CETAD UFBA

"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Possível hepatotoxicidade do uso crônico de maconha

por BORINI, Paulo; GUIMARAES, Romeu Cardoso  e  BORINI, Sabrina Bicalho. em

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Autor Ano Local de Publicação Local Tema
BORINI, Paulo; GUIMARAES, Romeu Cardoso  e  BORINI, Sabrina Bicalho. 2004 São Paulo São Paulo

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
São Paulo Medical Journal São Paulo Associação Paulista de Medicina - APM

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Artigo em Magazine Texto integral 7 Inglês

Resumo

CONTEXTO: Hepatotoxidade é uma complicação potencial do uso de várias drogas ilícitas, possivelmente como conseqüência do seu metabolismo hepático. Entretanto, informações sobre tal possibilidade são escassas na bibliografia médica. OBJETIVO: Estudar a ocorrência de alterações clínicas e laboratoriais hepáticas que podem ocorrer em usuários crônicos de maconha, isoladamente ou associadas ao uso de outras drogas lícitas e ilícitas. TIPO DE ESTUDO: estudo transversal. LOCAL: Hospital Espírita de Marília, Marília - SP, Brasil. PARTICIPANTES: Foram estudados 123 pacientes, internados no Hospital Espírita de Marília de outubro de 1996 a dezembro de 1998, divididos em três grupos: 26 (21%) usuários exclusivamente de maconha, 83 (67,5%) usuários de maconha e crack e 14 (11,4%) usuários de maconha e álcool. PROCEDIMENTOS E VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os pacientes foram examinados clinicamente, com especial ênfase nos aspectos relativos aos tipos de drogas usadas e rotas de usos, idade de início do uso, tempo e padrão de uso, presença ou ausência de tatuagem, icterícia, hepatomegalia e esplenomegalia. Foram determinados os níveis séricos de proteínas totais, albumina, globulina, bilirrubina total e frações, aspartato-aminotransferase (AST), alanina-aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA), gama-glutamiltransferase e atividade da protrombina. RESULTADOS: Entre os usuários exclusivos de maconha foram observados hepatomegalia em 57,7% e esplenomegalia em 73,1% dos casos, e estavam discretamente elevadas a AST (42,3%), ALT (34,6%) e FA (53,8%). Os três grupos não diferiram significativamente nas prevalências de hepatomegalia, esplenomegalia e hepatoesplenomegalia. No grupo maconha/álcool foram observadas as maiores prevalências de alterações e níveis mais elevados das aminotransferases. Os níveis médios da fosfatase alcalina estavam acima do valor normal em todos os grupos. CONCLUSÕES: O uso crônico de maconha, exclusivo ou associado a outras drogas, associou-se a alterações morfológicas e enzimáticas hepáticas, sugerindo serem os canabinóides substâncias possivelmente hepatotóxicas.

Palavras Chave Maconha. Canabinóides. Drogas ilícitas. Hepatopatias. Fígado.
Link Artigo em Inglês
Referência para Citação BORINI, Paulo; GUIMARAES, Romeu Cardoso  e  BORINI, Sabrina Bicalho. Possible hepatotoxicity of chronic marijuana usage. Sao Paulo Med. J. [online]. 2004, vol.122, n.3, pp. 110-116. ISSN 1516-3180.
Observação Material linkado com o banco de dados do Scielo.


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