Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Educação

Projeto de Pesquisa - CNPQ 2004/2007

Políticas Públicas Brasileira em Educação, Tecnologia da Informação e Comunicação

Orientador: Nelson Pretto
Bolsista: [[DarleneAlmada]Darlene Almada Soares]] >

Nos ultimos anos, assistimos a profundas e rápidas transformações em escala mundial que afetaram e afetam diferentes dimensões - social, economica e cultural, nos levando do modelo de monopólio público (exceto EUA que era privado) para o modelo competitivo, emergindo novos conceitos, culturas, saberes e relações, trazendo desafios para a educação e para todo o sistema educacional, em grande parte, estas transormações deveu-se ao surgimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Quando a televisão apareceu, muitos pensaram que ela iria entrar nas escolas e alterar as suas práticas. Nada disso aconteceu. A TV, juntamente com o vídeo, acabou virando um recurso secundário na grande maioria dos locais. que nos faz pecerber que, mesmo que as novas tecnologias educacionais possam ser um poderoso instrumento de melhoria da educação, é possível e visvel que muitas escolas, mesmo com os mais modernos equipamentos, continuem praticando uma pedagogia "antiga". Assim, é possível ser moderno e inovador só com lápis e papel e completamente antiquado até mesmo com os últimos modelos de computadores...

As tecnologias educacionais precisam ser melhor conhecidas pelos professores para que – dotados de conhecimentos, atitudes, práticas e posturas compatíveis – possam assegurar a efetiva utilização delas em seus afazeres profissionais. Inegavelmente, a profissão do professor o desafia a incorporar meios e meios de comunicação e educação no trabalho pedagógico, pois a tecnologia já é presença efetiva na escola e está introjetada na cultura de nossos alunos. Sendo assim, a relutância em apropriar-se ou buscar perceber que há alternativa(s) mais apropriada(s) para exercer determinada(s) função(ões) no ensino-aprendizagem contribui para o estabelecimento de um “fosso” entre a escola e a realidade.

Usar tecnologia não é mero clicar de botões, de trazer fita de áudio ou vídeo para ser assistida, enquanto o docente realiza outra atividade de maior importância. Usar tecnologia é muito mais do que isso.

Incorporar a tecnologia na escola dentro dos pressupostos das teorias que solicitam, dos agentes comunicativos, interação e interatividade e construção de conhecimentos – ajustada ao nível e a realidade de cada aluno, de modo a poder contribuir para o processo de aprendizagem coletiva e cooperativa – requer, no mínimo, tempo de estudo e desejo de aprender. Sem essas duas condições primeiras, as tecnologias até podem estar presentes na escola, porém não estarão inseridas em abordagem que as assumam como elementos mediadores da compreensão da realidade que vivemos. A utilização de tecnologias educacionais no contexto escolar está inserida em uma realidade econômica, onde se manifesta um processo de reestruturação capitalista a nível mundial (BRUNO, 1999). A inserção do Brasil neste processo se deu após a abertura do mercado promovida pelos governos Collor (1990-91), Itamar Franco (1992-94), tendo continuidade no atual governo FHC (1995-2002). Esta maior “dinamização” do sistema capitalista, que se associa às profundas modificações tecnológicas, vem promovendo transformações no trabalho de todas as categorias profissionais, através de

novas posturas do trabalhador frente ao seu trabalho, exigências de um “saber ser” e maior “criatividade”, auto-aprendizagem etc. É necessário lembrar que este maior desenvolvimento das potencialidades humanas nesta realidade tecnológica visa a um maior controle do ritmo de produção, não a um “desenvolvimento integral do sujeito” (BERINO, 1994). A utilização de novas tecnologias educacionais na sala de aula vem sendo apontada pelo MEC3 como uma de suas prioridades

LEVY (1997) considera o computador e a rede de informações (Internet) como um terceiro processo de desenvolvimento das “tecnologias intelectuais”, sendo o primeiro a passagem da oralidade para a utilização da escrita e o segundo momento o advento da imprensa, dinamizando enormemente a disseminação do conhecimento através da impressão de livros. Estes momentos denotam modificações históricas nas formas de apreensão e construção do conhecimento, devido à utilização de processos cognitivos distintos (linguagem oral, escrita e “simulação” por computador). Uma grande distinção entre as tecnologias anteriores e as atuais é a rapidez com que elas se modificam, tornando cada vez mais dinâmico, o processo de obsoletização das coisas e do homem, característica bem própria do sistema capitalista atual. VIRILIO (1996), ao discorrer sobre a integração cada vez maior do corpo humano às tecnologias, afirma que este movimento busca “aparelhar” o corpo humano para torná-lo contemporâneo da era da velocidade absoluta das ondas magnéticas. Em síntese, significa que o homem, no ambiente competitivo extremado, busca se diferenciar através de “extensões” microeletrônicas que o tornam melhor (no sentido estrito da concorrência capitalista).

No Brasil, a EAD tem-se tornado uma modalidade de ensino em franco processo de expansão e uso nas instituições públicas e privadas de Ensino Superior e também nas empresas educacionais. Ela não é uma modalidade de ensino nova, já que, desde 1923, com Edgard Roquette Pinto criador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje rádio MEC,são conhecidas iniciativas voltadas para sua disseminação. Estas iniciativas, procurando novas tecnologias de comunicação que aproximassem a escola do público sem escola,utilizaram o rádio, com o Instituto Rádio Monitor em 1939; o correio, com o Instituto Universal Brasileiro em 1941 (Nunes, 1994); e mais, recentemente, o vídeo, a TV e o computador, com o Telecurso do 2o Grau e os programas: TV Escola, Programa Nacional de Informática na Educação - Proinfo, FUST, Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - PAPED, programas estes da Secretaria de Educação a Distância - SEED.

Em 1923, com a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto, iniciou-se a educação pelo rádio. A emissora foi doada ao Ministério da Educação e Saúde em 1936, e no ano seguinte foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. EAD Um fator que contribuiu para a expansão da EAD nas IES foi o notável crescimento,em meados dos anos 90, da rede mundial de computadores, a internet, que se transformou no meio principal de convergência de todas as tecnologias educacionais de informação e do conhecimento. As primeiras experiências de uso da EAD passaram a ser difundidas a partir de iniciativas fragmentadas de educadores e professores preocupdos em possibilidades e metodologias direcionadas ao aprimoramento do ensino tradicional das instituições públicas de Ensino Superior ( DIZER QUAIS). Por medidas neoliberais orientadas pelo FMI, Banco Mundial provocaram drasticamente a redução deliberada da participação do Estado na democratização do acesso à educação pública. diminuição da atuação do Estado, impetrado por um conjunto de políticas públicas neoliberais que veio a contribuir para a expansão da EAD e de novas tecnologias educacionais de código fechado. A EAD representou e ainda representa fonte de lucro no que concerne à ampliação do mercado de prestação de seus serviços educacionais.

segundo A preferência do Estado pela implantação da EAD nas unidades governamentais se deu pela possibilidade de redução de "custos" e legalizou-se através do atendimento a Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo como exemplo a criação da Universidade Publica Virtual do Brasil em agosto de 2000 e tem como principal justificativa dos governos o fato de ser menos dispendiosas q as tradicionais.

Bibliografia

Barreto, Raquel Goulart (Org.) TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: Avaliando políticas e práticas. Quartet Editora

Lobo Neto, Francisco José da Silveira. Educação a Distância: Regulamentação, Condições de Êxito e Perspectivas. In: http://www.prossiga.br/edistancia/Educacao a Distancia - Biblioteca Virtual_arquivos/lobo1.htm , 1998.

Nascimento, Euccidio Arruda do. Novas Tecnologias Educacionais na Sala de Aula: Implicações no Trabalho Docente IN: http://72.14.203.104/search?q=cache:JYPltumqF7MJ:www.anped.org.br/24/p0913759993884.doc+tecnologias+educacionais&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=6&lr=lang_pt

Pires, Hindenburgo Francisco. Universidade, Políticas Públicas e Novas Tecnologias Aplicadas à Educação a Distância. IN: http://72.14.203.104/search?q=cache:4GxfJB1bklcJ:www.cibergeo.org/artigos/ADVIR14.pdf+tecnologias+educacionais+politicas&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=4&lr=lang_pt

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