disseminação dos pressupostos e prerrogativas favoráveis à adoção do software livre, e a promoção de debates sobres estas questões com a finalidade de gerar uma concepção local colaborativa das diretrizes e caminhos a serem seguidos pela comunidade de Irecê na adoção do Software Livre na cidade.
A inserção destas questões nas pautas sociais e políticas do município, através de fóruns, palestras e eventos relacionados dará partida aos propósitos, já mencionados, de maneira que se promova continuamente interações significativas que possam interferir na percepção política local sobre a importância estratégica da adoção do software livre.
O fundamental é que a comunidade local seja partícipe do processo de elaboração dos instrumentos políticos dinâmicos, flexíveis e versáteis para implementação imediata do software livre, que seus princípios tenham coerência com a cultura e realidade local, que estejam alicerçados em parâmetros consistentes em nível global, e em consonância com todas as ações do Projeto Irecê.
Por ocasião do período eleitoral seria fundamental inserir a pauta:
adoção do software livre no setor público fomentando o debate sobre o tema e despertando os candidatos à política local com relação a relevância dessas questões no âmbito político, social e econômico da cidade.
Logo, faz-se urgente ações respectivas com vistas a ganhar adesões políticas estratégicas e articular mobilizações favoráveis à adoção do software livre no município.
Como diz o Paulino Michelazzo (2003)- ONG Quilombo Digital: "Precisamos sim é tomar ciência que perdemos vários bondes da história e que, com o Software Livre, temos condições de ser uma grande nação exportadora não somente de matérias-primas, mas também de software, conhecimento e justiça social."
Ireçê se propõe a ser mais uma coletividade inteligente ativamente inserida nesse novo contexto social da contemporaneidade.
PauloCezarOliveira
Projeto de capacitação e suporte
Redação Inicial: Vinicius Pinheiro
O desenvolvimento e intercâmbio do conhecimento, através do software livre - como um fator catalisador da inclusão social/digital, não pode ser realizada de forma efetiva sem que existam formas de mobilizar o conhecimento e a cultura nos grupos sociais. Esta tarefa educacional requer competências didático-pedagógicas numa linha de trabalho interativo.
O processo de capacitação e suporte portanto deve ser feito respeitando-se as necessidades e valores de cada sub-grupo dentro do contexto no qual este se insere. A capacitação vem dessa maneira não como atividade de "adestramento" mas sim de conscientizador da real necessidade de apreender os conceitos e não puramente os objetos em si, subvertendo antigos valores pré-moldados numa sociedade que prega pelo imediatismo.
Vale ressaltar porém, que a despeito de todo o universo que cerca os meios de utilização do software livre, a capacitação será realizada de forma prática, atendo-se às necessidades de cada grupo, e tendo um enfoque constante nos aspectos
colaborativos e interativos de cada ferramenta, aspectos estes que são a
gênesis do software livre e impusionadores do conhecimento humano.
É neste sentido que o PSL-BA se apresenta no Projeto Irecê, provendo a capacitação e o suporte necessários para suprir a demanda de conhecimento dos grupos: professores, funcionários públicos, empresários e cidadãos, em geral.
ViniciusPinheiro?
Outros links importantes
* projeto Irecê
http://www.faced.ufba.br/irece
* projeto Tabuleiros Digitais
http://tabuleiro.faced.ufba.br
* projeto Conexoes
http://www.faced.ufba.br/conexoes
* projeto Software Livre Bahia
http://twiki.im.ufba.br/bin/view/PSL/WebHome
* projeto Software Livre Brasil
http://www.softwarelivre.org/
* Ong Quilombo digital
http://www.quilombodigital.org/
* site do Paulino Michelazzo
http://www.michelazzo.com.br