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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Modelo preditivo do uso de cocaína em prisões do Estado do Rio de Janeiro.

por CARVALHO, Márcia Lazaro de; VALENTE, Joaquim Gonçalves; ASSIS, Simone Gonçalves de  and  VASCONCELOS, Ana Glória Godoi. em

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Autor Ano Local de Publicação Local Tema
CARVALHO, Márcia Lazaro de; VALENTE, Joaquim Gonçalves; ASSIS, Simone Gonçalves de  and  VASCONCELOS, Ana Glória Godoi. 2005 Rio de Janeiro Rio de Janeiro

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
Revista de Saúde Pública São Paulo Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Artigo em Magazine Texto integral   Português/Inglês

Resumo

OBJETIVO: Identificar variáveis preditoras e grupos mais vulneráveis ao uso de cocaína em prisão. MÉTODOS: Foram selecionados 376 presos com história de uso de cocaína em prisão (casos) e 938 presos sem história de uso de cocaína na vida (controles), que cumpriam pena no sistema penitenciário do Rio de Janeiro em 1998. A análise considerou as variáveis de exposição em três níveis de hierarquia: distal, intermediário e proximal. Na análise bivariada utilizou-se regressão logística e na multivariada, regressão hierarquizada, resultando em valores de odds ratio. RESULTADOS: As variáveis associadas ao uso de cocaína na prisão, no nível proximal, foram uso de álcool e maconha e tempo de reclusão em anos. O efeito das variáveis de vulnerabilidade social (nível distal) é intermediado pelas variáveis dos níveis seguintes. Considerando apenas os níveis distal e intermediário, o uso de maconha antes de ser preso (OR=4,50; IC 95%: 3,17-6,41) e o fato de ter cometido delito para obter droga (OR=2,96; IC 95%: 1,79-4,90) são as mais fortemente associadas ao desfecho. Para cada ano a mais que se passa na prisão, a chance de usar cocaína aumenta em 13% (OR=1,13; IC 95%: 1,06-1,21). CONCLUSÕES: Considerando os níveis distal e intermediário, o uso de maconha antes da prisão e delito para obtenção de droga foram as variáveis com maior poder de predição. O modelo final revelou o uso de álcool, de maconha na prisão e o tempo de cumprimento de pena são importantes preditores do desfecho. O ambiente carcerário aparece como fator estimulante da continuidade do uso de drogas.

Palavras Chave Transtornos relacionados ao uso de cocaína. Alcoolismo. Hábito de fumar maconha. Prisões. Análise multivariada hierarquizada. Fatores de risco. Vulnerabilidade social.
Link Artigo em Português / Artigo em Inglês
Referência para Citação CARVALHO, Márcia Lazaro de; VALENTE, Joaquim Gonçalves; ASSIS, Simone Gonçalves de  and  VASCONCELOS, Ana Glória Godoi. Modelo preditivo do uso de cocaína em prisões do Estado do Rio de Janeiro. Rev. Saúde Pública [online]. 2005, vol.39, n.5, pp. 824-831. ISSN 0034-8910.
Observação Material linkado com o banco de dados do Scielo.


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