CETAD UFBA

"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

As Drogas Psicotrópicas e a Imprensa Brasileira: Análise do material publicado e do discurso dos profissionais da área de jornalismo.

por MASTROIANNI, Fábio de Carvalho em

« Voltar

Autor Ano Local de Publicação Local Tema
MASTROIANNI, Fábio de Carvalho 2006 São Paulo São Paulo

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
Universidade Federal de São Paulo São Paulo Universidade Federal de São Paulo - Programa de Pós-graduação em Psicobiologia

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Dissertação de Mestrado Texto integral 113 Português

Resumo

O jornalismo exerce um importante papel na construção social da realidade e está diretamente relacionado ao processo de formação da opinião pública. A presente pesquisa buscou unir aspectos quantitativos e qualitativos objetivando analisar e comparar o conteúdo dos textos jornalísticos sobre drogas, publicados na imprensa brasileira nos anos de 2000 e 2003, assim como compreender o processo de construção dessas notícias a partir do referencial de seus autores. Para tanto, foram realizados dois estudos complementares: a) a análise de conteúdo de 2.510 matérias (1.110 em 2000 e 1.400 em 2003) extraídas por clipping dos principais jornais e revistas do Brasil; e b) a análise do discurso dos profissionais da área de comunicação (N=22) autores de matérias sobre drogas, obtidos por entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas literalmente. Entre as matérias jornalísticas analisadas verificou-se que tanto para o tabaco quanto para o álcool, predominaram temas relativos a políticas públicas, enquanto que para as demais drogas (maconha, derivados da coca e textos sobre drogas de maneira geral) os textos foram mais restritos às conseqüências negativas do uso e ao tráfico de drogas. Entre os anos de 2000 e 2003 foi observado um aumento de matérias sobre políticas relacionadas ao álcool enquanto que para maconha e cocaína aumentou o número de matérias que utilizaram termos pejorativos. Cerca de metade dos textos analisados em ambos os anos foram do tipo nota. Em relação ao discurso dos profissionais, a maioria considerou inadequada a cobertura jornalística sobre o tema, apontando dificuldades tais como a falta de conhecimento mais amplo sobre o assunto, assim como o tempo escasso para a elaboração de matérias com maior profundidade. Os resultados confirmam o descompasso entre imprensa e epidemiologia, bem como a superficialidade com que um tema tão complexo é tratado. Além disso, para que haja uma cobertura mais adequada do tema é necessária uma maior capacitação dos profissionais da área de comunicação, assim como uma aproximação maior destes com profissionais e acadêmicos da área de saúde.

Palavras Chave Psicotrópico; jornalismo; notícias; pesquisa qualitativa; meios de comunicação
Link http://www.bdtd.unifesp.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14 / http://www.bdtd.unifesp.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15
Referência para Citação MASTROIANNI, F. C. As Drogas Psicotrópicas e a Imprensa Brasileira: Análise do material publicado e do discurso dos profissionais da área de jornalismo. 2006. 113f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Universidade Federal de São Paulo, São Paulo.
Observação Material linkado com o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações - Bilblioteca Digital UFSP.


create new tag

Contador de visitas grátis

Pressione Enter para enviar a busca.

Logar