Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Educação

Projeto de Pesquisa - CNPQ 2004/2007

Políticas Públicas Brasileira em Educação, Tecnologia da Informação e Comunicação

Orientador: Nelson Pretto
Bolsista: [[DarleneAlmada]Darlene Almada Soares]] >

Nos ultimos anos, assistimos a profundas e rápidas transformações em escala mundial que afetaram e afetam diferentes dimensões - social, economica e cultural, nos levando do modelo de monopólio público (exceto EUA que era privado) para o modelo competitivo. Em grande parte, estas transormações deveu-se ao surgimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que, cada vez mais, está incorporado em nosso cotidiano.

A utilização das TIC vem crescendo em todas as áreas e ramos da sociedade, fazendo emergir mudanças no nosso ritmo e estilo de vida, transformando, assim, nossas vidas nos mais diferentes âmbitos. Na educação e todo o sistema educacional não é diferente, significativos desafios estão sendo engendrados, trazendo possibilidades e transformações visivelmente incompatíveis com o ainda existente sistema educacional fechado, linear que mesmo com mais modernos equipamentos, nos faz testeumhar uma pratica pedagogica antiquada, mesmo com o uso das TIC.

Segundo Oliveira (1999), o marco inicial das discussões sobre informática na Educação foi o I Seminário Nacional de Informática na Educação, realizado em Brasilia em 1981. Depois de algumas discussões sobre a temática foi elaborado e aprovado em 1983 o Projeto EDUCOM (Educação com Computadores) pela Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE) que foi realizado em parceria com cinco Universidades (Federal do Pernambuco, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais e a Estadual de Campinas).

No contexto escolar, o uso de tecnologias educacionais está inserida em uma realidade econômica, no qual é manifestado um processo de reestruturação capitalista a nível mundial (BRUNO, 1999). A inserção do Brasil neste processo se deu após a abertura do mercado promovida desde o governo Collor (1990-91). Incorporar as TIC no sistema escolar dentro dos pressupostos dos agentes comunicativos, interação e interatividade e construção de conhecimentos requer, políticas públicas ativas, para poder gerar um processo de aprendizagem coletiva e cooperativa. as tecnologias até podem estar presentes na escola, porém não estarão inseridas em abordagem que as assumam como elementos mediadores da compreensão da realidade que vivemos. ,

As tecnologias educacionais precisam ser melhor conhecidas pelos professores para que – dotados de conhecimentos, atitudes, práticas e posturas compatíveis – possam assegurar a efetiva utilização delas em seus afazeres profissionais. Inegavelmente, a profissão do professor o desafia a incorporar meios e meios de comunicação e educação no trabalho pedagógico, pois a tecnologia já é presença efetiva na escola e está introjetada na cultura de nossos alunos. Sendo assim, a relutância em apropriar-se ou buscar perceber que há alternativa(s) mais apropriada(s) para exercer determinada(s) função(ões) no ensino-aprendizagem contribui para o estabelecimento de um “fosso” entre a escola e a realidade.

Usar tecnologia não é mero clicar de botões, de trazer fita de áudio ou vídeo para ser assistida, enquanto o docente realiza outra atividade de maior importância. Usar tecnologia é muito mais do que isso.

novas posturas do trabalhador frente ao seu trabalho, exigências de um “saber ser” e maior “criatividade”, auto-aprendizagem etc. É necessário lembrar que este maior desenvolvimento das potencialidades humanas nesta realidade tecnológica visa a um maior controle do ritmo de produção, não a um “desenvolvimento integral do sujeito” (BERINO, 1994). A utilização de novas tecnologias educacionais na sala de aula vem sendo apontada pelo MEC3 como uma de suas prioridades

LEVY (1997) considera o computador e a rede de informações (Internet) como um terceiro processo de desenvolvimento das “tecnologias intelectuais”, sendo o primeiro a passagem da oralidade para a utilização da escrita e o segundo momento o advento da imprensa, dinamizando enormemente a disseminação do conhecimento através da impressão de livros. Estes momentos denotam modificações históricas nas formas de apreensão e construção do conhecimento, devido à utilização de processos cognitivos distintos (linguagem oral, escrita e “simulação” por computador). Uma grande distinção entre as tecnologias anteriores e as atuais é a rapidez com que elas se modificam, tornando cada vez mais dinâmico, o processo de obsoletização das coisas e do homem, característica bem própria do sistema capitalista atual. VIRILIO (1996), ao discorrer sobre a integração cada vez maior do corpo humano às tecnologias, afirma que este movimento busca “aparelhar” o corpo humano para torná-lo contemporâneo da era da velocidade absoluta das ondas magnéticas. Em síntese, significa que o homem, no ambiente competitivo extremado, busca se diferenciar através de “extensões” microeletrônicas que o tornam melhor (no sentido estrito da concorrência capitalista).

No Brasil, a EAD tem-se tornado uma modalidade de ensino em franco processo de expansão e uso nas instituições públicas e privadas de Ensino Superior e também nas empresas educacionais. Ela não é uma modalidade de ensino nova, já que, desde 1923, com Edgard Roquette Pinto criador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje rádio MEC,são conhecidas iniciativas voltadas para sua disseminação. Estas iniciativas, procurando novas tecnologias de comunicação que aproximassem a escola do público sem escola,utilizaram o rádio, com o Instituto Rádio Monitor em 1939; o correio, com o Instituto Universal Brasileiro em 1941 (Nunes, 1994); e mais, recentemente, o vídeo, a TV e o computador, com o Telecurso do 2o Grau e os programas: TV Escola, Programa Nacional de Informática na Educação - Proinfo, FUST, Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - PAPED, programas estes da Secretaria de Educação a Distância - SEED.

Em 1923, com a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto, iniciou-se a educação pelo rádio. A emissora foi doada ao Ministério da Educação e Saúde em 1936, e no ano seguinte foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. EAD Um fator que contribuiu para a expansão da EAD nas IES foi o notável crescimento,em meados dos anos 90, da rede mundial de computadores, a internet, que se transformou no meio principal de convergência de todas as tecnologias educacionais de informação e do conhecimento. As primeiras experiências de uso da EAD passaram a ser difundidas a partir de iniciativas fragmentadas de educadores e professores preocupdos em possibilidades e metodologias direcionadas ao aprimoramento do ensino tradicional das instituições públicas de Ensino Superior ( DIZER QUAIS). Por medidas neoliberais orientadas pelo FMI, Banco Mundial provocaram drasticamente a redução deliberada da participação do Estado na democratização do acesso à educação pública. diminuição da atuação do Estado, impetrado por um conjunto de políticas públicas neoliberais que veio a contribuir para a expansão da EAD e de novas tecnologias educacionais de código fechado. A EAD representou e ainda representa fonte de lucro no que concerne à ampliação do mercado de prestação de seus serviços educacionais.

segundo A preferência do Estado pela implantação da EAD nas unidades governamentais se deu pela possibilidade de redução de "custos" e legalizou-se através do atendimento a Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo como exemplo a criação da Universidade Publica Virtual do Brasil em agosto de 2000 e tem como principal justificativa dos governos o fato de ser menos dispendiosas q as tradicionais.

Bibliografia

Barreto, Raquel Goulart (Org.) TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: Avaliando políticas e práticas. Quartet Editora

Lobo Neto, Francisco José da Silveira. Educação a Distância: Regulamentação, Condições de Êxito e Perspectivas. In: http://www.prossiga.br/edistancia/Educacao a Distancia - Biblioteca Virtual_arquivos/lobo1.htm , 1998.

Nascimento, Euccidio Arruda do. Novas Tecnologias Educacionais na Sala de Aula: Implicações no Trabalho Docente IN: http://72.14.203.104/search?q=cache:JYPltumqF7MJ:www.anped.org.br/24/p0913759993884.doc+tecnologias+educacionais&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=6&lr=lang_pt

Pires, Hindenburgo Francisco. Universidade, Políticas Públicas e Novas Tecnologias Aplicadas à Educação a Distância. IN: http://72.14.203.104/search?q=cache:4GxfJB1bklcJ:www.cibergeo.org/artigos/ADVIR14.pdf+tecnologias+educacionais+politicas&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=4&lr=lang_pt

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