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Relatando...

Participação no ENDIPE - Recife, 23 a 26 de abril, 2006

por Alessandra

Eta terra bonita, essa!
...toda organizada em torno dos rios que cortam a cidade e desenbocam no marzão. Um recife acompanha toda a faixa de mar que banha essa terrinha. Primeira coisa diferente de Salvador, menininha BRANCA no sinal...Um largo calçadão em toda a Boa Viagem e... proibido surfar! os tubarões estão sempre pertinho, dizem. E já andou (nadou) comendo umas perninhas de gente em cima de prancha que parece com tartaruga olhando por debaixo d´água. Agora, fiquei olhando um tempão para o mar e não vi nenhuma barbatana boiando, assim como aparece nos filmes. Talvez isso seja coisa de filme! (Boni me alerta para isso). No Recife Velho, casarões antigos parecidos com os do PElourinho em Salvador, boa música e um camarão com macaxeira gratinado no forno que é de "babar". Aliás, aqui o povo fala em "baba de moça", mas é outra coisa, um doce delicioso feito com a "carne" do côco verde... uma delícia encontrada no Parraxaxá! Lá tem comida para os olhos também, parede de reboco, florzinha de plástico, fogão de lenha e lampião (os dois, porque tem um a querosene e outo que é um boneco tamanho natural do cangaceiro também, junto com Maria Bonita). Falando em bonita... Olinda! que encanto o centro histórico, quantas histórias. Mosteiros, conventos, igrejas que não acabam mais, ruas de pedra e uma ladeira da misericórdia. Dá pra imaginar porque tem esse nome... ufa! dá para pagar todos os pecados subindo por ali. E estando mais levezinho lá no topo, dá para tentar entrar no ritmo do maracatu. Gente, percussão é tudo, o maracatu faz uma sintoniza alucinante com as batidas do coração e aí você se mistura ali mesmo junto com o rei, a rainha e a boneca que dança, pula, agita! nem é tão necessário, mas por tradição se quiser associar um "pau de índio" tudo bem... é uma cachaça misturada com mais de 38 ervas. Se você não gostar de índio tem a "xoxota de índia", dessa aí não compreendo muito bem mas deve ter mistura de ervas do mesmo jeito. Quando estiver sem fôlego e já meio zonzo é só mirar a paisagem e respirar fundo... dá pra ver Recife inteira lá de cima. dá pra ver um pedação do Atlântico e o mar vê a gente, se tivermos perto lá do farol gigante, nem precisa dizer que é o maior farol da América Latina ou sei lá de onde... o bichinho é cartão postal da cidade, deve ser porque de tão grande que ele é qualquer cartão postal pega um pedaço do danado. Quando sentir sede vai achar um caldo de cana bem fresquinho, ou um suco de pinha, ou então... pergunte se tem suco de pitomba... hehehe. Vai pagar o maior mico. Essa é uma frutinha deliciosa, só quebra a casca e tem uma semente grande envolvida numa polpa bem espessa. E aí é só chupar um pouco e jogar o caroço fora, zé mané, não dá para fazer suco não. Mas o suco de pinha é sério! é bater com caroço e tudo no liquidificador, bater rapidinho e depois coar ou peneirar, tanto faz. Caramba, é uma delícia. Que nem carambola, que também vi por aqui. detalhe que adoro cortar na vertical e ver o formato de estrela que fica. Opa, vamos correndo para ver o ENDIPE começar... mas já valeu o encontro.

Abertura do evento
Uaaaauuu! foi o que eu disse quando entre no Centro de Convenções da UFPE, que funciona como cidade universitária. A universidade é pública e a infra-estrutura é um luxo só. Então, náo é de espantar público com luxo...Depois da rapidíssima cerimônia de abertura, com uma meia-dúzia de 10 ou 15 representações, depois de igual quantidade de discursos e "alegrias" de estar ali e outro sem número de votos de bom evento, depois de 13 anos de homenagens (arghhh!) e depois de cento e poucos carneirinhos... finalmente uma fala interessante de ninguém menos que Candau (pronuncie "candou"!). Instigante! a questão é o seguinte podemos estar vivendo uma inclusão excludente, então alto lá com a perspectiva homogeneizante do que seja essa preocupação com inclusão...pegando o texto dela que vai ser publicado pelo evento dá pra pensar mais nisso. O professor venezuelano falou do convivio entre diferentes culturas. nada de tolerância pense na idéia de "curiosidade profunda" em relação a outra cultura. yeah! mais interação, enriquecimento e interculturalidade. O texto que ele leu (...) já deve tá disponivel tb. No mais... coquetel sem conflito! claro, várias mesas com o mesmo tipo de petisco espalhadas pelo foyer, né inteligência? mais delicias! depois de tanta farra, preciso descansar...afinal, daqui a pouco tem mais.

..."diálogos sobre docência on-line"
No dia seguinte à abertura...fila enorme para credenciamento, apesar de estar automatizado, com etiquetas dos crachás sendo impressos na hora. Com a demora cheguei tarde no mini-curso, mas deu para aproveitar um pouco dos "diálogos sobre docência on-line" no mais quero continuar em contato com Maria Conceição (consinha@terra.com.br). O contato com pessoas de outras universidades foi interessante. De novo pintou a vontade de escrever um artigo sobre o uso de forum, chat, lista... as caracterisiticas de cada um dos recursos, finalidades, o que provoca nos usuários, os limites... sempre são assuntos nas rodas desse tipo, mas sinto que podmeos aprofundar mais a discussão, teorizar mais sobre isso saindo do julgamento sobre "isso é bom ou aquilo é ruim". Me incomoda ouir que no final qualquer recurso serve desde que o professor tenha uma consciência política, um projeto pedagõgico... nao é raro nesse bojo identificar o que falta para que o aluno participe. A gente só tem mais dificuldade de olhar é para o que tem, o que é explicitado pelo aluno. incrível!

...o contato com o prof. Paulo Cysneiros
...foi muito interessante! Ele chamou atenção para a sistemática das pesquisas e produções na área de educação e tecnologia, indicando a proliferação de expressões como um indicador de falta de identidade do campo, indicando também o caráter a-histórico de algumas produções como um complicador para a delimitação desse campo. Para ele educação é substantivo e tecnologia é adjetivo, o centro da discussão está em olhar para a educação como um fenômeno complexo. Ao mesmo tempo em que ele falava fiquei pensando na questão que apareceu no mini-curso. Então, sinto vontade de discutir a suposta neutralidade das tecnologias. Paulo questiona a idéia de tencologia como potencial, analisando que falar nisso não é suficiente para orientar as nossas ações. Importa o que é feito no tempo e no espaço. Pensar em potencial é algo futurístico. Ele questiona a não apropriação da didática sobre essa área. Essa ausencia, falta de história e de sistematização tem impacto em cada uma das políticas públicas, bem como na relação entre elas. É legal pensar em fortalecer a relação entre gestao de políticas e universidade. Paulo fala na arquitetura como tecnologia envolvente, acho bacana isso, ela é o ambiente, usamos e não nos damos conta. Vai valer a pena ler o texto que reescreve essa fala de Paulo, ele traz referencias importantes. Além da fala dele, foi superbacana conhecer o projeto Virtus, (muita teecnologia já desenvolvida e em desenvolvimento por lá) e alguns detalhes da cidade universitária da UFPE tendo como guia o professor. hospitalidade 1.000! Vou permanecer em contato no email cysneiros@gmail.com

... Maria Helena Bonilla provocou uma profusão de idéias!
no seu simpósio iniciou com parte de uma crônica do livro "o tempo e o vento" de Erico Veríssimo. As questões provocadas aí foram "por que falta tecnologia? onde falta? tudo isso é uma questao política que passa por decisões tomadas coletivamente. tem a ver com a forma como as pessoas entendem a inovação. o legal é que a tecnologias não é algo separado, são envolventes e provocam novas formas de organização das relações sociais. A fala dela aponta para várias politicas que foram iniciadas com o governo Lula. Fiquei refletindo sobre quais as políticas internas da ufba quanto a esse assunto? como elas se articulam entre si? o que falta? o que tem? (a sede é incluir essas questoes na minha pesquisa de doutorado...vamos ver se consigo agora, ou fica para depois). Um dos grandes nós, como foi colocado por Bonilla, é a formação de professores. Nao se trata apenas em pensar no que ensinar para que eles assimilem, mas é hora de pensar nas condições que são criadas para que os professores se auto-organizem e produzam conhecimento e cultura (isso tem tudo a ver com a minha tese!!!). isso aí tem a ver com o curriculo da formação de professores, com a ideia de rede e labirinto que o nosso grupo (GEC) vem discutindo. A desarticulação entre políticas e iniciativas tem como indicador, por exemplo, o fato do MEC levar o TV escola para todas as escolas e as faculdades que formam professores ficam de fora. entao, nao basta ter acesso, precisa ter formação. E aí, que formação é essa? concordo que não podemos ter uma escola para pobres e outra para ricos (essa dicotomia tem atenuantes que sinto vontade de pensar mais. Mas pense aí, também nao vamos falar de uma escola igual! Mas como principio a escola como espaço de produção. Me lembro do termo falado pelo professor ontem e continuo pensando, falamos de uma escola plural na qual diferentes interagem a partir de uma curiosidade profunda (nao é só respeito e tolerância). Uma provocação importante nessa parte, pensar o digital como elemente imbricado na cultura e nao como um simples instrumento. Boni falou tb so software livre e de seu movimento que engloba participação de grande comunidade, colaboração, interativadade. engraçado falarmos que todos estáo acostumados com windows, até parece que isso vem sendo adotado a séculos num intensivo treinamento para todos.. coisa nenhuma. Agora, ele procura fazer parte de nossa paisagem, assim como o céu com nuvens da área de trablho padrao do windows. Uma dica, o autor Damasio fala em comunidades virtuais, que envolvem o afetivo, intelectual e social, racional e emocional. Acompanhar Boni durante o evento foi maravilhoso! Grande oportunidade de conhecer mais um pouco da pessoa brilhante, observadora, comprometida, sensível... tudo de bom que ela é!

... GOstei do que a professora Umbelina anunciou
AO tratar da experiência do Projeto Veredas, MG, ela contou as idéias iniciais e as limitações que foram aparecendo devido às restrições quanto a infra-estrutura. Foi o caso da opção pelas fitas de vídeo pré-gravadas para serem vistas em horários alternados, em detrimento das conferências ao vivo que exigiam infra-estrutura e tempo em comum dos participantes. Tinha locais sem energia elétrica... Essa discussão é um dos meus calos! entao, formamos os professores dando uma grande lição de adaptação e aí onde fica o papel social do professor e da escola de provocar a sociedade e de transforma-la???A preocupação, segundo umbelina, era a de tutelar o professor o tempo todo, exigindo leituras e realização de tarefas. Isso parece ser um indicador de qualidade que prevalece. QUestiono esse caminho aí. Uma coisa interessante é a preocupação com as redes sociais, nao só com as redes informacionais... daí falou em conceitos importante que quero ir mais fundo, falou em subtituir hierarquia por solidariedade, acordo e nao consenso, totalidades complexas, heterogeneidade e incerteza, descentralização e autonomia. Isso aí tinha base as idéias de Morin. FAlou também em gestao das redes sociais. Agora, fiquei em dúvida sobre o funcionamento disso. Acho a noção de rede muito "cara", daí algumas questóes vieram a mente: após o curso como fica a tal rede? se ela só se reune se a universidade convocar entao temos uma rede mesmo? rede de um centro só? como as redes se formam? como acontecem as relações na rede? Achei interessante também a avaliação sobre o alcance do veredas, ele teve impacto na organização pedagógica e na auto-estima do professor. A questao é: como fica a mobilização do preofessor enquanto cidadão? como fica a função social do professor? o que o incomoda e como age considerando a alteração de sua visao de mundo após o curso? Mais uma vez, fiz relação com a minha tese... esse é o barato de participar de um evento assim, e nao simplesmente se enclausurar para escrever. Estou realizada de sentir a cabeça funcionando. DUas referencias sobre o tema redes. MANCE, E.A. Redes de colaboração solidária. Vozes, 2002. outra é LOSICER, E. Descentralização, redes e subjetividades. s-d. Esse aqui vou precisar solicitar a professora, é um texto mimeo, mas antes tento achar algo desse autor na internet. no email dela mucsalgado@uol.com.br

o almoço em companhia do professor João e Ronaldo
quem pegou pesado foi o pessoal do restaurante, tendo que atender a dezenas de pessoas ao mesmo tempo, no centro de convenções da UFPE (e que centro!). Mas pudemos desfrutar de um almoço descontraído, com a alegre presença do professor Ronaldo da universidade federal do Pará, professor João e esposa, da univ. federal do Ceará, prof. Paulo Gileno e Boni...

o simpósio com o prof. Joaquim Severino...
o Painel com Rosália sobre imagem e cinema
Vani Kenski e a lógica dos jogos eletrônicos
gestão de tecnologias, com Alexandre
profusão de idéias
eu que achava que ir ao evento seria um desvio de planos em relação ao doutorado... um engano. Tive muitas idéias e voltei com grande disposição para estudar e produzir mais. Tive acesso a um conjunto legal de referencias e pude falar e pensar sobre o que estou fazendo, sobre minhas inquietações... também pensei muito no ciberparque e nos rumos de minhas coordenação dos trabalhos...
o Painel 136
Maria Antônia provoca no sentido de pensar as tic como elemento da cultura, falando da experiencia de portugal... Dilmeire... Boni...

o almoço em companhia das professoras de Olinda e Recife
que sorte! Boni e eu sentamos do lado de duas professoras que atuam na rede municipal, quando almoçamos na conhecida "praça de alimentação"...

racionalidades, painel 53
Com Marli André, Arilene e júlio

... ufa! o ENDIPE foi demais! esse evento vai fazer parte de minha agenda a partir desse ano. Tem muito mais reflexões...

Participação no ENEPE

por Jaguaracy e Rachel

Participação na palestra de Bernard Charlot

por Paulo

Participação do II Coloquio sobre formação de Educadores

Por Sule

Que maravilhoso foi esse colóquio, muita aprendizagem, foram dias que me fez refletir muito diante de cada tema exposto. O dia de 15/05/06 começou um pouco diferente da rotina para a cidade do Salvador, enfrentamos em plena segunda-feira pela manhã uma paralisação de rodoviários, e foi para muitos o maior sufoco para chegar ao Colóquio ou a qualquer lugar que quisesse chegar. Como moro próximo a UNEB, deu para ir andando, também fiz a minha caminhada da semana inteira. Ufa!!!! Agora vou me deter um pouco ao que ouvi, aprendi, refletir e vivenciei no Colóquio.

II Coloquio sobre formação de educadores
Data: 15/05/2006

Jose Carlos Libaneo: “Didática e didáticas específicas da pedagogia e epistemologia”
Ao iniciar o Colóquio chamou-se do “_pensar_”, “reflexão” de cada educador. E o professor Libaneo trouxe como tema para sua fala “_Didática e didáticas específicas da pedagogia e epistemologia_”, e este diz respeito a dois interesses: o primeiro é a questão das didáticas específicas, ou seja, a didática de química, física, geografia, história, etc... E o segundo é a perspectiva de encontramos nos s cursos de graduação a disciplina didática geral e também as didáticas especificas. Podemos dizer que este tema esta diretamente relacionado aos professores, tanto do ensino médio quanto os professores formadores da Universidade. O papel do professor é formar sujeitos pensantes e não sujeitos sólidos. Libaneo ressaltou também que este tema tem ligação entre a pedagogia e a epistemologia. A anos ouvimos professores das licenciaturas afirmando que para ensinar qualquer matéria basta apenas conhecer o “_conteúdo_”, outros já dizem que para aprender basta colocar o aluno com a pesquisa e neste caso as pessoas entendem que existe um processo de identidade entre o processo de ensino e o processo de iniciação científica. Por outro lado para a pedagogia faz da didática algo normativo e prescritivo (enquanto disciplina), que cuida de procedimentos didático. Tudo isso leva um distanciamento entre o conteúdo das didáticas e os conteúdos das didáticas específicas. Neste contexto podemos dizer que o que vemos é uma certa “_briga de braço_” entre o professor da didática específica e os pedagogos, uma vez que o professor das didáticas específicas afirmam que os pedagogos não conhecem o conteúdo específico, enquanto que os pedagogos afirmando que é o necessário é conhecer o aluno, o papel do ensino, as condições materiais favoráveis a aprendizagem, ou seja, isso vem ocasionando um dilema muito grande na formação desses professores. O fato é que o que torna-se preciso é ter uma busca de integração entre as didáticas e as didáticas específicas. A importância desse tema torna-se crucial, uma vez que as didáticas são as principais matérias de formação de professores, porém, vale ressaltar que tanto a didática geral quanto a didática específica necessitam reavaliar seus conteúdos enquanto disciplina de formação de professores. Então me questiono: quais seriam os principais argumentos que justificam a integração dessas didáticas? E podemos perceber que ambas as didáticas possuem como objeto de estudo o mesmo tema “_ensino_”. E este é compreendido pelo conteúdo entre “_professor e aluno_”, que de uma certa forma terminam sintetizando o conhecimento. Então nessa perspectiva entendi que a integração dessas didáticas é o “_conhecimento_”. Portanto o ensino diz respeito ao aspecto docente do conhecimento e nas duas disciplinas as formas de ensinar diz respeito à forma de compreender. Libaneo diz que nenhum professor de didática ou das didáticas específicas pode ser um professor que se preze se este não compreender que as formas de ensinar depende da forma de aprender. Um dos argumentos ditos para a unidade da didática e da didática específica é que o ato de aprender torna o ser como ser pensante. Aprender á ajudar o aluno a desenvolver seus próprios processos de pensamentos. Para uma melhor compreensão dessa temática Libaneo trouxe a perspectiva da teoria histórico-cultural, com fundamento em Vygotsky, e apresentou algumas premissas dessa teoria, tais como:
  • Condicionamento histórico-social da formação humana;
  • O papel histórico-cultural e coletivo do individuo, da formação, das funções mentais superiores, expresso pela mediação cultural no processo do conhecimento;
  • O ensino como apropriação das capacidades formada historicamente e objetivada na cultura material e espiritual (atividade externa);
  • O papel central do ensino na formação do desenvolvimento mental pela interiorização (atividade interna);
  • A forma de desenvolvimento proximal;
  • As importâncias das relações intersubjetivas nas atividades de ensino e aprendizagem;

Portanto, devemos considerar que o papel da escola é ensinar a pensar, e é esse tipo de ensino que segundo Daydov que vem ajudar ao desenvolvimento mental. E Libaneo apresentou-nos uma outra perspectiva de teoria, que é a teoria do ensino desenvolvimentista, em que coloca o conhecimento como processo mental. Neste sentido, é legitimo dizer que o conhecimento esta relacionado como resultado das ações mentais que implicitamente abarcam o conhecimento, ou seja, acho que pelo que compreendi é que de modo geral o pensar por conceitos significa dominar os processos mentais. Será que confundi???Espero que não!!!! Uma coisa que Libaneo falou que me deixou muito reflexiva, é com relação ao processo de ensino, pois ele diz que o processo de ensino começa onde termina o processo de investigação, uma vez que o processo de investigação é fundamental para o processo de ensino, só que temos que verificar que eles não são as mesmas coisas. Podemos dizer que, quando o professor utiliza o processo de investigação para ensinar, este tem que considerar o que se passa na mente de cada aluno, que os seus questionamentos podem ser ou não os mesmos do cientista.Ou seja, um determinado conteúdo, passa a ser utilizado como conteúdo de conhecimento, depois que foi realizado uma pesquisa sob aquele determinado tema, e a partir daí que se inicia o processo de ensino. Outro questionamento levantado nessa fala de Libaneo, é que nos deparamos com um mundo cheio de desafios e podemos perceber nesse contexto a estrema ligação das crianças com a televisão, com as tecnologias, os saberes e conhecimentos do mundo da comunicação e informação, a substituição da palavra pela imagem (no sentido de que a imagem sobrepõe a leitura e a escrita), contudo, querendo sim ou não tudo isso termina influenciando nosso trabalho enquanto educadores na sala de aula. No tocante da didática, encontramos o ensino que medeia: objetivos, conteúdos, métodos, forma de organização. A primeira característica para uma “_boa didática_” é ajudar o aluno a interiorizar os modos de pensar, de raciocinar e de investigar , ou seja, nos cursos de pedagogia, é preciso aprender o básico de cada conteúdo e então a partir daí é que entra as metodologias. Como Libaneo nos trouxe essa mega aula, e seu tempo era restrito, o final de sua conferencia ficou um pouco corrido, porém em síntese podemos dizer que o mesmo ressaltou que cada professor precisa organizar os conceitos e estudar esses conceitos para que tornemos nossos alunos seres pensantes.Desta forma, precisamos saber qual o objeto de estudo de cada disciplina (história, português, matemática, geografia,etc)e seus métodos de investigação, para que possamos ajudar o aluno a pensar e investigar também. A didática então serve para ajudar os professores a se preparar de forma competente para formar alunos como sujeitos pensantes e críticos. E então Libaneo coloca alguns pontos essenciais: o saber, o saber o conteúdo, o saber como se ensina, isto é como eu ajudo o aluno a pensar a raciocinar de acordo com o método da disciplina (historia, geografia, português), saber quem é este aluno que estamos ensinando e saber qual seu contexto sociocultural e como esse contexto influi na aprendizagem, como esse contexto pode ser modificado. Portanto, o desafio é muito grande e temos que nos questionar sempre como ajudar esse aluno em um mundo de constante mudança. E aí ele enfatiza que não é necessário fazer apenas o aluno ter o conhecimento pautado no método de memorizar “_decorar_” e sim fazer este aluno um sujeito critico e que saiba pensar e questionar, ou seja, a busca de uma qualidade de ensino cuja tônica é ajudar o aluno a pensar e desenvolver sua capacidade de pensamento. Desta forma, a fala de Libaneo enalteceu o professor a colocar o aluno como ser pensante e critico. O discurso dele valoriza o desenvolvimento mental de cada aluno.

Educação do Professor e estado da arte no PPGE-FACED-UFBA
Profº Roberto Sidnei
Este trabalho vai de encontro a algo que inquietou: que ao caminhar na pesquisa implica naquilo que é o pensar e qual o interesse do professor enquanto pesquisa. Então Sidnei em sua fala diz que havia uma preocupação nas primeiras pesquisas com relação a pesquisar temas relativos ao professor sem tocar na sua vida profissional, ou seja, o professor estava limitado ao saber técnico. Assim, podemos dizer que essas pesquisas abordavam um professor que enfatizava seu conteúdo especifico, em que essas primeiras pesquisas era contaminada pelo viés disciplinar. Isso teve como conseqüência a compreensão do professor para além do campo do saber, um ser que domina a técnica e o conteúdo. As questões relativas a educações prevêem que sejam construídas a partir de suas implicações políticas, sociais, etc... E este fato não estava presente nessas primeiras pesquisas. Uma vez que as pesquisas estavam enviesadas e contaminadas por uma ética, e segundo Sidnei a conseqüência disto é que quase que fechava a possibilidade do professor enquanto ser político e cultural. A partir dessa discussão e a partir da hermenêutica crítica, esse caminho vai se desvelando da simplificação a complexidade. Neste sentido que é construído as noções subsunçoras, ou seja, noções organizadora e acolhedora. Com pesquisas que mostram compreender o interesse do professor. Neste contexto da pesquisa Sidnei traz a perspectiva do processo identitário, em que à medida que a pesquisa foi se aproximando dos temas contemporâneos, existia um interesse nas pesquisas de professores de descobrir sua própria identidade. Outros pontos abordado foi a questão da formação continuada, a criticidade e implicações, no sentido de um criticidade maior do professor, enquanto este passa a ser uma nova classe proletariado. Trouxe também a questão da mediação cultural, numa perspectiva de encontrar o professor debatendo suas vinculações. O que mais chamou minha atenção nesses pontos abordados por Sidnei é que essas questões levantadas passam a ser algo de tensão, pois imaginar que o professor tem que lidar com algo como: falta de gênero dentro da escola, o debate étnicos-racias, as violências, etc, são temas que passam a ser pautas presentes nas pesquisas.

A pesquisa sobre formação docente na UEFS
Profª Solange Santos UEFS/NUFOP
A UEFS tem sua trajetória relacionada à formação do professor em que esta inicia com curso de formação do professor. E a Universidade sendo um pólo de formação para as cidades circunvizinha, a principio só desenvolvia trabalho de ensino e extensão. Tudo que era desenvolvido de novas possibilidades de aprendizagem estava voltado para um currículo bem técnico de ensino/estágio. Como havia a falta de pesquisa, a Universidade passou a ter esta necessidade de desenvolver pesquisa. Para tal, a universidade precisou capacitar seus professores, pois não tinha um numero suficiente de doutores para orientação, e depois que eles começaram a pensar em linhas de pesquisas. O momento atual a UEFS ainda não possui uma pós-graduação voltada para linha de pesquisa, pela preocupação inicial da universidade que é a formação. No primeiro momento, no final de 1995, a Universidade começou a rever seu currículo nas licenciaturas, saindo de um campo mais tecnicista para um currículo mais reflexivo. E nesse currículo proposto, tornou-se preciso incluir a questões tais como: a informação, o impacto do mundo cientifico e por ultimo a internacionalização da economia. Esses fatores implicam em novos horizontes para a formação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Vale ressaltar que a formação não se esgota na formação inicial, devendo prosseguir ao longo da carreira, de maneira coerente e integrada, respondendo as necessidades. As linhas de pesquisa de formação de docente passaram a apresentar caminhos de pesquisas a partir do trabalho que se desenvolvia na linha de extensão. No momento o núcleo trabalha com quatro ações: descrevendo (descrevendo tudo que esta fazendo), informar (tudo que se faz), confrontar (todos os caminhos até se chegar até aqui) e reconstruir (redefinição da linha de pesquisa). Para tal, utiliza a vertente de leituras voltadas para experiência afins que possam subsidiar a condição de pesquisa, depois atualização de dados e indicadores regionais e a terceira vertente de suporte teórico-metodológico da pesquisa. Essas vertentes buscam romper com antigos padrões estabelecidos. A atual conjuntura exige uma formação que favoreça os domínios teórico-práticos imprescindíveis às vivencias do mundo contemporâneo. Em síntese posso destacar que a UEFS passou a desenvolver um núcleo de pesquisa com base nas experiências da extensão. Esta atividade é algo novo dentro dessa instituição.

Profª Cristina d’Ávila (UNEB)
A professora Cristina d’Ávila vem trazendo nessa perspectiva de pesquisa sobre formação docente na Bahia, a problemática de “_quem é que educa o educador?_” E então ela traz um resumo dessa mesa, em que foi apresentado para debate como é a funcionalidade dessas linhas de pesquisas dentro dessas três instituições (UNEB. UEFS E UFBA). O que destaco nessa mesa que foi mais uma descrição e esclarecimento de cada grupo de pesquisa, enquanto campo de atuação e currículo. Nesses três programas o que mais chamou minha atenção foi quando Cristina explicitou a linha de pesquisa da Uneb com o temática das “_TICs uma interface com a formação prática docente_” e então foi detalhado essa linha de pesquisa. Esta pesquisa trás a perspectiva das TICs não como ferramenta de ensino, e sim como interface com vertente transformadora, abordando a questão da EAD, do uso dos blogs, de lista de discussão, etc...

Data 16/05/2006
Segundo dia de Colóquio, este dia posso dizer que foi mais tranqüilo chegar a Uneb, não enfrentamos tantas dificuldades quanto no dia anterior. Só fiquei um pouco sentida, pois nesse dia só pude participar das discussões da tarde, pois pela manhã tive que fazer uma visita a uma instituição para o trabalho da disciplina de educação especial. Más valeu!!!! Os trabalhos dessa tarde iniciou com uma mesa de discussão com o tema: arte, ludicidade e formação de professores

*Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é:*
*Profº Roberto Rabello (UFBA)*
Rabello traz a princípio a idéia de tentar fazer uma ligação entre a crise da modernidade e a formação de professores passando pela arte e ludicidade.Nesse sentido este coloca que a crise da modernidade é conhecida em função do cartecionismo, ou seja, começa haver uma dicotomia corpo-mente. O desequilibro entre agir, pensar e o sentir. Esse desequilíbrio separa as diferentes maneiras do homem em que ele pensa, porém não vive aquilo que pensa. A idéia é que o mundo esta se desencontrando e esse desencontro está atingindo a sociedade, a escola e por fim o professor.
Rabello chama atenção sobre a “_delícia_” de ser professor, que este por lidar com “_gente_”, com o conhecimento, ou seja, lida com pessoas para construir o conhecimento. No desencanto o professor sofre um certo desequilibro, na medida que este não está fazendo suas atividades com todo encanto. E a sociedade vem desqualificando o professor, seja por intermédio do baixo salário, seja pelo seu próprio trabalho, por outro lado esta mesma sociedade coloca o professor como os males de toda a educação. Assim o professor necessita cada vez mais assumir novas competências na educação.
Deixando-o temeroso de não conseguir atingir essas competências. Este professor necessita de uma relação afetiva com o aluno e por conta de tudo isso este termina adoecendo, o que a sociedade chama de “_problema de junta_” que na verdade é síndrome de Bournout (aquilo que deixa de funcionar).E então o começa a ter um mal-estar por está vivendo com situações adversas e com isso ela passa a ter um mal-estar profissional.
Este por sua vez começa a perder a vontade de ser professor. Luckesi vê a ludicidade como estado de espírito, uma vivencia plena. Ao se entregar de corpo e alma o sujeito tem a possibilidade de resgate de si mesmo.
Na dimensão estética Duarte Junior diz que a educação possui esta dimensão: levando o educando a criar os sentidos e valores fundamentais, sua ação no ambiente cultural, de modo que haja coerência, harmonia entre o sentir, o pensar e o fazer.
Por outro lado Rabello diz que a formação do professor em função de nossa herança iluminista ao invés de se preocupar em “_ser_” mais, ele passa a se preocupar em “_ter_” mais (esse ter esta relacionado a ter mais conteúdo, ter conhecimento, etc). Com essa responsabilidade de ter todo conhecimento do mundo, este professor passa a sofrer com isso. Se for realizada uma comparação coma a arte, a arte tem um papel restaurador. A arte permite a transformação com a experiência interior do ser humano. E então as atividades do lúdico e da arte possibilitam o desenvolvimento do homem.

-- AlessandraPicanco - 24 Apr 2006

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Topic revision: r9 - 31 May 2006 - 21:50:27 - JoseildaSampaioDeSouza?
 
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