Logo Faced

Logo Prefeitura de Irecê

Logo PSL-BA

Reflexões acerca da atuação dos Parâmentros Curriculares na prática pedagógica

O Currículo o qual seguimos foi elaborado pela Secretaria de Educação, professores, coordenadores, dirigentes e outros participantes, no qual foi construído pensando em fundamentar o trabalho pedagógico, nortendo situações de ensino desenvolvidas em sala de aula. O currículo baseia-se nos Parâmentros Curriculares Nacionais seguindo os temas transversais neles propostos, aos quais saõ englobados os projetos desenvolvidos nas escolas. O que percebemos é que esses projetos são realizados com a intenção de interdisciplinalizar os temasos temas transversais, partindo da necessidade de resolver problemas do dia-a-dia, porém esses projetos são muito estendidos, trabalhando restritamente alguns conteúdos e deixando de lado outros conteúdos de fundamental importância para a compreensão de mundo. Às vezes prioriza-se o trabalho apenas no saber local para resolver desafios relacionados ao cotidiano dos alunos, no entanto deixa-se de expandir o conhecimento científico, não possibilitando ao educando uma compreensão global, sendo necessário fazer essa relação, pois o sujeito poderá compreender melhor o objeto estudado, tendo uma parendizagem mais significativa e não limitada. Em contrapartida ainda é comum na prática docente o isolamento das disciplinas, pois há a dificuldade da interdisciplinaridade, tornando o ensino fragmentado levado para o âmbito da ciência específica sem fazer as devidas relações com a vivência dos alunos. Essa problemática acentua-se mais no tocante ao terceiro e quarto ciclos, principalmente pela falta de momentos em que os professores possam planejar coletivamente. Essa ausência dialógica entre as disciplinas no momento do planejamento de maneira que os conteúdos não são integrados aos diferentes campos de saberes é crucial para os alunos, pois os mesmos não daõ conta de fazer as deviodas relações entre um saber e outro ficando no campo do conteúdo pelo conteúdo. Outros problemas graves considerados por nós são também a super valorização a determinadas disciplinas , o professor de português e matemática já privilegiados com uma carga horária superior a de outras áreas de conhecimento e conta ainda com maior prestígio de opinar no conselho de classe. Essa falta de coerência curricular é prejudicial ao objetivo maior da escola que é promover uma aprendizagem significativa ao aluno, pois naõ se pode democratizar a educação, sendo que as disciplinas que poderiam abranger melhor os temas emergentes da sociedade conforme o próprio PCN afirma são limitadas a uma carga horária de apenas duas ou três aulas semanais. Ao passo que é muito pertinente que Elizabete trazcomo a ausência de critérios que os PCNS defende a existência do conteudo escolar divido por disciplinas como também não priorizar os temas transversais como estudo central do educando, ao qual o próprio PCN afirma ser importante para a integração das disciplinas e consequetemente ligando às emergências sociais. Dessa amneira os temas transversais entra no contexto escolar como um adicional, ficando como suporte e às vezes nem sempre é trabalhado, principalmente nas áreas de português e matemática. Diante do exposto há de se questionar a que se deve de fato os problemas de desinteresse e a reprodução de alunos analfabetos funcionais no atual cenário da escola pública brasileira? Seria apenas a falta de formação do professor ou também a falta de estrutura curricular capaz de atender a essas exigências da educação?

Reflexões feitas por Elcione, Gildete e Maria das Graças Magalhães, 20/10/05

---+++ Reflexões sobre CURRÍCULO. O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de planificação do ensino na obra de Bobbit "The cirruculum " em 1918. A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela sem que interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte co campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo perdomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática. O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porquê", o "para que" e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno.Para que estes conteúdos curriculares cumprar seu objetivo é necessária uma adequada selação dasmelhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objetivos e nem do contexto. Penso que para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas é muito importante. Como se vem discutindo sobre currículo, penso ser oportuno fazer a seguinte indagação para que possamos refletir.

Agora que já sabemos conceituar currículo como o professor pode contribuir para a construção de uma aula multirreferencial?

Contribuição Rizodalva em 19.10.05.

Parâmetros Curriculares Nacionais: A falácia se seus temas transversais

Texto reflexivo-

Conhecer os Parâmentros Curriculares Nascionais é mais uma oportunidade de construção de conhecimento. Ter um parâmetro norteador, penso ser algo muito positivo. Talvez não seja necessário segui-lo a risca, porém, conhecer as diversas variantes, os diversos falares, as diversas formas de pensar,ajudarão muito na visão de mundo, de sujeito e na forma como o professor poderá desenvolver suas percepções do ensinar e do aprender. Penso ainda que a qualidade de um sistema educativo não depende somente da existência de Parâmetros ou mesmo de currículos. Existem muitas variantes. Uma avaliação séria levará em conta a origem social, econômica e cultural doa educandos. Ainda assim afirmo que os temas transversais não são disciplinas e sim temas que envolvem o social e que as disciplinas não dão conta de trabalhar. Desta forma penso que os Parâmentros Curriculares propõem a manutenção da lógica das disciplinas e os temas transversais introduzem a relevância social desde que a disciplina assim o permirta. Acredito ainda que a dívida social que o país tem para com os menos prestigiados, foi também razão da reforma curricular e a implemantação dos temas transversais. Querendo com isso, possibilitar a esses, o acesso ao saber socilamente integrado que na verdade, a escola com a sua estrutira curricular hoje ainda não permite e nem proporciona esse tipo de conhecimento. Também não serão os temas transversais que darão conta de tornar a escola de ensino fundam,ental menos seeletiva. Portanto,ainda vejo o desenho curricular das ecolas públicas muito sem vida.O que vem garantir uma divisão social do conhecimento. Mudar o foco para o desenvolvimento de competências e habilidades implica, além da mudabça de postura da escola, um trabalho integrado em que se definem as responsailidades de cada professor nessa tarefa.Um grande obstáculo, aqui, é que nós professores, podemos ter dúvidas sobre em que consiste, realmente, uma determinada habilidade, e mais ainda sobre como auxiliar o seu desenvolvimento. Afinal, possivelmente isso nunca foi feito conosco... Mas as dificuldades não nos devem desalentar. Pelo contrário, representamm o desafio de contribuir para uma mudança significativa na prática pedagógica dos professores. Assim como entender e procurar introduzir os temas transversais nas ações pedagógicas da disciplina que trabalha,visando desenvolver algumas competências e habilidades necessárias para o contexto identificado.

Contribuição de Rizodalva C. D. do Nascimento em 19.10.05.

GE - Currículo:

um estudo com enfoque em educação do/no campo

Olá Professora, Já escrevi sobre currículo e sobre a concepção do mesmo. Uma pena que não assinei. Então ficou sem identificação. Logo abaixo a colega Lídia Barreto pronunciou... Hoje dia 27. 09.05, vejo o que a professora falou sobre rever o texto do encontro anterior... e observar os textos Currículo, Políticas e Práticas, tendo o currículo como foco central das discussões. E pede para estabelecer uma relação de diálogo entre os mesmos.

Penso que Currículo como já discutimos na aula no encontro anterior é o global de uma instituição, isto é de uma forma organizada, estruturante que venha garantir a viabilidade do desenvolvimento dos processos que envolvem o ensino e a aprendizagem. A posição do docente neste processo é de fundamental importância, uma vez que é ele que faz acontecer o ensino de maneira satiafatória ou não. Ainda bem que estamos tendo esta atividade tão boa e oportuna. Conhecer o curriculo, atuar junto a ele e trabalhar coerentemente, fará a educação acontecer. Rizodalva. GEAC - 418

CONCEITO DE CURRÍCULO

Ola,querida pró! lendo o que a colega Risodalva escreveu sobre currículo,achei muito itressante e penso que o currículo pedagogico é um processo de ensino aprendizagem, que deveria ser elaborado considerando as diferenças do currículo,levando em conta as características socias e culturais de cada região, de acordo com a realidade de cada escola, pensando no corpo docente e dicente que ali atam.

GEAC-418 - LIDIA BARRETO Lidia Barreto - GEAC - 418

Como vai? E o nosso grupo de estudos, como estamos?

As orientações para o próximo encontro:

1º - Rever o texto do encontro anterior. Saber o que já foi feito.

2º - Para os textos do livro: Currículo: Políticas e Práticas

2.1. – Tendo o currículo como foco central das discussões, estabeleça um diálogo entre:

a-Políticas e práticas de Currículo.

OBS.: Pense junto ao grupo qual seria a melhor forma de construir o texto coletivamente.

3º -Conceito de currículo na perspectiva de cada estudioso. Ex.: Vera Candau, Antonio Flavio Moreira ...

Em relação ao conceito de currículo, eu gostaria que vocês fizessem um quadro assim:

Conceito Conceito

CONCEITO

Vera Candau Flavio Moreia

Conceito de Currículo É o próprio conhecimento sistematizado dentro e fora do espaço escolar. É o relacionar do currículo oculto com os currículos disponibilizados em todos os espaços de aprendizagem da vida humana. É o entrelaçar da cultura da humanidade. É a possibilidade de ofertar ao que aprende o acesso 'a memória da humanidade como subsídio da inserção no mundo do conhecimento sistematizado.

Concepção de currículo- É um projeto cultural onde se define ações no ambiente escolar,caracterizando uma comunidade de aprendizagem,que a qualidade da educação se realiza através de três níveis: a) Metodologia qualitativa e conteúdos curriculares escolares com dimensões que se interagem. Dimensões como a física que pode representar o conjunto arquiutetônico da escola, o material que são aspectos materiais, tecnológicos e sistemas simbólicos, a interpessoal que é representada pelo docente e pelo o dicente, a psicossocial que são as relações sociais. Estas dimensões interagem buscando evidenciar o curriculo oculto e dismistificar o currículo explícito, com a finalidade de permitir transformar o ambiente escolar, favorável para os processos de assimilação escolar e a construção do sujeito.

Acho que este quadro poderia ficar no twiki e cada um se responsabilizaria pelo conceito de cada estudioso do currículo e jogaria no quadro.

Isso é uma sugestão. Olhe entre vocês como seria melhor.

Bom trabalho!!!

Beijos,

Rita Chagas

REFLEXÃO

Ola querida, beijos! Lendo alguns textos sobre currículo, achei muito interessante, ao que se refere ao currículo MULTICULTURALISTA.Porque é flexivel as diferenças,socias e culturais de uma sociedade.Implica que os educadores devem ser críticos que assumam um papel transformador,dialogizando o outro, em vez de tentar representá-lo. Sendo necessário o reconhecimento de seus própios pertencimentos, estabelecendo uma política de diferença, ao invés da superioridade de uma cultura,levado-se en conta a igualdade natural de uma condição humana comum.Está sendo muito proveitoso esta atividade, o conceito que eu tinha sobre currículo, não é mais o mesmo,estou desenvolvendo o meu conhecimento e espero ampliá-lo mais. Beijos querida pró, até o nosso próximo encontro. Lidia Barreto.22/09/05

Ao ler o texto de Vera Candau percebe-se a preocupação de se implantar com urgência reformas na educação em toda América Latina, o discurso é hegemônico. Porém há contradição nesse consenso aparente, pois a necessidade de construir uma educação de qualidade deverá ser discutida com os professores, alunos, especialistas, governantes e outros autores. Nesse sentido conformre Vera mostra, não ocorre. Geralmente as mudanças são universais, não atendendo a singularidade e adversidade de cada contexto escolar. Esses "pacotes prontos vindos de cima"atendem aos interesses econômicos e não sociaiscomo são assim mencionados. Com base nessas reflexões Vera defende uma concepção que nasça das bases da sociedadee articuladas com as organozações da sociedade civil, tendo como protagonista os educadores. Acredita que a educação não deve ser apenas vinculada ao processo econômico. Desse modo propoem que o curriçulo possibile a formação histórica crítica, ativa,do sujeito, sendo capaz de não apenas adaptar-se a sociedade, mas tmabém transformá-la. Defende uma educação intelectual , social,ética e política, não sendo reduzidas apenas aos aspecto científico e técnica do processo pedagógico.Maria das Graças Gonçalves,04/10/05

Nem tudo que reluz é ouro

Os Parâmetros Curriculares Nacionais emergiram num momento, o qual a educação municipal de Irecê estava num processo de metamorfose, então caiu como “um prato cheio”, pois se via como uma varinha de condão dos contos de fadas. As aparências enganam porque foi um parâmetro pensado para os sulistas, sendo assim como seguir o modelo? Foi um equívoco pensar que os PCNs resolveriam as nossas dúvidas e angústias pois estavam muito distante da nossa realidade.

Apesar do PCN ser um documento bem elaborado ainda deixa a desejar no que se refere à fragmentação dos conteúdos, pois defende um trabalho pautado na interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e, no entanto, aparecem as disciplinas em módulos separados, isso sem falar nos temas transversais. Daí a necessidade de trabalhar como os saberes acumulados para resolver os problemas reais, assim seria visível a utilidade dos conteúdos trabalhados na escola. Hoje dar cinta da realidade através das disciplinas é um grande desafio.

O mundo está globalizado, entretanto, o conhecimento cientifico ainda não chegou a tal ponto, apesar de ser poder, continua restrito ao “estrangeiro”, isso porque ainda não houve a dissolução entre saber científico e o senso comum. Diante disso faz-se necessário que o professor faça a transposição didática dos conteúdos, a fim de que os alunos consigam estabelecer relação entre o saber cientifico e o conhecimento escolar, por isso a importância dos temas transversais estarem imbricados diretamente nos conteúdos escolares de todas as áreas porque não temos como mudar a realidade trabalhando isoladamente. Os projetos facilitam o trabalho com os temas transversais, porém há o perigo do professor não conseguir fazer a sistematização adequada do conhecimento e deixar enormes lacunas nos educandos.

Os PCNs não atendem às nossas especificidades, então não podemos viver mais de reprodução, é preciso inovar. “Inovar é fazer com que todos entendam que o saber escolar não é neutro, não obedece a lógica cientifica, é, sim selecionado e organizado intencionalmente.

É compreender que há conhecimentos considerados válidos e outros não válidos, tanto na sociedade como na escola. “Inovar a escola e o currículo é desvelar os critérios de seleção e organização do conhecimento escolar” (ARROYO, 2005, p. 142), “portanto, nem tudo que reluz é ouro”.

Jucileide Pereira Nunes Lima 18/10/05

O campo do currículo no Brasil Suas origens e desenvolvimento inicial

o campo do currículo no brasil

Currículo e a organização dos diversos saberes que se leva em conta às diversas habilidades, assim não se torna uma receita, mas um parâmetro que pode ser reorganizado de acordo com a realidade social. Não é produto pronto, acabado, imóvel, existem as lacunas para estender as demandas e necessidades da sociedade defini que homem , mundo e sociedade formar. O currículo originou-se nos anos vinte e trinta das raízes do pensamento curricular brasileiro nas idéias progressistas derivados de corresponderam inicialmente e nas idéias de autores europeus Claparade, Decroly e Montes. Neste período importantes transformações econômicas, sociais, culturais, políticas e ideológicas processaram-se em nosso país. Segundo Macedo o currículo precisa ser organiza de por uma opção político-formativo que na sua pratica, movimenta-se na dialética instruída instituíste (Macedo 1988, o que na verdade não acontece na escola). A literatura pedagógica da época refletia as idéias propostas por autores americanos associados ao pragmatismo e as teorias elaboradas por diversos autores europeus. Com base em tais idéias, as pioneiras da Escola Nova buscaram superar as limitações da antiga tradição pedagógica jesuíta e da enciclopédia, que teria origem com a influência francesa na educação Brasileira, e esforçaram-se por tornar a quase inexistência sistema educacional consistente com o novo contexto. Procuramos mostrar que as primeiras infra-estruturas do campo currículo corresponderam inicialmente ás reformas educacionais promovidas pelos pioneiros nos estados e a, seguir, á base institucional do atual instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais (INEP) e do programa de assistência Brasileira-Americano á Educação Elementar (PABAEE). A tradição epistemológica que Fundamentou tanto as reformas como o enforque curricular desenvolvido no INEP foi basicamente composta pelas idéias progressistas derivadas do pensamento de Dewey e Kileatrick. Tais idéias foram bastante influentes no cenário educacional brasileiro ate o inicio da década sessenta. (Saviani, 1983). No PABAEE, porém, adotou-se uma postura mais Mercadante tecnicista no trato de temas curriculares. Os pioneiros, embora acentuadamente preocupados com os aspectos técnicos da construção “cientifica” de ambientes instrucionais, voltaram-se, ao mesmo tempo, para questões sociais, (Naglc 1978, Cury 1978, Paiva 1973, Wande 1982). Os pioneiros não formaram um grupo homogêneo: Suas tendências variaram desde uma postura liberal conservadora a uma posição mais radical. Tanto as orientações criticas do inicio dos anos sessenta, que utilizaram alguns dos elementos e princípios da metodologia da Escola Nova, mas, propostas de instrução das massas, como do tecnicismo dos anos sessenta, estavam esplicitas no corpo teórico adotado e desenvolvido pelos primeiros. Com o golpe militar de 1968 todo programa político, econômico, ideológico e educacional do país sofreu substanciais transformações. Acordos foram assinados com os Estados Unidos, visando á modernização do país. As condições sobre currículos e programas foram instruídas em nossos cursos superiores. A base institucional do campo aumentou consideravelmente. A tendência tecnicista passou a prevalecer em sintonia com o discurso de eficiência e modernização adotada pelos militares, e diluiu não ênfase ás necessidades individuais da tendência progressivista, mas também as atenções emancipatórias das orientações criticas, incompatíveis ela doutrina da segurança nacional que passou a orientar as decisões governamentais. A preocupação principal passou a ser a exigência dos processos pedagógicos, indispensáveis ao treinamento adequado do capital humano do país. Os programas, introduzidos nas universidades brasileiras nos anos sessenta, também constituiu, basicamente, de idéias progressivista e tecnicista combinadas segundo as novas circunstâncias do país. Só através da Primeira Guerra que se começa a achar necessários alfabetizados trabalhadores, então mais especializados que gradualmente, começaram também a exigir expansão do sistema educacional. Alem disso, como os analfabetos não podiam votar, a burguesia industrial emergente viu a alfabetização das massas um instrumento para mudar o poder político e derrotar as oligarquias rurais. Ainda, as elites intelectuais horrorizavam-se ao saber que 85% da população brasileira era composta por analfabetos. Isso explicava a enorme pobreza do país. Quanto ao contexto internacional, logo após a guerra a Grã-Bretanha teve sua posição no mercado internacional ameaçada pelos Estados Unidos. A sua influência sobre a América latina aumentou muito, tanto na esfera econômica na cultural. As teorias pedagógicas progressivista formuladas por pensadores americanos e europeus começaram a exercer considerável fascínio nos educadores e teóricos brasileiros. Segundo NAGLE, o começo da influencia dessas novas idéias pedagógicas pode ser associado á emergência de idéias liberais no Brasil. Portanto novas perspectivas em relação ao currículo eram evidentes por Anísio Teixeira. Pela primeira vez, disciplinas escolares foram consideradas instrumentos para o alcance de determinados fins, ao invés de fins em si mesmos, sendo-lhes atribuídos o objetivo de capitalistas os indivíduos a viver em sociedade. Tal concepção implicou a ênfase não só no crescimento intelectual do aluno, mas também em seu desenvolvimento social, moral emocional e físico. Teixeira ainda afirmou, que o currículo, no entanto, foi ainda centrado em disciplinais, mas de acordo com as realidades e possibilidades do estado, carente de professores bem preparados e capazes de implantar um currículo foi mesmo entendido com o de (Teixeira, citado por Moreira 1955), o que evidencia a intenção de se fazer com que os currículos escolares se adaptassem ao ambiente social e o refletissem. Mas como, por outro lado, a criança também era considerada; o currículo se constituía, em interesses individuais como de necessidades sociais Teixeira. Foi através da reforma organizada por Francisco Campos e Mário Cassasanta, em Minas Gerais, que o pensamento da obra escolar aparece sistematizado com clareza. Essa reforma, que procurou reorganizar os ensinos elementar e normal, é considerado por Nayle (1978) como primeiro momento de uma abordagem técnica de questões educacionais no Brasil. E nela também que recebemos, pela primeira vez a utilização de princípios definidos de elaboração de currículo e programas. A reforma de Minas Gerais redefiniu o papel da escola elementar, que embora vista como devendo refletir a sociedade, foi também considerada como instrumento social. Como conseqüência, cada escola foi solicitada a transforma-se em uma mini sociedade. Ao mesmo tempo, a reforma enfatizou que crianças não eram adultas em miniatura; pelo contrario tinha seus próprios interesses e necessidades, que procuravam ser respeitados e desenvolvidos. Os princípios do progressivismo evidenciavam-se ainda no realce atalhos de grupo nas salas de aula, ambientais instrucionais democráticas, processo ativo de ensino e aprendizagem, cooperação entre professores e aluno, conexão entre o conteúdo do currículo e a vida real etc... Dewey, Teixeira define currículo como o conjunto de atividades nas quais as crianças se engajaram em sua vida escolar; ainda é visto como parte de um processo educativo que dura por toda vida. Nesse processo, as experiências passadas afetam o presente, são transformadas e afetam o futuro. O homem e sociedade modificam-se e assim também a vida. O currículo deve centrar-se em atividades, projetos e problemas e, antes de tudo, ser “extraído das atividades naturais da humanidade. É preciso cuidar, porem, para que somente experiências positivas sejam selecionadas,o critério central há de ser o de transformar a escola em um lugar onde a criança cresça em, inteligência, em visão e em comando sobre a vida” (abid., p 67)

Grupo de monitoria de Aroldo e Márcio.

Conceito de curriculo

Vejo o currículo como um conhecimento histórico escolar, que envolve toda uma sociedade como; alunos, pais, educadores e demais autoridades. Currículo é um referencial que favorece a reflexão e um processo decisório compartilhado , que pressupõe trabalho de equipe articulado em torno de decisões que perpassam o ensino e a aprendizagem A escola retrata um movimento da sociedade. Ela vem se transformando profundamente, num movimento de romper com valores autritários que se constituíam a base da organizaçaõ social. O desafio lançado a todos que afazem aparte da comunidade escolar é o de compreender a intencionalidade de cada ato educativo e as repercussões ana foramação do indivíduo, busacando fazer uma análice ada sua condiçao de cidadão. Para que a escola seja um esapaço de relações democratas, cada um de seus integrantes precisa situar-se como cidadão, como tais , participantes do processo de construção da cidadania, e de reconhecimento de seus diereitos e deveres.

Elizete Moitinho Dourado Valois Rios .

Quem quer faz, quem não quer manda!

O título deste ensaio procura demonstrar de forma clara e irônica a realidade nas escolas públicas municipais de Irecê, ao serem analisadas hoje no quase final de um curso de Pedagogia, já que a formação é uma das palavras chave no mundo da pesquisa nos currículos contemporâneos.Essa evidência poderá ser aqui representada pelas palavras de Creso Franco e Paola Sztajn "(...)deve deslocar a formação continuada de professores da universidade para o interior das escolas". (FRANCO & SZTAJN, 2005, p. 106)

Quem quer faz quem ñão quer..., ao se portar como discípulo a grande maioria dos professores tem a tendência de reproduzir para não levar a culpa se algo der errado e assim não ressignificam a sua prática. A posição de discípulo não permite que ele trabalhe numa concepção de horizontalidade, como diz um velho adágio popular - "o costume do cachimbo é que deixa a boca torta", trocando em miúdos, uma vez habituado com a verticalidade, verticalização será sempre. O travestimento discursivo (pregar uma coisa e fazer outra) de Marc Augé e as fabulações de Milton Santos se traduziriam como os poderosos conteúdos dos currículos mais formais.

A separação entre teoria e prática é o resultado da pesquisa feita por cientistas no campo do doutorado evidenciada nos currículos e quase praticada pelos professores em sala de aula ou seja, aquele que pesquisa não é quem ensina e nem quem aprende é o que pesquisa. "Prova visível da dicotomia artificial está no conceito de extensão, inventado precisamente porque a universidade tende a fugir da realidade concreta circundante(...)professor é quem, tendo conquistado espaço acadêmico próprio através da produção, tem condições e bagagem para transmitir via ensino. Não se atribui a função de professor a alguém que não é basicamente pesquisador. (DEMO, 2002, p. 15)

A pesquisa enquanto suporte para embasar a prática pedagógica necessita que os seus resultados não sejam só divulgados, mas que sejam questionados e modificados não pelo os epecialistas, mas pelos interpretadores e fazedores de currículo: professsores em sala de aula. Então, fa-se necessário um convite à avaliação longitudinal - avaliação que vai e volta mapeando o conhecimento ao aluno.

Um currículo que possa orientar o ensino da Ciência e da Matemática utilizando além, dos seus conteúdos específicos como também as suas contribuições no campo da transversalidade, observando o relacionamento entre si e/ou com outras disciplinas. O não isolamento dessas ciências no campo da educação é um outro aspecto que precisa ser levado em conta. A separação do que é do campo da Ciência e da Matemática e do que é do campo da educação quando se é observado alguns critérios facilitam o trabalho do professor em sala de aula e transposição didática de conteúdos. A fragmentação do currículo tanto poderá ser benéfica quando maléfica, dependendo do olhar dos dois lados:do professor e do especialista. O especialista olha como especialista e não como educador de sala de aula. Para atender a essa especificidade é preciso "que o currículo seja organizado não só em torno de disciplinas, como costuma ser feito, mass de núcleos que ultrapassam os limites das disciplinas, centrados em temas, problemas, tópicos, instituições, períodos históricos, espaços geográficos, grupos humanos, idéias etc" (SANTOMÈ, 1998, p. 94)

O professor precisa ser comparado a um antropólogo que tem o seu laboratório de pesquisa no próprio local de trabalho (locus). A sala de aula é um centro de pesquisa para que o educador possa enxergar a sua verdadeira práxis e assim envolver tudo isso numa formção que acontecerá na escola com todos os personagens contemplados.

A pesquisa quando considerada uma política pública social precisa estar referendada num currículo inovador e aberto, para que possa ser deliberado por todos seus fazedores, seja ele professor ou cientista, mas que esteja em sala de aula, a intenção desse ensaio não é "mudar de mãos as decisões educacionais - do especialista para o professor - mas, a negação de qualquer política ditada de cima para baixo, independente de quem ocupe as posições superiores." (CARVALHO, 1996, p. 15)

Grupo de Mário Ferreira Filho, Jucileide Pereira Nuenes, Ieda Marques Rocha

Currículo: conceito e concepção

O currículo constitui um dos fatores que, sem dúvida, influe na qualidade do ensino, mas sua eficácia depende de um número complexo de variáveis que interagem entre si.

1º concepção que se tem do currículo e das funções que lhes são atribuídas na educação;

2º estreita relação com conceito de currículo que se tinha como referência, o papel que se confere aos diversos agentes educativos no projeto e no desenvolvimento do currículo e as repercussões disso na adequação do currículo às peculiaridades da escola e no desenvolvimento profissional do docente;

3º as medidas que precisam ser implementadas de maneira simultânea e coerente com uma mudança curricular para que esta produza uma transformação real nos processos educativos das escolas e não se limite a uma modificação das intenções por parte das administrações educativas que não se traduza na atividade cotidiana dos docentes e nas experiências de aprendizagem dos alunos.

O currículo deve ser abordado em três aspectos:

*Centrando-se a análise nas potencialidades do currículo como fator de mudança eductiva.

*Uma delimitação de um tema complexo que deixa de fora tudo que se refira ao currículo na sala de aula.

*A análise do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação do currículo como tarefa de cada docente com seu grupo de alunos.

O currículo tem como principal função concretizar tornar explícitos suas intenções, a fim de que possam ser debatidos e conhecidos pela sociedade, servindo de guia para os responsáveis pelo planejamento e pela implementação do processo de ensino e de aprendizagem (COLL, 1987). Essa função evidencia um dos principais aspectos do currículo que é sua natureza social. O projeto social a que se refere o currículo é explicado em uma concepção ideológica e sociopolítica. O currículo supõem uma relação de determinados saberes culturais e essa relação é feita sob determinadas conclusões históricas, políticas e administrativas em um determinado sistema.

Gimeno sintetiza em oito itens, os diversos contextos sociais que influem no significado pedagógico do projeto que o currículo define:

O currículo não é unicamente a definição das intençoes educativas de um sistema como relação aos seus alunos mas é antes de tudo a experiência real que os docentes e os alunos acabam tendo delas. Não é apenas planejamento, mas também prática na qual se estabelece um diálogo entre agentes sociais, técnicos, famílias, docentes e alunos. Prática que contextualiza o próprio currículo do mesmo modo que influiu a sua definição. Prática que reconstrói em sucessivos níveis e contextos. Além de todos esses níveis os alunos realizam determinadas aprendizagens nas escolas que respondem ao currículo oculto da instituição, aquelas normas e valores que são transmitidas, sem que façam parte do planejamento, mas que os alunos aprendem de fato,podendo e devendo ser objeto de análise não apenas como valores da escola, mas também como reflexo da cultura e da sociedade (TORRES, 1990).

A concepção do currículo como intenção dialética entre teoria e prática, entre planejamento e práxis, enfatiza em particular a necessidade de assegurar um grau de autonomia para os vários níveis em que se concretiza o currículo e para os professores. O currículo tem a função de orientar a prática dos professores. Precisam estar aberto à discussão crítica e possa ser trasposto para a prática.

Em um currículo fechado os objetivos, os conteúdos e as estratégias instrucionais são estabelecidas de forma definitiva. Todos os alunos realizam as mesmas atividades de ensino e aprendizagem, e o fazer da mesma maneira e na mesma ordem. As variações me função do contexto, das características concretas dos alunos e das opções e propostas pedagógicas e didáticas dos professores são mínimas. Os objetivos são definidos em termos de comportamentos observáveis e os conteúdos são organizados segundo as disciplinas formais, com pouca interação entre eles. A avaliação é feita através dos resultados obtidos ediante a comparação entre os comportamentos observáveis definidos nos objetivos e os observados ao final do ensino.

Um modelo aberto atribui grande importância às diferenças entre os contextos educativos, às características dos alunos e às opções pedagógicas dos professores, considerando-os fatores essenciais para definir o currículo. Por isso postula-se uma inter-relação permanente entre a fase de projeto e a desenvolvimento do currículo; além disso, as propostas elaboradas estão permanentemente abertas a adaptações, revisões e modificações em função das variáveis e dos fatores que modulam sua implementação. A ênfase não recai sobre os resultados de aprendizagens dos alunos, mas sim sobre o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem os objetivos são definidos em termos mais gerais para possibilitar adaptações; a avaliação centra-se no próprio processo de aprendizagem e orienta-se a determinar o nível de compreensão e de funcionalidade das aprendizagens admitindo erro como elemento necessário do processo.

Lindete F. D. Machado

CURRÍCULO...

Discursos acerca do currículo no Brasil, tiveram início na década de 20 e até hoje em pleno século XXI as dificuldades continuam quase que as mesmas.

Conceitos e mais conceitos de currículos, inovações, mas até o momento parece que toda procura por algo que satisfaça alguns questionamentos tornam-se até quase impossível.O que é currículo? Currículo não é tudo da escola, mas também poderá ser o tudo. Epistemologicamente poderá ser traduzido como o conjunto de disciplinas conforme o conceito dado pela maioria dos dicionários. Mas se analisarmos o currículo por essa concepção iremos nos deparar com uma outra dificuldade: a disciplinarização. Um conceito mais "moderno" define o curriculo como sendo o conjunto de ações que contribuem para uma educação significativa, que tambem não é só isso para o muito que se esperam de uma educação de qualidade.

Inovações foram muitas, mas até o momento ainda continuamos com aula de 50 minutos, tedo que cumprir 200 dias leitvos representando 800 horas. Cada disciplina educativa com seu conteudo próprio, além da demarcação de terítórios pelos educadores. Se em cada prática deve existir uma concepção que a respalde, certamente os currículos deverão ser norteados por mais de uma abordagem além do conhecimento e concepções que os "fazedores" de currículo deverão ter.

Nesses 85 anos, aproximadamente de história do currículo, mesmo em meio aos conflitos de 1922 a 1926, inovações começaram a ocorrer entre tantas novas perspectivas, reformas educacionais tudo isso sob a influencia das idéias progressivistas, tendo por base as teorias da Escola Nova.

Ieda Marques Rocha

PCN...

Nesse mundo contemporâneo vive-se um cenário novo, inovador, eminentemente marcado pela complexidade e que está permeado por uma nova sociabilidade caracterizada pela disseminação de novas identidades e por um difuso movimento de novos grupos e associações de pessoas de número cada vez menor caracterizando os novos movimentos sociais. (WOODEWARD, 2000) Nesse processo, proliferam novas técnicas e metodologias políticas, diferentes formas de luta por aquisição de antigas e novas identidades, nos mais diversos espaços sociais e culturais. A questão da diversidade e da diferença torna-se desse modo, tema central numa epistemologia social contemporânea e traduz as marcas de uma época histórica e cultural.

Tal concepção tem possibilitado novas perspectivas de análise e associadas às investigações de teoria crítica vêm atribuindo centralidade dos processos e movimentos da esfera da cultura – fato que tem possibilitado ênfase nos estudos que enfatizam a relação entre cultura, escola, currículo e emancipação humana. A partir dos anos 90, emergem no Brasil, vinda da Inglaterra e dos Estados Unidos, a concepção dos estudos culturais que têm preocupando os estudiosos da educação e do currículo possibilitando formas inovadoras de pensar sobre esse tema, suas relações com a cultura e as diferentes formas de denominação cultural que são instituídas e/ou reforçadas no espaço escolar.

Considerando que o currículo não é simplesmente um conjunto de conteúdos, disciplinas, métodos, experiências, objetivos e que seus componentes constituem um conjunto articulados de saberes e normas regidos por uma ordem muitas vezes imposta verticalmente, que se deseja vincular ao cotidiano da escola para dirigir as experiências e a visão de mundo das pessoas produzindo, elegendo e transmitindo representações e significados sobre as coisas, a vida social e as relações das pessoas umas com as outras e com o mundo. (COSTA, 1999)

Entende-se que as relações que ocorrem no espaço escolar são relações de poder, produzidas e produtoras (JONHSON, 2000, p. 41). Essas relações são profundas marcas pela economia social e cultural de costumes, práticas e significados tendo sua especificidade expressa nas narrativas escolares, nos ritos cotidianos da escola, nos discursos interditos, nos gestos livres e consentidos, nos enfrentamentos e nos recursos, nos desmontes e nas descontruções específicas, das estratégias e mecanismos de resistência, da cultura dos dominados e subjugados culturalmente no cotidiano escolar. O currículo está no centro da atividade educacional possibilitando que a escola organize as experiências cognitivas e efetivas de crianças e jovens com intuito de produzir determinadas identidades individuais e sociais corporificadas nas experiências curriculares.

Segundo Berticelli (1999), a questão central do currículo está vinculada a problemática do que a escola produz e para quem produz ou deixa de produzir. A questão principal para qualquer teoria do currículo é saber qual conhecimento deve ser privilegiado, qual recorte da realidade e da cultura deve ser ensinado enfatizando-se, desse modo, a questão da natureza do currículo. A escola pública brasileira e o seu currículo têm sido caracterizados como conservadora, anacrônica e avessa às mudanças. Os esforços atuais de reestruturação da escola e determinadas políticas de organismos internacionais vão à direção de reforçar os valores, os conteúdos e as formas de produção e reprodução de identidades sociais que reafirmam as características regressivas da presente ordem social.

Concordar com Moreira (1999) é a opção de aceitar que os estudos críticos de currículo no Brasil estão consolidados e são também hegemônicos, mas também se entende que de acordo com Souza que os mesmos, vivem em crise de legitimidade em face do distanciamento entre a produção teórica e a realidade vivida nas escolas (apud MOREIRA, 1999, p. 19) As teorias críticas, assim, não foram suficientemente úteis para alavancar um processo de construção de escola democrática e de qualidade no país. Daí a necessidade de um currículo comprometido com a inclusão social e com uma escola verdadeiramente democrática. Diante do que foi pensado sabe-se que vários fatores interferem no espaço escolar, um deles é o currículo. Neste texto procura-se analisar os Parâmetros Curriculares Nacionais como proposta curricular para a educação brasileira que atende as exigências assumidas pelas constituições internacionais. Para atender a visão da educação para cidadania são introduzidos nos PCN os temas transversais entendidos como capazes de fazer a mediação para uma educação para cidadania. Pode-se afirmar que o currículo é um interlocutor de construção escolar, e é o meio utilizado para prover a educação e formar um determinado tipo de homem em uma determinada sociedade. Pensa-se num currículo para e na escola, numa perspectiva mais abrangente, pensando num conjunto de atividades da escola que afetam direta e indiretamente o processo de ensino e produção do conhecimento. Compreende-se que ele deve ser o centro da relação educativa e um dos elementos centrais às mudanças.

Sabe-se que os PCN foram criados devido uma série de compromissos assumidos perante vários organismos internacionais como Banco Mundial, Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Organização das Nações Unidas para Educação – UNESCO, Fundação das Nações Unidas para Infância – UNICEF e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, bem como o compromisso assumido na Conferência Mundial de Educação para Todos. A partir desses compromissos assumidos e diante da conjuntura educacional o MEC elaborou os PCN e o Plano Decenal de Educação para Todos – 1993 à 2003. Os PCN foram propostos com o objetivo de unificar práticas pedagógicas, no que diz respeito aos conteúdos, sendo um elemento norteador da escola para construção de sua proposta curricular. Neste caso busca-se delinear o foco de atenção nos temas transversais e no currículo organizado por disciplinas. Segundo Araújo (2001, p. 11), a idéia de tema transversal e transversalidade surgiram na Espanha (1992 – 1993) e um dos principais articuladores da reforma curricular na Espanha foi César Coll e o MEC traz a proposta dos PCN para o currículo para a escola brasileira tendo como consultor o próprio César Coll. Os PCN indicam que os temas transversais não se constituem em disciplinas, mas devem ser trabalhados com os demais conteúdos nas disciplinas já existentes com o objetivo de formar o cidadão.

Deve-se ressaltar que a escola sozinha não é capaz de produzir o cidadão. Ela não é a única instituição transformadora da sociedade na qual está inserida a organização escolar. Eles trazem à tona questões antigas com relação a questão da educação escolar, argumenta que as disciplinas não dão conta de toda a realidade na qual o aluno está envolvido. No entanto, eles pouco elucidam como trabalhar com os temas transversais, apenas colocam que: “(...) não significa que foram criadas novas áreas ou disciplinas (...) os objetivos e conteúdos dos temas transversais devem ser incorporados nas áreas e no trabalho educativo da escola. É essa forma de organizar o trabalho didático que recebeu o nome de transversalidade” (PCN, v. 08, p. 15)

Observa-se que em qualquer escola do ensino Fundamental ouve-se pelos corredores e mesmo nas salas de aula alunos questionando a utilidade e funcionalidade dos conhecimentos que aprendem na escola. A fragmentação do conhecimento não possibilita uma aprendizagem capaz de dar conta da realidade. A organização curricular não prevê um elo de ligação entre uma disciplina e outra e não leva em consideração o aluno que tem que sair da aula de Matemática para uma de Geografia e, depois da Língua Portuguesa para uma outra, como se o saber estivesse guardado em caixinhas compartimentadas que quando a professora sai da sala a “portinha se fecha” e outra “portinha” de outra caixinha se abre para o conhecimento do novo professor.

Os PCN não rompem com a organização do currículo por disciplinas, eles sugerem o que deve ser trabalhado em cada disciplina e mantém a divisão do Ensino Fundamental em disciplinas curriculares. Um dos problemas do fracasso escolar pode ser os currículos pouco apropriados à realidade e as exigências da escola requerida pela nova ordem mundial; curso das disciplinas genéricas e pouca objetividade; dicotomia teoria/prática e um currículo que gera pouco impacto na vida do aluno. A forma como foram estruturados os PCN contribui para a desarticulação do currículo contrariando o próprio discurso dos temas transversais.

Lindete F.D. Machado - Ieda Marques Rocha - 22/10/2005

Página Inicial >> WebAtividades >> WebAtividadesCiclo4

Agenda/ Notícias:
Dia 12/03/07: Entrega das cópias dos memoriais
Seminário de Abertura do Ciclo Sete
Acontece 03 a 08/04
Acontece de 26/03 a 01/04
Acontece de 01 a 03 de dezembro
Acontece de 24 a 29 de outubro
Acontece de 17 a 22 de outubro

Cadastrar Notícia?


Copyleft pela FACED-BA

TableLess - Coerência, Simplicidade e Acessibilidade no código HTML TWiki - Ambiente Web Colaborativo %btXHTMLok% %btCSSok%