UFBA FACED

Projeto de Produção de materiais multimediaticos para o Programa Identidade Digital

A política de democratização do acesso 'as TIs no Estado da Bahia

doc da SECTI Nelson e Boni

blabla bla.. caminhando para a montagem de meia dúzia de infocentros que tenha as características de ciberparques como projetos piloto visando experimentar uma metodologia de produção de materias multimidias culturalmente relevante. [de dentro da próprio comunidade]

Localização

Irece - 2 SSA - 4

Concepção dos Ciberparques

Nelson e Boni

Apresentação

O Programa Identidade Cultural tem como objetivo geral estabelecer uma articulação entre o Governo do Estado, a Universidade (UFBA/FACED), escolas públicas e privadas, ONGs e a sociedade, no sentido de promover a apropriação da rede e dos recursos de comunicação numa perspectiva estruturante [PRETTO, 1997].

O desejo inicial é investir em uma iniciativa de democratização do uso da Internet. Com base em estudos e experiências desenvolvidas no país, temos verificado que a universalização do acesso, apesar de ser uma condição necessária não é suficiente para garantir a apropriação imaginada.

Assim, o objetivo maior passa a ser a articulação de setores organizados que costumam atuar de forma isolada. As experiências educacionais realizadas pelas ONGs, normalmente, são desenvolvidas em paralelo à escola. Também são muito comuns os casos em que o pesquisador da universidade realiza algum tipo de intervenção em uma comunidade e quando conclui o trabalho não traz nenhum retorno para os sujeitos pesquisados.

A democratização do uso da Internet e dos meios comunicacionais é considerada sob uma perspectiva muito mais ampla do que a simples garantia do acesso à informação.

O Programa Identidade Cultural tem como opção estratégica fomentar a participação no nível da produção. As comunidades envolvidas deverão atuar como produtores de culturas e conhecimentos articulados em rede através de ciberparques, rádios, TVs comunitárias, imprensa, multimídia, páginas na Internet.

O estabelecimento de uma trama de relações entre governo, universidade e comunidade, entre o ensino formal e não formal, seria, portanto, a principal característica do projeto. Daí o Programa Identidade Cultural remeter à própria conexão à Internet e também à articulação ativa de todos os parceiros envolvidos, simultaneamente.

Um Movimento

IDENTIDADE CULTURAL tem como pretensão ir além do caráter de projeto e configurar-se como um movimento. Movimento em duplo sentido. Algo que constitui-se a partir da mobilização de iniciativas de setores organizados, tendo em vista objetivos comuns, e que ao mesmo tempo está sujeito a constantes reconfigurações resultantes da própria dinâmica das relações estabelecidas entre os parceiros envolvidos e da integração de novos parceiros.

Concebido dessa forma, IDENTIDADE CULTURAL já começa a ser executado desde o momento de sua elaboração. Embora tenha metas e prazos para apresentar resultados, não há um fim definido a priori, apenas etapas a serem cumpridas. O término de uma etapa será o começo de uma nova fase, e assim sucessivamente.

Ao ser idealizado como movimento, IDENTIDADE CULTURAL pressupõe uma continuidade, independentemente dos parceiros e propósitos iniciais. A idéia é que a experiência seja ampliada para outros segmentos da sociedade interessados em levar a proposta adiante. Uma semente está sendo plantada. Mais do que nas flores, pensa-se nos frutos.

Lugar, entre- lugar e não- lugar

Com a conectividade, propiciando uma rede de lugares, cada lugar transforma-se em um NÓ, e assim, passa a se constituir em um ENTRE-LUGAR, em face da topologia de vizinhanças proporcionada pela rede.

Por exemplo, IDENTIDADE CULTURAL, a partir desse movimento, se propõe a produzir novos LUGARES, tendo como gerador os ENTRE-LUGARES.

O processo de construção constitui-se em um movimento, porque os novos LUGARES geram construtos de novos NÓS na rede e estes criam novos ENTRE-LUGARES, que geram novos LUGARES, e assim indefinidamente.

É possível também que o movimento, em alguns casos, crie espaços que são NÃO-LUGARES, isto é, espaços que não têm história, não têm processos identitários próprios e que a teia de relações seja uma configuração de acontecimentos agenciados que se esgota ao ser criada. Será um espaço em trânsito, um neo-nomadismo, um NÃO-LUGAR.

Organização em Rede

As funções e processos dominantes na era da informação estão cada vez mais organizados em redes.

É importante considerar que as recentes tecnologias de comunicação e informação, particularmente a Internet, constituem a base material para a expansão da lógica de redes como forma de organização social.

Cada parceiro envolvido em IDENTIDADE CULTURAL é um nó. Cabe destacar que os nós têm autonomia e características próprias e podem estar conectados a outras redes. As escolas estaduais, por exemplo, estão ligadas ao sistema estadual de ensino. Considerando que a arquitetura da rede é aberta e descentralizada, não haverá, entre os integrantes, hierarquias fixas e estáveis nem a hegemonia de um sobre os outros. O princípio de organização e articulação será a horizontalidade. De tal forma que a força da rede esteja na sua constituição a partir do fortalecimento e da visibilidade de cada nó em particular e de todos no conjunto.

Embora a conexão à Internet seja um elemento crucial para a operacionalização das ações - daí a importância da implantação dos ciberparques -, a rede é pensada como lógica organizacional e não exclusivamente como infra-estrutura.

O modo de articulação dos parceiros tem como princípios fundamentais o aprendizado recíproco e a mobilização efetiva das competências. Com base em suas particularidades e experiências específicas, cada integrante (ou nó) contribui para o enriquecimento de todo o grupo. A forma de atuação na rede deve ser considerada a partir de uma visão sistêmica. Em vez de apenas somar esforços, o que se busca é a sinergia, através de um trabalho coletivo e, essencialmente, cooperativo.

_" REDE é um conjunto de nós interconectados. Nó é o ponto no qual uma curva se entrecorta. (...) Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar- se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou objetivos de desempenho).” (CASTELLS, 1999, p. 497)_

REDES COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL - “Redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades, e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura” (CASTELLS, 1999, p. 497)

VISÃO SISTÊMICA - "da palavra sistema, conjunto organizado de partes diferentes, produtor de qualidades que não existiriam se as partes estivessem isoladas umas das outras (MORIN, 1999, p. 21)".

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (A era da informação: economia, sociedade e cultura; v. 1). São Paulo: Paz e Terra, 1999.

MORIN, Edgar. Da necessidade de um pensamento complexo. In: MARTINS, Francisco Menezes, SILVA, Juremir Machado (orgs.) Para navegar no século XXI . Porto Alegre: Sulina/ Edipurcs, 1999.

O Ponto de Acessos e Encontros: Ciberparque

A idéia remete-nos à Escola Parque Centro Educacional Carneiro Ribeiro, no bairro da Caixa D’Água, em Salvador, Bahia, concebida na década de 1950 pelo educador baiano Anísio Teixeira.

A Escola Parque visava formar jovens e crianças em tempo integral. Desde sua criação, continuou desenvolvendo atividades voltadas para formação de mão de obra nas áreas de carpintaria, metalurgia, corte e costura e serviços gerais.

A necessidade de tais ofícios ainda se faz presente nos dias de hoje. Torna-se premente introduzir em sua prática cotidiana os recursos tecnológicos da sociedade contemporânea. A Escola Parque encontra-se hoje inserida num amplo projeto de reestruturação.

Os ideiais de Anísio Teixeira sempre foram pautados numa forte ligação do espaço escolar com as comunidades locais. Ou seja, a escola precisava estar inserida na comunidade. Toda criança deveria estar na escola e ter ali uma formação integral que a possibilitasse viver plenamente o mundo.

A instalação de uma rede de ciberparques apresenta-se como uma possibilidade de atualização do projeto de Anísio Teixeira. O ciberparque será um ponto de encontro e acesso público à Internet. Mais do que garantir a conexão física, o que se busca é proporcionar condições para uma participação efetiva na chamada Sociedade da Informação.

Alguns princípios gerais:

- Espaço físico/real aberto para a navegação na Internet.

- Palco para um programa de inclusão das comunidades no contexto da Sociedade da Informação (http://www.socinfo.org.br).

- Ambiente de qualificação de professores e alunos do sistema público de educação de Salvador e da Bahia.

- Espaço não curricular, onde o aluno navegará por onde quiser e como desejar.

- Espaço de interação fundamental para a produção de conhecimento e cultura.

- À noite e aos finais de semana estará aberto ao público em geral com a mesma sistemática de funcionamento. O ideal seria mantê-lo em atividade 24 horas por dia nos sete dias da semana.

- A gestão de cada ciberparque será diferenciada, de acordo com a comunidade que estará envolvida na sua administração e manutenção.

- Cada unidade terá gestão própria e suas especificidades locais - no que diz respeito a aspectos culturais, arquitetônicos, técnicos e de gestão - serão consideradas.

“Ao pensar a ESCOLA PARQUE , Anísio imaginou - coerentemente com a sua época - uma divisão entre a formação e a instrução. Hoje, mais do que nunca, estes conceitos estão juntos - interagindo! - e, as novas tecnologias da comunicação e informação, com destaque para a Internet, constituem- se nos elementos estruturantes de uma nova forma de pensar.” (Luis Felippe Serpa)

O CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO , idealizado por Anísio Teixeira e construído pelo arquiteto Diógenes Rebouças (baiano) e Hélio Duarte (paulista). As faculdades de Educação e Arquitetura da UFBA, como fruto de um trabalo de pesquisa de Alessandra Karine, mantém o sítio CRAT – Centro de Referência Anísio Teixeira, em http:// www. faced. ufba. br/crat.

Quer saber tudo sobre Anísio? Vá em http:// www. prossiga. br/anisioteixeira/ .

estes espaços de inclusão digital se constituem num embrião de um projeto maior de inclusão social, partindo da valorização dos elementos culturais locais e a sua inserção na sociedade planetária, a partir de sua inserção nos contextos locais, se constituindo em passos embrionários da inclusão do cidadão no novo mundo do trabalho, da informação (TI).

A partir dessas perspectivas, encaminharemos o trabalho com base em sub-projetos especificos de produção coletiva de materias.

linha de produção temática

falar em ciências (Charbel e Aline - biologia, Sérgio Esperidião - Física, Soraia, Zé Luiz e Angela Souza - Química, GEC - suporte), literatura (Dinéa, Lícia, Mary Arapiraca), cultura, camdomble (CEAO e CEAFRO), música e música eletrônica , centro de memória da capoeira (Cesar Leiro, Claudia e Pedro Abilio) etc

Alessandra

Processo de Produção de Materiais MM

Rádio

A oficina de criação de rádio web visa instrumentalizar os usuários dos info-centros (ciberparques) para que esses sujeitos possam criar e gerir uma rádio com transmissão online. Para isso, os participantes da oficina terão acesso à programas específicos para a gravação, edição e tratamento de áudio, utilizando tecnologia de software livre, sendo também orientados no sentido de criarem um banco de sons. Cada info-centro, a partir dos produtos obtidos nessas oficinas, poderá transmitir em modo contínuo, à maneira das rádios convencionais nas quais os programas têm hora programada para a veiculação, podendo ainda disponibilizar via web pacotes temáticos para download. O elenco de conteúdos selecionados para os programas de rádio será uma garantia de expressão do pensamento dos participantes, valorizará as especificidades da região e servirá de suporte para que os grupos que desenvolverão trabalhos temáticos materializem sua produção por meio dos programas produzidos.

Produção em vídeo e TV digital

Simone e Telma

Desenvolvimento de softwares em sistema não proprietáriios

A possibilidade do desenvolvimento de sistemas e aplicações em software não proprietário inaugura possibilidades significativas para as nossas comunidades locais. Numa dimensão política e econômica, pode-se afirmar que contribui para o desenvolvimento industrial do país, pois a produção nacional, além de valorizar as competências locais, diminuiria as remessas de royalties ao exterior. No setor público, temos então uma questão de caráter estratégico, principalmente quanto às garantias de autonomia, segurança e por que não - soberania. Quanto ao aspecto educacional, a produção de software livre é produção de conhecimento, de forma inovadora, criativa, dinâmica e contextualizada. E finalmente, quanto aos aspectos sociais, amplia as possibilidades informacionais e comunicacionais das comunidades, desenvolvendo o espírito de compartilhamento e solidariedade, promovendo a inclusão social/digital. Dessa forma propomos o desenvolvimento de software não proprietário neste projeto, atendendo às necessidades reais das comunidades envolvidas como uma ação estratégica de formação do cidadão para exercício pleno da cidadania na sociedade contemporânea

Desenvolvimento de produtos impressos

Adriane e Rozane

Desenvolvimento de produtos multimídia em cd-rom

Gustavo Gadelha

Desenvolvimento de produtos para web

O processo de desenvolvimento de produtos para a web, tem como princípio básico a autonomia, citada anteriormente no projeto, pois consiste em iniciativas individuais e coletivas a partir das necessidades dos sujeitos envolvidos. Isso faz parte da idéia da própria web. Pois, trabalhando nesse espaço, temos o Mundo como possibilidade real de produção e intervenção, onde todos deverão interagir. Nesse sentido, é importante disponibilizar informações a cerca do ambiente e as possibilidades de produção, como sites, multimídia, textos, ambientes interativos, chats, blogs, fotoblogs, fóruns, programas de edição de páginas web e programas gráficos, possibilitando assim o contato com a tecnologia e informações mínimas para a comunidade pesquisar sobre as ferramentas, visando sempre a iniciativa do grupo, que construirão as regras de produção. Temos como objetivo principal, a construção de produtos midiáticos, e a produção de conhecimento através dessas tecnologias, descentralizando assim fontes, que monopolizam a informação, nos tornando meros consumidores.

Produtos finais

Todos

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ultima revisão: r6 - 15 Jul 2004 - 15:25:59 - MariaHelenaBonilla     |     Copyleft Faced-UFBA